O que há por traz da nova ordem mundial
Brevemente: Nova Ordem Mundial!
"Querendo ou não, preparados ou não, estamos todos envolvidos... A competição é acerca de quem estabelecerá o primeiro sistema mundial de governo que jamais existiu na sociedade de nações. É acerca de quem sustentará e empunhará o duplo poder de autoridade e controle sobre cada um de nós como indivíduos e sobre todos como comunidade...
"Nosso estilo de vida como indivíduos e como cidadãos das nações; nossas famílias e nossos trabalhos; nosso mercado, comércio e dinheiro; e ainda nossos emblemas de identidade nacional, os quais a maioria de nós temos sempre tomado por lógica - todos haverão sido poderosa e radicalmente alterados para sempre. Ninguém poderá livrar-se de seus efeitos. Nenhum setor de nossas vidas permanecerá sem ser tocado." - * Malachi Martin, The Keys Of This Blood, página 15, © 1990
Cúpula das Nações Unidas Preparada Para a Nova Ordem Mundial
Associated Press
NAÇÕES UNIDAS - Líderes das nações do Conselho de Segurança estavam em Nova York para sua primeira reunião de cúpula, preparados para pôr as Nações Unidas no centro da Nova Ordem Mundial e forjar uma política comum sobre o estabelecimento da paz e do controle de armas...
A reunião dos líderes de 15 das nações do Conselho de Segurança marca a primeira vez, desde que se fundou a organização mundial em 1945, que o Conselho, o corpo mais poderoso das Nações Unidas, se reuniu em seu nível mais elevado. The Birmin,yham News, 31 de janeiro de 1992.
Religião e Política
(João Paulo II), "insiste em que o homem não tem esperanças de criar um sistema geopolítico capaz, a menos que seja baseado na cristandade católica romana." - * Malachi Martin, "The Keys of This Blood". página 492, © 1990. (Ênfase suplementar).
* Nota especial: O autor Malachi Martin é um perito na Igreja Católica, foi jesuíta e professor no Instituto Bíblico Pontifical do Vaticano.
UMA PALAVRA AO LEITOR
Mais guerras têm sido travadas e mais sangue tem sido derramado em nome da religião que por nenhuma outra causa. talvez mais que por todas as outras causas juntas. Lamentavelmente, inumeráveis milhões foram sacrificados em nome de Deus, Alá, Buda, Maomé, Cristo ao longo dos milênios.
É possível que povos de diferentes crenças e culturas vivam em paz neste mundo? Quando consideramos a fragmentação entre os cristãos ou o conflito entre os palestinos e judeus, as perspectivas de paz parecem sombrias ou apagadas. Alguns, cientes dos obscuros registros da história, aboliriam completamente a religião, outros as combinariam em uma!
Atualmente, algo sem precedente na história está tomando lugar. Líderes políticos e religiosos estão propondo uma Nova Ordem Mundial. um plano que muitos sinceramente crêem possa trazer paz sobre a Terra. Uma união está sendo contemplada como algo que transcenderá as barreiras instintivas que, por tanto tempo, têm separado culturas e religiões.
Poderia a tão desejada e esperada paz estar logo ali na esquina? É possível atualmente ao homem forjar uma paz duradoura sobre a bigorna do compromisso? Ou será que, ingenuamente, estamos forjando, não uma Nova Ordem Mundial, mas sim, a Ordem Mundial da profecia do Apocalipse?
Não é propósito desta publicação depreciar ou atacar convicções honestas de pessoas sinceras, sejam quais forem sua fé ou política. Seu intento é trazer à luz fatos e princípios de grande impacto sobre os eventos que se aproximam. Revela o programa escondido por trás da Nova Ordem Mundial e o Movimento Ecumênico que quase ninguém ousa discutir. Mas estes assuntos devem ser livremente discutidos porque aqueles que conhecem a história sabem que a história se repete." Certa vez Winston Churchill abonou: "quanto mais para trás podes olhar, mais para adiante podes ver."
OS FOGOS DA PERSEGUIÇÃO
Quando Jesus revelou a Seus discípulos a sorte de Jerusalém e as cenas do segundo advento, predisse também a expediência de Seu povo desde o tempo em que deveria ser tirado dentre eles até a Sua volta em poder e glória para o seu libertamento. Em poucas e breves declarações de tremendo significado, predisse o que os governadores deste mundo haveriam de impor à igreja de Deus. (Mt. 24:9, 21,22.)
A história da igreja primitiva testificou do cumprimento das palavras do Salvador. Acenderam-se as fogueiras da perseguição. Os cristãos eram despojados de suas posses e expulsos de suas casas. Grande número deles selaram seu testemunho com o próprio sangue. Nobres e escravos, ricos e pobres, doutos e ignorantes, foram de igual modo mortos sem misericórdia.
Estas perseguições, iniciadas sob o governo de Nero, aproximadamente ao tempo do martírio de Paulo, continuaram com maior ou menor fúria durante séculos. Os cristãos eram falsamente acusados dos mais hediondos crimes e tidos como a causa das grandes calamidades - fomes, pestes e terremotos. Eram condenados como rebeldes ao império, como inimigos da religião e peste da sociedade. Grande número deles eram lançados às feras ou queimados vivos nos anfiteatros. Alguns eram crucificados, outros cobertos com peles de animais bravios e lançados à arena para serem despedaçados pelos cães. Vastas multidões reuniam-se para gozar do espetáculo e saudavam os transes de sua agonia com riso e aplauso.
Quando se acenderam os fogos da perseguição, grande número de cristãos selaram seu testemunhe com o próprio sangue.
Onde quer que procurassem refúgio, os seguidores de Cristo eram caçado como animais. Eram forçados a procurar esconderijo nos lugares desolados e solitários. Por sob as colinas, fora da cidade de Roma. longas galerias tinham
sido feitas através da terra e da rocha; a escura e complicada trama das comunicações estendia-se quilômetros além dos muros da cidade. Nestes retiros subterrâneos, os seguidores de Cristo sepultavam os seus mortos. Quando 0 Doador da vida despertar os que pelejaram o bom combate, muitos que foram mártires por amor de Cristo sairão dessas sombrias cavernas.
Baldados foram os esforços de Satanás para destruir pela violência a igreja de Cristo. Os obreiros de Deus eram mortos mas a Sua obra ia avante com firmeza. Disse um cristão: "Podeis matar-nos, torturar-nos, condenar-nos... Quanto mais somos ceifados por vós, tanto mais crescemos em número: o sangue dos cristãos é semente". Apologia de Tertuliano, parágrafo 50. Milhares eram aprisionados e mortos, mas outros surgiam para ocupar as vagas.
O grande adversário se esforçou então por obter pelo artificio aquilo que não lograra alcançar pela força. Cessou a perseguição e, em seu lugar, foi posta a perigosa sedução da prosperidade temporal e honra mundana. Levavam-se idólatras a receber parte da fé cristã, enquanto rejeitavam outras verdades essenciais. Professavam aceitar a Jesus como Filho de Deus e crer em Sua morte e ressurreição, mas não tinham a convicção do pecado e não sentiam necessidade de arrependimento ou de uma mudança de coração. Com algumas concessões de sua parte, propuseram que os cristãos fizessem outras também, para que todos pudessem unir-se sob a plataforma da crença em Cristo.
A igreja naquele tempo encontrava-se em terrível perigo. Prisão, tortura fogo e espada eram bênçãos em comparação com isto. Alguns dos cristãos permaneceram firmes, declarando que não transigiriam. Outros eram favorá veis a que cedessem ou modificassem alguns característicos de sua fé, e se unissem aos que haviam aceito parte do cristianismo, insistindo em que este poderia ser o meio para a completa conversão. Foi um tempo de profunda angústia para os fiéis seguidores de Cristo.
"Podeis matar-nos, torturar-nos, condenar-nos... Quanto mais somos ceifados por vós, tanto mais crescemos : em número; o sangue dos cristãos é semente."
UMA PROFECIA
Esta mútua transigência entre o paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do "homem do pecado", predito na profecia como se opondo a Deus e exaltando-se sobre Ele. O apóstolo Paulo, em sua segunda carta aos tessalonicenses, predisse a grande apostasia:
"Porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou é objeto de adoração; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. " 2 Ts. 2:3, 4.
E. ainda mais. o apóstolo adverte os irmãos de que "já o mistério da injustiça opera". 2 Ts. 2:7. Mesmo naqueles primeiros tempos viu ele. Insinuando-se na igreja, erros que preparariam o caminho para o desenvolvimento daquele gigantesco sistema de religião falsa - obra-prima do poder de Satanás monumento de seus esforços para assentar-se sobre o trono e governar a Terra segundo a sua vontade.
A conversão nominal de Constantino, na primeira parte do século quarto, causou grande regozijo; e o mundo, sob o manto de justiça aparente, introduziu-se na igreja. O paganismo. conquanto parecesse suplantado, tornou-se o vencedor. Suas doutrinas, cerimônias e superstições incorporaram-seà fé e culto dos professos seguidores de Cristo.
A maioria dos cristãos finalmente consentiu em baixar a norma, formando-se uma união entre o cristianismo e o paganismo. Posto que os adoradores de ídolos professassem estar convertidos e unidosà igreja. apegavam-se aindaà idolatria, mudando apenas os objetos de culto pelas imagens de Jesus e mesmo de Maria e dos santos.
A fim de proporcionar aos conversos do paganismo uma substituição à adoração de ídolos e promover. assim. sua aceitação nominal do cristianismo. foi gradualmente introduzida, no culto cristão, a adoração das imagens e relíquias. O decreto de um concílio geral (Segundo Concílio de Nicéia, 787 E. C.) estabeleceu por fim este sistema de idolatria. Para completar a obra sacrílega, Roma pretendeu eliminar, da Lei de Deus, o segundo mandamento, que proíbe o culto das imagens, e dividir o décimo mandamento a fim de conservar o número deles.
Satanás intrometeu-se também com o quarto mandamento e tentou pôr de lado o antigo sábado, o dia que Deus tinha abençoado e santificado (Gn. 2:2. 3), exaltando em seu lugar a festa observada pelos pagãos como "o venerável dia do sol". Esta mudança não foi, a princípio, tentada abertamente. Nos primeiros séculos o verdadeiro sábado foi guardado por todos os cristãos. Eram estes todos da honra de Deus e. crendo que Sua Lei é Imutável, zelosamente preservaram a santidade de seus preceitos. Mas com grande argúda, Satanás operava mediante seus agentes para efetuar seu objetivo.
Na primeira parte do século quarto, o imperador Constantino promulgou um decreto fazendo do domingo uma festividade pública em todo o Império Romano. O dia do sol era venerado por seus súditos pagãos e honrado pelos cristãos; era política do imperador unir os interesses em conflito do paganismo e cristianismo. Com ele se empenharam para fazer isto os bispos da igreja, os quais, inspirados pela ambição e sede de poder, perceberam que, se o mesmo dia Fosse observado tanto por cristãos como pagãos. promoveria a aceitação nominal do cristianismo pelos pagãos, e assim adiantaria o poderio e glória da igreja. Mas, conquanto muitos cristãos tementes a Deus fossem gradualmente levados a considerar o domingo como possuindo certo grau de santidade. ainda mantinham o verdadeiro sábado como o dia santo do Senhor, e observavam-no em obediência ao quarto mandamento.
Satanás induzira os judeus, antes do advento de Cristo, a sobrecarregarem' o sábado com as mais rigorosas imposições, tornando sua observ~5ncia um fardo. Lançou desdém sobre o Sábado como instituição judaica, Em quase todos os concílios, o sábado que Deus havia instituído era rebaixado um pouco mais, enquanto o domingo era, em idêntica proporção, exaltado. Destarte a festividade pagã veio finalmente a ser honrada como instituição divina, ao mesmo tempo em que se declarava ser o Sábado bíblico relíquia do judaísmo, amaldiçoando-se seus observadores.
PRETENSÕES PROFANAS
Este espírito de concessão ao paganismo abriu caminho para desrespeito ainda maior da autoridade do Céu. O Papa veio a ser reconhecido quase universalmente como o vigário de Deus na Terra, dotado de autoridade sobre a Igreja e o Estado. Mais do que isto, tem-se dado ao Papa os próprios títulos da divindade. Tem-se intitulado: "Senhor Deus, o Papa" e foi declarado infalível. Exige ele a homenagem de todos os homens.
De Cristo, o verdadeiro fundamento, transferiu-se a fé para o Papa de Roma. Em vez de confiar no Filho de Deus para o perdão dos pecados e para salvação eterna, o povo olhava para o Papa e para os sacerdotes e prelados a quem delegava autoridade. Ensinava-se-Ihe ser o Papa seu mediador terrestre e que ninguém poderia aproximar-se de Deus senão por seu intermédio; e, mais ainda, que ele ficava para eles em lugar de Deus e deveria, portanto, ser implicitamente obedecido. Esquivar-se de suas disposições era motivo suficiente para se infligir a mais severa punição ao corpo e alma dos delinqüentes. Assim, a mente do povo desviava-se de Deus para homens falíveis e cruéis. A doutrina da supremacia papal opõe-se diretamente aos ensinos das Escrituras Sagradas. "Adorarás ao Senhor teu Deus, e a Ele somente servirás," Lc. 4:8
Títulos blasfemos reclamados pelo papa têm sido adornados e engrandecidos por séculos. Mas alguns destes orgulhosos reclamos aparecem em um dicionário eclesiástico (Católico romano), por Lucius Ferraris, intitulado "Prompta Bibliotheca Canonlca", vol. VI, Páginas 438, 442, artigo "Papa". A Enciclopédia Católica (The Catholic Encydopedia), edição de 1913, vol. VI, página 48, fala deste livro como "uma autêntica enciclopédia de conhecimentos religiosos" e "uma preciosa fonte de informação"
"O Papa é tão exaltado e tem tanta dignidade que não é somente um homem, mas como se fosse Deus e vigário de Deus. "
"Portanto o Papa está coroado com uma tríplice coroa como rei do Céu, da Terra e das profundezas. "
"Deste modo, se posse possível que os anjos errassem na fé ou pudessem pensar contrário à fé, poderiam ser julgados e excomungados pelo Papa. "
"O Papa é como se fosse Deus na Terra, único soberano dos féis de Cristo, supremo rei dos reis, tendo a plenitude do poder, a quem Deus onipotente confiou a direção, não apenas do reino terrestre como também do remo celestial. "
"O Papa pode modificar a lei divina, porque seu poder não é de um homem mas de Deus."
Deus jamais deu em Sua Palavra a mínima sugestão de que tivesse designado algum homem para ser a cabeça da igreja. A Bíblia exalta a Deus e coloca o homem finito em sua verdadeira posição. O Papa não pode ter poder algum sobre a igreja de Cristo, senão por usurpação.
ROMA PAGÃ SE CONVERTE EM ROMA PAPAL
No século sexto tornou-se o papado firmemente estabelecido. Fixou-se a sede de seu poderio na cidade imperial e declarou-se ser o bispo de Roma a cabeça de toda a igreja. O paganismo cedera lugar ao papado.
O acesso da Igreja de Roma ao poder assinalou o início da escura Idade Média. Aumentando o seu poderio, mais se adensavam as trevas. Dias perigosos foram aqueles para a igreja de Cristo. Os fiéis porta-estandartes eram na verdade poucos. Parecia por vezes que o erro e a superstição prevaleceriam completamente e a verdadeira religião seria banida da Terra. Perdeu-se de vista o Evangelho. mas multiplicaram-se as formas de religião e o povo foi sobre-carregado de severas exigências. Ensinava-se-Ihes não somente a considera; o Papa como seu mediador, mas a confiar em suas próprias obras para expiação do pecado. Longas peregrinações, atos de penitência, adoração de relíquias, ereção de igrejas, relicários e altares, bem tomo pagamento de grandes somas à igreja, tudo isto e muitos atos semelhantes eram ordenados para aplacar a ira de Deus ou assegurar o Seu favor, como se Deus fosse idêntico aos homens, encolerizando-Se por ninharias, ou apaziguando-Se com donativos ou atos de penitência.
Mais ou menos ao findar o oitavo século, os romanistas começaram a sustentar que, nas primeiras épocas da igreja, os bispos de Roma tinham possuído o mesmo poder espiritual que assumiam agora. Para confirmar essa pretensão, antigos escritos foram forjados pelos monges. Decretos de concílios, de que antes nada se ouvira, foram descobertos, estabelecendo a supremacia universal do Papa desde os primeiros tempos. E a igreja que rejeitara a verdade avidamente aceitou estes enganos.
Outro passo ainda deu a presunção papal quando, no século XI, o Papa Gregório Vll proclamou a perfeição da Igreja de Roma. Entre as proposições por ele apresentadas, uma havia declarando que a igreja nunca tinha errado nem jamais erraria, segundo as Escrituras. Mas as provas escriturísticas não acompanhavam a asserção. O altivo pontífice também pretendia o poder de depor imperadores e declarou que sentença alguma que pronunciasse, poderia ser revogada por quem quer que fosse, mas era prerrogativa sua revogar as decisões de todos os outros.
INVOCAÇÃO DE SANTOS / ADORAÇÃO A MARIA
Os séculos que se seguiram testemunharam um aumento constante de erros nas doutrinas emanadas de Roma. Mesmo antes do estabelecimento do papado, os ensinos dos filósofos pagãos haviam recebido atenção e exercido influência na igreja. Muitos que se diziam conversos ainda se apegavam aos dogmas de sua filosofia pagã e não somente continuaram no estudo desta, mas encareciam-no a outros como meio de estenderem sua influência entre os pagãos. Erros graves foram assim introduzidos na fé cristã. Destacava-se entre outros o da crença na imortalidade natural do homem e sua consciência na morte. Esta doutrina lançou o Fundamento sobre o qual Roma estabeleceu a invocação dos santos e a adoração a Maria. Disto também proveio a heresia do tormento eterno para os que morrem impenitentes, a qual logo de início se incorporara à fé papal.
PURGATÓRIO
Achava-se então preparado o caminho para a introdução de ainda outra invenção do paganismo, a que Roma intitulou Purgatório e empregou para amedrontar as multidões crédulas e supersticiosas. Cm esta heresia afirma-se a existência de um lugar de tormento, no qual as almas dos que não mereceram condenação eterna devem sofrer castigo por seus pecados e, do qual, quando libertas da impureza, são admitidas no Céu.
A MISSA
A ordenança escriturística da Ceia do Senhor fora suplantada pelo idolátrico sacrifício da missa. Sacerdotes papais pretendiam, mediante esse disfarce destituído de sentido, converter o simples pão e vinho no verdadeiro "corpo e sangue de Cristo". - Cardeal Wiseman -The Real Presence, conferência 8, sec.3, par.26. Com blasfema presunção pretendiam abertamente o poder de criarem Deus, o Criador de todas as coisas. Aos cristãos exigia-se, sob pena de morte, confessar sua fé nesta heresia horrível que insulta ao Céu. Multidões que a isto se recusavam foram entregues às chamas.
INDULGÊNCIAS
Ainda uma outra invencionice era necessária para habilitar Roma a apartar-se dos temores e vícios de seus adeptos. Esta foi suprida pela doutrina' a5 "' indulgências. Completa remissão dos pecados passados, presentes e futuros e livramento de todas as dores e penas em que os pecados importam, eram prometidos a todos os que se alistassem nas guerras do pontífice para estender seu domínio temporal, castigar seus inimigos e exterminar os que ousassem negar-lhe a supremacia espiritual. Ensinava-se também ao povo que, me diante pagamento de dinheiro d igreja, poderia livrar-se do pecado e igual mente libertar as almas de seus amigos falecidos que estivessem condenados às chamas atormentadoras. Por esses meios Roma abarrotou os cofres e sustentou a magnificência, o luxo e os vícios dos pretensos representantes dAquele que não tinha onde reclinar a cabeça.
A INQUISIÇÃO
No século treze foi estabelecido o mais terrível de todos os estratagemas do papado-a Inquisição. O príncipe das trevas trabalhava com os dirigentes da hierarquia papal. Em seus concílios secretos, Satanás e seus anjos dirigiam a mente de homens maus, enquanto, invisível entre eles, estava um anjo de Deus, fazendo o tremendo relatório de seus iníquos decretos e escrevendo a história de ações por demais horrorosas para serem desvendadas ao olhar humano. "A grande Babilônia" estava "embriagada do sangue dos santos". Os corpos mutilados de milhões de mártires pediam vingança a Deus contra o poder apóstata.
O papado se tornou o déspota do mundo. Reis e imperadores curvavam-se aos decretos do pontífice romano. O destino dos homens, tanto temporal como eterno, parecia estar sob seu domínio. Durante séculos as doutrinas de Roma , tinham sido extensa e implicitamente recebidas. Seus ritos reverentemente praticados, suas festas geralmente observadas. Seu clero era honrado e liberalmente mantido. Mas "o meio dia do papado foi a meia-noite do mundo". História do Protestantismo, de Wylie. As Sagradas Escrituras eram quase desconhecidas, não somente pelo povo, mas pelos sacerdotes. Removida a lei de Deus - a norma de justiça - exerciam eles poder sem limites e praticavam os vícios sem restrições. Prevaleciam a fraude, a avareza, a libertinagem. Os homens não recuavam de crime algum pelo qual pudessem adquirir riqueza ou posição. Os palácios dos papas e prelados eram cenários da mais vil devassidão. Alguns dos pontífices reinantes eram acusados de crimes tão revoltantes que os governadores seculares se esforçavam por depor esses dignitários da igreja como monstros demasiado vis para serem tolerados. Durante séculos a Europa não fez progresso no saber nas artes ou na civilização. Uma paralisia moral e intelectual caíra sobre a cristandade.
"O MEIO DIA DO PAPADO FOI A MEIA-NOITE DO MUNDO."
LUZ EM MEIO ÀS TREVAS
Preeminente entre os que foram chamados para dirigir a igreja das trevas do papado à luz de uma fé mais pura, acha-se Martinho Lutero. Zeloso, ardente e dedicado, não conhecendo outro temor senão o de Deus e não reconhecendo outro fundamento para a fé religiosa, além das Sagradas Escrituras, Lutero foi o homem para o seu tempo. Por meio dele Deus efetuou uma grande obra para a reforma da igreja e esclarecimento do mundo.
Com a idade de dezoito anos, entrou na Universidade de Erfurt. Memória retentiva, vívida imaginação, poderosa faculdade de raciocinar e aplicação incansável, colocaram-no logo em primeiro lugar entre seus companheiros. Um dia enquanto examinava os livros da Biblioteca da Universidade, Lutero descobriu uma Bíblia latina. Nunca dantes vira tal Livro. Ignorava mesmo sua existência. Tinha ouvido porções dos evangelhos e epístolas, que se liam ao povo ¡ no culto público e supunha que isso fosse a Escritura toda. Agora, pela primeira vez, olhava para o todo da Palavra de Deus. Com um misto de reverência admiração, folheava as páginas sagradas. Pulso acelerado e coração palpitante, lia por si mesmo as palavras de vida, detendo-se aqui e acolá para exclamar: "Oh! Quem dera Deus me desse tal livro!" - História da Reforma do Século XVI, D'Aubigné.
Um desejo ardente de se achar livre do pecado e encontrar a paz com Deus, levou-o afinal a entrar para um mosteiro e dedicar-se à vida monástica,. Exigiu-se-Ihe, ali, efetuar os mais humildes trabalhos e mendigar de porta em porta. Essas ocupações servis eram profundamente mortificadoras para os seus sentimentos naturais; pacientemente. porém, suportou a humilhação, crendo ser necessária por causa de seus pecados.
Acima de tudo se deleitava no estudo da Palavra de Deus. Todo momento que podia poupar de seus deveres diários, empregava-o no estudo. Achara uma Bíblia acorrentada à parede do convento e a ela, muitas vezes, recorria. Aprofundando-se suas convicções de pecado, procurou pelas próprias obras obter perdão e paz. Levava vida austera, esforçando-se por meio de jejuns, vigílias e penitências para subjugar os males de sua natureza, dos quais a vida monástica não o libertava. Dizia Lutero:
"Eu era na verdade um monge piedoso e seguia as regras de minha ordem mais estritamente do que possa exprimir. Se fora possível a um monge obter o Céu por suas obras monásticas, eu certamente teria direito a ele. Se eu tivesse continuado por mais tempo, teria levado minhas mortificações até a própria morte. "D'Aubige, livro 2, cap. 3
Mas com todos os seus esforços, a alma sobrecarregada não encontrou alívio. Finalmente foi arrojado às bordas do desespero.
OLHANDO PARA CRISTO
Quando pareceu a Lutero que tudo estava perdido, Deus lhe suscitou um amigo e auxiliador. O piedoso Staupitz abriu a Palavra de Deus ao espírito de Lutero, mandando-lhe que não mais olhasse para si mesmo, que cessasse a contemplação do castigo infinito pela violação da lei de Deus e olhasse a Jesus, seu Salvador que perdoa os pecados. "Em vez de torturar-te por causa de teus pecados, lança-te nos braços do Redentor Confia nEle, na justiça de Sua vida, na expiação de Sua morte... Escuta o Filho de Deus. Ele Se fez homem para te dar a certeza do favor divino." "Ama Aquele que primeiro te amou." D'Aubigné, livro 2, cap. 4. Suas palavras produziram profunda impressão no espírito de Lutero. Depois de muita luta contra erros, longamente acalentados, pôde ele, aprender a verdade e lhe veio paz à alma perturbada.
Lutero foi ordenado sacerdote, sendo chamado do claustro para o cargo de professor na Universidade de Wittemberg. Ali se aplicou ao estudo das Escrituras nas línguas originais. Staupitz, seu amigo e superior, insistia com ele para que subisse ao púlpito e pregasse a Palavra de Deus. Lutero hesitava, sentindo-se indigno de falar ao povo em lugar de Cristo. Foi apenas depois de longa luta que começou a fazer conferências sobre a Bíblia. O livro dos Salmos, os Evangelhos e as Epístolas abriram-se à compreensão de multidões que se deleitavam em ouvi-lo.
A VISITA DE LUTERO A ROMA
Lutero ainda era um verdadeiro filho da igreja papal e não tinha idéia alguma de que houvesse de ser alguma outra coisa. Na providência de Deus foi levado a visitar Roma. Seguiu viagem a pé, hospedando-se nos mosteiros, pelo caminho. Em um convento na Itália, encheu-se de admiração ante a riqueza, magnificência e luxo que testemunhou. Dotados de uma receita pincipesca, os monges habitavam em esplêndidos compartimentos, ornamentavam-se com as mais ricas e custosas vestes, e banqueteavam-se em suntuosas mesas. Com dolorosos pressentimentos Lutero contrastou esta cena com a renúncia e rigores de sua própria vida. O espírito estava-se-Ihe tornando perplexo.
Afinal, contemplou ia distância a cidade das sete colinas. Com profunda emoção prostrou-se ao solo, exclamando: "Santa Rama. eu te saúdo!" D'Aubigené, livro 2, cap. 6. Entrou na cidade, visitou as igrejas. Ouviu histórias maravilhosas repetidas pelos padres e monges, e cumpriu todas as cerimônias exigidas. Por toda parte via cenas que o enchiam de espanto e horror. Observava a iniqüidade que existia entre todas as classes do clero. Ouviu gracejos imorais dos prelados e horrorizou-se com sua espantosa profanidade, mesmo durante a missa. "Ninguém pode imaginar", escreveu ele, "que pecados e ações : infames se cometem em Roma; precisam ser vistos e ouvidos para serem cridos. Por isso costumam dizer: 'Se há Inferno, Roma está construída sobre ele: é um abismo donde procede toda espécie de pecado."' D'Aubigné, livro 2, cap. 6.
A ESCADA DE PILATOS
Por uma decretal recente, fora prometida pelo Papa certa indulgência a todos os que subissem de joelhos a "escadaria de Pilatos", que se diz ter sido descida por nosso Salvador ao sair do tribunal romano e miraculosamente transportada de Jerusalém para Roma. Lutero estava certo dia subindo devotamente esses degraus, quando de súbito uma voz, semelhante a trovão. pareceu dizer-lhe: "O justo viverá da fé." Rm. 1 :1 7. Ergueu-se de um salto e saiu apressadamente do lugar, envergonhado e horrorizado. Esse texto nunca perdeu a força sobre sua alma. Desde aquele tempo. viu mais claramente do que nunca dantes a Falácia de se confiar nas obras humanas para salvação e a necessidade de fé constante nos méritos de Cristo. Tinham-se-Ihe aberto os olhos e nunca mais se deveriam fechar aos enganos do papado. Quando ele deu as costas a Roma, também dela volveu seu coração e, desde aquele tempo, o afastamento se tornou cada vez maior, até romper todo contato com a Igreja papal.
A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS
Depois de voltar de Roma, Lutero recebeu, na Universidade de Wittemberg, o grau de doutor em teologia. Fizera solene voto de estudar cuidadosamente a Palavra de Deus e. todos os dias de sua vida, pregá-la com fidelidade e não os dizeres e doutrinas dos papas. Não mais era o simples monge ou professor, mas o autorizado arauto da Bíblia. Declarava firmemente que os cristãos não deveriam receber outras doutrinas senão as que se apoiam na autoridade das Sagradas Escrituras. Estas palavras reriram o próprio fundamento da supremacia papal. Continham o princípio vital da Reforma.
Acendeu-se em Wittemberg uma luz cujos raios deveriam estender-se às regiões mais remotas da Terra, aumentando em brilho até o final do tempo. Mas a luz e as trevas não podem combinar. Entre a verdade e o erro há um conflito irreprimível. Apoiar e defendei um é atacar e subverter outro. Disse Lutero, alguns anos depois do início da Reforma: "Deus não me guia, Ele me impele avante, arrebata-me. Não sou senhor de mim mesmo. Desejo viver em repouso, mas sou arrojado ao meio de tumultos e revoluções." D' Aubigné, livro 5, cap. 2.
CONSTRUÇÃO DA CATEDRAL DE SÃO PEDRO
A Igreja de Roma mercadejava com a graça de Deus. Com a alegação de levantar fundos para a ereção da igreja de São Pedro, em Roma, publicamente se ofereciam à venda indulgências, por autorização do Papa. Pelo preço do crime deveria construir-se um templo para o culto de Deus - a pedra fundamental assentada com o salário da iniqüidade! Foi isto o que suscitou o mais resoluto e eficaz dos inimigos do papado e fez tremer na cabeça do pontífice, tríplice coroa.
Tetzel, o oficial designado para dirigir a venda das indulgências na Alemanha, era culpado das mais ignóbeis ofensas à sociedade e à lei de Deus; havendo porém escapado dos castigos devido aos seus crimes, foi empregado para promover os projetos mercenários e nada escrupulosos do Papa. Com grande desfaçatez repetia as mais deslumbrantes falsidades e relatava histórias maravilhosas para enganar um povo ignorante. crédulo e supersticioso. Durante séculos a circulação das Escrituras foi proibida, Ao povo era vedado lê-la ou em casa.
Tivesse esse a Palavra de Deus, não teria sido enganado dessa maneira. Foi para conserva-lo sob o domínio do papado, a fim de aumentar o poderio e riqueza de seus ambiciosos dirigentes, que a Bíblia fora dele retirada. História Eclesiástica de Gieseler, período 4, sec.1, par. 5.
INDULGÊNCIAS: PECADO À VENDA
Ao entrar Tetzel numa cidade, um mensageiro ia adiante dele, anunciando: "A graça de Deus e do santo padre está à vossa porta!" D'Aubigné, livro 3, cap. 1. O infame tráfico era recebido na igreja e Tetzel subia ao púlpito e exaltava as indulgências como o mais precioso dom de Deus. Declarava que, em virtude de seus certificados de perdão, todos os pecados que o comprador mais tarde quisesse cometer, ser-lhe-iam perdoados e que "mesmo o arrependimento não era necessário." D'Aubigné livro 3, cap. 1. Mais que isso, assegurava aos ouvintes que as indulgências tinham poder para salvar, não somente os vivos mas também os mortos e que, no mesmo instante em que o dinheiro tinia de encontro ao fundo de sua caixa, a alma em cujo favor era pago, escaparia do purgatório, ingressando no Céu. História da Reforma, Hagenbach, vol.1, pag. %.
Nenhum prelado ousou erguer a voz contra este iníquo comércio, mas o espírito dos homens estava-se tornando perturbado e desassossegado. Muitos com avidez inquiriam se Deus não operada mediante algum instrumento a purificação de Sua igreja.
Lutero, conquanto ainda católico romano da mais estrita classe, encheu-se de horror ante as blasfemas declarações dos traficantes das indulgências. Muitos de sua própria congregação haviam comprado certidões de perdão e logo começaram a dirigir-se ao seu pastor, confessando seus vários pecados e esperando a absolvição, não porque estivessem arrependidos e desejassem corrigir-se, mas sob o fundamento da indulgência. Lutero recusou-lhes a absolvição, advertindo-os de que, a menos que se arrependessem e reformassem a vida, haveriam de perecer em seus pecados. Com grande perplexidade voltaram a Tetzel, queixando-se de que seu confessor recusara-lhes o certificado; e alguns ousadamente exigiram que lhes restituísse o dinheiro. O frade encheu-se de cólera. Proferiu as mais terríveis maldições, fez com que se acendessem fogos nas praças públicas e declarou haver recebido ordem do Papa para queimar todos os hereges que pretendessem opor-se às suas santíssimas indulgências. D'Aubigné, livro 3, cap. 4.
A voz de Lutero era ouvida do púlpito em advertências ardorosas e solenes. Expôs ao povo o caráter ofensivo do pecado. ensinando-lhe ser impossível ao homem, por suas próprias obras, diminuir as culpas ou fugir do castigo.
Nada a não ser o arrependimento para com Deus e a fé em Cristo, pode salvar o pecador. A graça de Cristo não pode ser comprada; é dom gratuito. Aconselhava o povo a não comprar as indulgências, mas a olhar com fé para um Redentor crucificado. Relatou sua própria e penosa experiência ao procurar debalde, pela humilhação e penitência, conseguir a salvação, e afirmou a seus ouvintes que foi olhando fora de si mesmo e crendo em Cristo que encontrara paz e alegria.
Pelo preço do crime deveria construir-se um templo para o culto de Deus - a pedra fundamental assentada com o salário da iniqüidade.
NOVENTA E CINCO VEZES NÃO!
Lutero decidiu-se a um protesto mais eficaz contra esses clamorosos abusos. A igreja do castelo de Wittemberg possuía muitas relíquias que, em certos dias santos, eram expostas ao público e concedia-se completa remissão de pecados a todos os que então visitassem a igreja e se confessassem. Uma das mais importantes destas ocasiões, a festa de "Todos os Santos", estava-se aproximando. Na véspera, Lutero, reunindo-se às multidões que já seguiam para a igreja, afixou na porta desta um papel contendo noventa e cinco proposições contra a doutrina das indulgências. Declarou sua disposição de defender essas teses no dia seguinte na Universidade, contra todos os que achassem conveniente atacá-las.
Estas proposições atraíram a atenção geral. Eram lidas, relidas e repetidas de todos os lados. Estabeleceu-se grande excitação na Universidade e na cidade inteira. Mostravam essas teses que o poder de conferir o perdão do pecado e remir de sua pena, jamais fora confiado ao Papa ou a qualquer outro homem. Todo esse plano era uma farsa, um artificio para extorquir dinheiro, valendo-se das superstições do povo. Mostrou-se também claramente que o Evangelho de Cristo é o mais valioso tesouro da igreja e que a graça de Deus, nele revelada, é livremente concedida a todos os que a buscam com arrependimento e fé.
As questões por ele propostas, em poucos dias se espalharam por toda a Alemanha e, em breves semanas, repercutiram pela cristandade toda. Muitos dedicados romanistas que tinham visto e lamentado a terrível iniqüidade que prevalecia na igreja, leram as proposições com grande alegria. Pressentiam que o Senhor graciosamente estendera a mão para deter a maré de corrupção que crescia rapidamente e que promanava da Sé de Roma. Príncipes e magistrados secretamente se regozijavam de que estava para ser posto um paradeiro ao arrogante poder que negava o direito de apelar contra suas decisões.
Posto que Lutero tivesse sido movido pelo Espírito de Deus para iniciar sua obra, não a deveria ele levar avante sem severos conflitos. As exprobrações dos inimigos, a difamação de seus propósitos e os injustos e maldosos reparos acerca do seu caráter e intuitos, sobrevieram-lhe como um dilúvio avassalador e não ficaram sem efeito.
Todo esse plano era uma farsa, um artifício para extorquir dinheiro, valendo-se das superstições do povo.
O reformador teve atrozes acusadores a defrontar. Alguns o acusavam de agir precipitadamente e por impulso. Outros, de ser presunçoso, declarando mais que ele não era dirigido por Deus, mas que atuava por orgulho e ardor. "Quem é que não sabe", respondia ele, "que raramente um homem apresenta uma idéia nova, sem que tenha uma aparência de orgulho e seja acusado de excitar rixas? ... Por que foram mortos Cristo e todos os mártires? Porque pareciam ser orgulhosos desprezadores da sabedoria de seu tempo e porque apresentavam idéias novas sem ter primeiro humildemente tomado conselho com os oráculos das antigas opiniões." D'Aubigné, livro 3, cap. 6.
Muitos dignitários, tanto da Igreja como do Estado, estavam convictos da verdade de suas teses; mas logo viram que a aceitação dessas verdades implicaria grandes mudanças. Esclarecer e reformar o povo corresponderia virtualmente a minar a autoridade de Roma, sustar milhares de torrentes que ora ruíam para o seu tesouro e, assim, grandemente cercear a extravagância e o luxo dos chefes papais. Demais, ensinar o povo a pensar e agir como seres responsáveis, buscando apenas de Cristo a salvação, subverteria o trono do pontífice, destruindo finalmente sua própria autoridade. Por esta razão recusaram o conhecimento a eles oferecido por Deus e se dispuseram contra Cristo e a verdade, pela sua oposição ao homem que Ele enviara para os esclarecer.
Lutero tremia quando olhava para si mesmo - um só homem opor-se às mais poderosas forças da Terra. Algumas vezes duvidava se havia sido, na verdade, levado por Deus a colocar-se contra a autoridade da igreja. "Quem era eu", escreveu ele. "para opor-me à majestade do Papa , perante quem... os reis da Terra e o mundo inteiro tremiam?... Ninguém poderia saber o que meu sofreu durante estes primeiros dois anos, e em que desânimo, poderia dizer em que desespero, me submergi." D'Aubigné, livro 3, cap.6.
A BÍBLIA E SOMENTE A BÍBLIA
Quando inimigos apelavam para os costumes é tradições ou para as asserções e autoridade do Papa, Lutero os enfrentava com a Bíblia e com a Bíblia unicamente. Ali estavam argumentos que não podiam refutar; portanto os escravos do formalismo e superstição clamavam por seu sangue, como os fizeram os judeus pelo sangue de Cristo. "Ele é um herege ", bradavam os zelosos romanistas. "É alta traição à igreja permitir que tão horrível herege viva uma hora mais. Arme-se imediatamente para ele uma forca!" - D'Aubigné livro 3, cap. 9.
Lutero recebeu intimação para comparecer a Roma, a fim de responder pela acusação de heresia A ordem encheu de terror a seus amigos. Sabiam perfeitamente bem o perigo que o ameaçava naquela corrupta cidade, já embriagada com o sangue dos mártires de Jesus. Protestaram contra sua ida a Roma e requereram que fosse ele interrogado na Alemanha.
Assim se fez por fim e foi designado o núncio papal para ouvir o caso. Nas instruções comunicadas pelo pontífice a esse legado, referiu-se que Lutero fora já declarado herege. O núncio foi, portanto, encarregado de o "processar e o constranger sem demora ". Se ele permanecesse firme e o legado não conseguisse apoderar-se de sua pessoa, tinha poderes para "proscrevê-lo em todas as partes da Alemanha, banir, amaldiçoar e excomungar todos os que estivessem ligados a ele." D'Aubigné, livro 4, cap. 2. Além disso, determinou a seu legado, a fim de desarraigar inteiramente a pestífera heresia, que, exceto o imperador, excomungasse qualquer dignidade na Igreja ou Estado a todos os que negligenciassem prender Lutero e seus adeptos, entregando-os à vingança de Roma.
Aqui se patenteia o verdadeiro espírito do papado. Nenhum indício de princípios cristãos, ou mesmo de justiça comum, se pode notar no documento todo. Antes que seu caso fosse investigado, era sumariamente declarado herege, e no mesmo dia exortado, acusado, julgado e condenado; e tudo isto por aquele que se intitulava santo pai, a única autoridade suprema infalível na Igreja ou no Estado!
Augsburgo fora designada como o lugar para o processo e o reformador partiu a pé para fazer a viagem até lã. Alimentavam sérios temores a seu respeito. Fizeram-se abertamente ameaças de que ele seria agarrado e assassinado no caminho, e seus amigos rogaram-lhe que se não aventurasse. Solicitaram-lhe mesmo que, durante algum tempo, saísse de Wittemberg e procurasse segurança com os que, de bom grado, o protegeriam. Ele. porém, não queria deixar a posição em que Deus o colocara.
As notícias da chegada de Lutero a Augsburgo deram grande satisfação ao legado papal. O perturbador herege que despertava a atenção do mundo inteiro, parecia agora em poder de Roma e o legado decidiu que ele não escapasse. O reformador deixara de munir-se de salvo-conduto. Seus amigos insistiam em que, sem ele, não aparecesse perante o legado e eles próprios se empenharam em consegui-lo do imperador. O núncio tencionava obrigar a Lutero, sendo possível, a retratar-se, ou, não conseguindo isto, fazer com que fosse levado a Roma, para participar da sorte de Huss e Jerônimo. Por conseguinte, mediante seus agentes, esforçou-se por induzir Lutero a aparecer sem salvo-conduto, confiante em sua misericórdia. Isto o Reformador se recusou firmemente a fazê-lo. Antes que recebesse o documento hipotecando-lhe a proteção do imperador, não compareceu à presença do embaixador papal.
LUTERO EM JUÍZO
Haviam decidido os romanistas, como ardiloso expediente, tentar ganhar a Lutero com aparência de amabilidade. O legado, em suas entrevistas com ele, mostrava grande amizade; mas exigia que Lutero se submetesse implicitamente d autoridade da igreja, e cedesse em todos os pontos sem argumentação ou questões. Não avaliara devidamente o caráter do homem com quem devia tratar. Lutero, em resposta, exprimiu sua consideração pela igreja, seu desejo de verdade, sua prontidão em responder todas as objeções ao que ele havia ensinado, e em submeter suas doutrinas à decisão de algumas das principais universidades. Mas ao mesmo tempo protestava contra a maneira de agir do cardeal, exigindo-lhe retratar-se sem ser provado estar ele em erro.
A única resposta foi: "Retrate-se, retrate-se!" O reformador mostrou que sua atitude era apoiada pelas Escrituras e declarou com firmeza que não poderia renunciar à verdade. O legado, incapaz de responder ao argumento de Lutero. cumulou-o com uma tempestade de exprobrações, zombadas, escárnios e lisonjas, entremeados de citações da tradição e dos dizeres dos pais da igreja, sem proporcionar ao reformador oportunidade de falar. Vendo que a conferência, assim continuando. seda completamente vã, Lutero obteve, por fim, relutante permissão para apresentar sua resposta por escrito.
Na próxima entrevista, Lutero apresentou uma exposição clara, concisa e poderosa. de suas opiniões, amplamente apoiadas por muitas citações das Escrituras. Este documento, depois de o ter lido em voz alta. entregou ao cardeal que, entretanto, o lançou desdenhosamente ao lado, declarando ser ele um acervo de palavras ociosas e citações que nada provavam. Lutero, assim estimulado, defronta então o altivo prelado em seu própdo rc~ i ções e ensinos aa igreja-e literalmente derrota suas afirmações.
"EU TE EXCOMUNGAREI!"
Quando o prelado viu que o raciocínio de Lutero era irrespondível, perdeu todo o domínio de si mesmo e, colérico, exclamou: "Retrate-se! Ou mandá-lo-ei a Roma, para ali comparecer perante aos juizes comissionados para tomarem conhecimento de sua causa. Excomungá-lo-ei e a todos os seus partidários, e a todos os que, em qualquer ocasião, o favorecerem e os lançarei fora da igreja." E finalmente declarou, em tom altivo e irado: "Retrate-se, ou não volte mais!" D'Aubigné, livro 4, cap. 8.
O Reformador de pronto se retirou com os amigos, declarando assim plenamente que nenhuma retratação se deveria esperar dele. Isto não era o que o cardeal se propusera. Ele se havia lisonjeado de poder pela violência, forçar Lutero a submeter-se. Agora, deixado só com os que o apoiavam, olhava para um e para outro, em completo desgosto pelo inesperado fracasso de seus planos. Os esforços de Lutero nesta ocasião não ficaram sem bons resultados. A grande assembléia presente tivera oportunidade de comparar os dois homens, e julgar por si o espírito manifestado por eles, bem como da força e verdade de suas posições. Quão assinalado era o contraste! O reformador, simples, humilde, firme, permanecia na força de Deus, senão a seu lado a verdade; o representante do Papa, importante a seus próprios olhos, despótico, altivo e desarrazoado, achava-se sem um único argumento das Escrituras, exclamando, no entanto, veementemente: "Retrate-se, ou será enviado a Roma para o castigo!" Se bem que Lutero se houvesse munido de salvo-conduto, os romanistas estavam conspirando para apanhá-lo e aprisioná-lo. Seus amigos insistiam em que, como lhe era inútil prolongar sua permanência, deveria, sem demora, voltar a Wittemberg e que a máxima cautela se deveria ter no sentido de ocultar suas intenções. De acordo com isto, ele deixou Augsburgo antes do raiar do dia, a cavalo, acompanhado apenas de um guia a ele fornecido pelo magistrado. Atingiu uma pequena porta no muro da cidade. Abriu-se-lhe e, com o guia, por ela passou sem impedimento. Antes que o legado soubesse da partida de Lutero, achava-se ele além do alcance de seus perseguidores.
Com as notícias da fuga de Lutero, o legado ficou opresso de surpresa e cólera. Esperara ele receber grande honra por seu tino e firmeza ao tratar com o perturbador da igreja, mas frustrara-se-lhe a esperança. Deu expressão à sua raiva em carta a Frederico, o eleitor da Saxônia, denunciando com amargura a Lutero e reclamando que Frederico enviasse o reformador a Roma ou que o banisse da Saxônia.
Em sua defesa, Lutero insistia que o legado do Papa lhe mostrasse seus erros pelas Escrituras e comprometia-se da maneira mais solene a renunciar as suas doutrinas se lhe provassem estarem elas em desacordo com a Palavra Divina. O apelo de Lutero às Esrituras foi consistente e firme. Quando mais tarde apelara ao imperador da Alemanha, Carlos V e 8 Dieta alemã para responder por sua fé, corajosamente declarou ele:
"Visto que Sereníssima Majestade e Vossas nobres Altezas exigem de mim resposta clara, simples e precisa, dar vo-la-ei e é esta: Não posso submeter minha fé, quer ao Papa, quer aos concílios, porque é claro como o dia, que eles têm freqüentemente errado e se contradito um ao outro. Portanto, a menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submeta minha consciência pela palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus queira ajudar-me. Amém. " D'Aubigné, livro 7, cap. 8.
O eleitor possuía ainda pouco conhecimento das doutrinas reformadas, mas estava profundamente impressionado pela sinceridade, força e clareza das palavras de Lutero e, até que se provasse estar o Reformador em erro, resolveu Frederico permanecer como seu protetor. Em resposta ao pedido do legado, escreveu: "'Visto que o Dr. Martinho compareceu perante vós, em Augsburgo. deveríeis estar satisfeito. Não esperávamos que vos esforçásseis por fazê-lo retratar-se sem o haver convencido de seus erros. Nenhum dos homens doutos de nosso principado me informou de que a doutrina de Martinho seja ímpia, anticristã ou herética.' O príncipe recusou-se, além disso, a enviar Lutero a Roma, ou expulsá-lo de seus domínios."
O PRÓPRIO ANTICRISTO?
Lutero ainda não estava de todo convertido dos erros do romanismo. Enquanto, porém, comparava as Santas Escrituras com os decretos e constituições papais, enchia-se de espanto.
'Estou lendo', escreveu ele, os decretos dos pontífices e... não sei se o Papa é o próprio anticristo ou seu apóstolo, em tão grande maneira Cristo é neles representado falsamente e crucificado." D'Aubigné, livro 5 cap.1.
Num apelo ao imperador e à nobreza da Alemanha em favor da Reforma do Cristianismo, Lutero escreveu relativamente ao Papa:
"É horrível contemplar o homem que se intitula vigário de Cristo, a ostentar uma magnificência que nenhum imperador pode igualar. É isso ser semelhante ao pobre Jesus, ou ao humilde S. Pedro? Ele é, dizem, o senhor do mundo! Mas Cristo, cujo vigário ele se declara de ser, disse: "Meu reino não é deste mundo." Podem os domínios de um vigário estender-se, além dos de seu superior?" D'Aubigné livro 6, cap. 3.
Esse apelo circulou rapidamente por toda a Alemanha e exerceu poderosa influência sobre o povo. Os oponentes de Lutero, ardentes no desejo de vingança, insistiam em que o Papa tomasse medidas decisivas contra ele. Decretou-se que suas doutrinas fossem imediatamente condenadas. Sessenta dias foram concedidos ao reformador e a seus adeptos, findos os quais, se não é abjurassem, deveriam todos ser excomungados.
Foi uma crise terrível para a Reforma. Durante séculos, a sentença de excomunhão de Roma ferira de terror a poderosos monarcas, enchera fortes impérios de desgraça e desolação. Aqueles sobre quem caía sua condenação, eram universalmente considerados com espanto e horror; cortavam-se-lhes as relações com seus semelhantes e eram tratados como proscritos que se deveriam perseguir até a exterminação. Lutero não tinha os olhos fechados à tempestade prestes a irromper sobre ele. Escreveu: "O que está para acontecer, não sei nem cuido em sabê-lo... Caia onde cair o golpe, não tenho receio. Nem ao menos uma folha tomba ao solo sem a vontade de nosso Pai. Quanto mais não cuidará Ele de nós! Coisa fácil é morrer pela Palavra, visto que a própria Palavra ou Verbo que Se fez carne, morreu. Se morrermos com Ele. com Ele viveremos; e passando por aquilo por que Ele passou antes de nós, estaremos onde Ele está e com Ele habitaremos para sempre." D'Aubigné. 3d London ed., Walther, 1840, livro 6, cap. 9.
Quando a bula papal chegou a Lutero. disse ele:
"Desprezo-a e ataco-a como ímpia e falsa... É o próprio Cristo que nela é condenado... Regozijo-me por ter de suportar tais males pela melhor das causas, Sinto já maior liberdade em meu coração pois finalmente sei que o Papa é o anticristo e que o seu trono é o do próprio Satanás." D'Aubigné, livro 6, cap. 9.
Na presença de uma multidão de estudantes, doutores e cidadãos de todas as classes; Lutero queimou a bula papal com as leis canônicas, decretais e certos escritos que sustentavam o poder papal. Disse ele: "Meus inimigos, queimando meus livros, foram capazes de prejudicar a causa da verdade no espírito do povo comum e destruir-lhes a alma. Por esse motivo, consumo seus livros, em retribuição. Uma luta séria acaba de começar. Até aqui tenho estado apenas a brincar com o Papa. Iniciei esta obra no nome de Deus. Ela se concluirá sem mim e pelo Seu poder." D'Aubigné, livro 6, cap. 10.
UMA SEPARAÇÃO FINAL
Entretanto. não Foi sem terrível luta consigo mesmo que Lutero se decidiu a uma separação definitiva da igreja, foi aproximadamente por este tempo que escreveu: "Sinto cada dia mais e mais quão difícil é pôr de parte os escrúpulos que a gente absorveu na meninice. Oh! Quanta dor me causou, posto que eu tivesse as Escrituras a meu lado, o justificar a mim mesmo que eu ousada assumir atitude contra o Papa e tê-lo na conta de anticristo! Quais não foram as tribulações do meu coração! Quantas vezes não fiz a mim mesmo, com amargura, a pergunta que era tão freqüente nos lábios dos adeptos do Papa: "Só tu és sábio? Poderão todos os demais estar errados? Como será se, afinal de contas, és tu que te achas em erro e estás a envolver em teu engano tantas almas, que então serão eternamente condenadas?' Era assim que eu lutava comigo mesmo e com Satanás, até que Cristo, por Sua própria e infalível Palavra. me fortaleceu o coração contra estas dúvidas." Vida e Tempos de Lutero, páginas 372, 373
O Papa ameaçara Lutero de excomunhão se ele não se retratasse e a ameaça agora se cumprira. Apareceu nova bula declarando a separação final do Reformador, da Igreja de Roma, denunciando-o como amaldiçoado do Céu e incluindo na mesma condenação todos os que recebessem suas doutrinas. Tinha-se entrado completamente na grande contenda entre as Escrituras e as tradições dos homens. Entre o Protestantismo e o Catolicismo Romano.
UMA LIÇÃO DO PASSADO
A oposição é o quinhão de todos aqueles a quem Deus emprega para apresentar verdades especialmente aplicáveis a seu tempo. Havia uma verdade presente nos dias de Lutero, verdade de especial importância naquele tempo; há uma verdade presente para a igreja hoje. Esta, porém, não é hoje desejada pela maioria, mais do que o foi pelos romanistas que se opunham a Lutero. Há, para aceitar teorias e tradições de homens, em vez da Palavra de Deus, a mesma disposição das eras passadas. O espírito do mundo não está hoje mais em que harmonia com o espírito de Cristo do que nos primitivos tempos, e os que pregam a Palavra de Deus em sua pureza não serão recebidos agora com maior favor do que o foram naquele tempo. As maneiras e aposições à verdade podem mudar, a inimizade pode ser menos manifesta, porque é mais arguta; mas o mesmo antagonismo ainda existe, e se manifestará até o fim do tempo.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA AMEAÇADA
O romanismo é hoje olhado pelos protestantes com muito maior favor do que anos atrás. Há crescente indiferença com relação às doutrinas que separam as igrejas reformadas da hierarquia papal e ganha terreno a opinião de que, em última análise, não diferimos tão grandemente em pontos vitais como se supunha e de que pequenas concessões de nossa parte nos levarão a melhor entendimento com Roma. Houve tempo em que os protestantes davam alto valor à liberdade de consciência a tão elevado preço comprada. Ensinavam os filhos a aborrecer o papado, e sustentavam que buscar harmonia com Roma seria deslealdade para com Deus. Mas quão diferentes são sentimentos hoje expressos!
Os defensores do papado asseveram que a igreja foi caluniada e o mundo protestante inclina-se a aceitar esta declaração. Muitos insistem em que é injusto julgar a igreja de hoje pelas abominações e absurdos que assinalaram seu domínio durante os séculos de ignorância e trevas. Desculpam sua horrível crueldade como sendo o resultado da barbárie dos tempos, e alegam que a influência da civilização moderna lhe mudou os sentimentos.
Olvidaram estas pessoas a pretensão da infalibilidade sustentada há oitocentos anos por este altivo poder? Longe de ser abandonada, firmou-se esta pretensão no século XIX de modo mais positivo que nunca dantes. Visto como Roma assevera que a igreja "nunca errou, nem, segundo as Escrituras, errará jamais" (História Eclesiástica Mosheim, livro 3, século XI, parte 2, cap. 2, nota 17), como poderá ela renunciar aos princípios que lhe nortearam a conduta nas eras passadas?
A igreja papal nunca abandonará a sua pretensão à infalibilidade. Tudo que tem feito em perseguição dos que lhe rejeitam os dogmas, considera ela estar direito; e não repetiria os mesmos atos se a oportunidade se lhe apresentasse? Removam-se as restrições ora impostas pelos governos seculares, reintegre-se Roma ao poderio anterior, e de pronto ressurgirá a tirania e perseguição.
Um conhecido escritor refere-se nos seguintes termos à atitude da hierarquia papal no que respeita à liberdade de consciência e aos perigos que ameaçam especialmente os Estados Unidos pelo êxito de sua política: "A Constituição dos Estados Unidos garante a liberdade de consciência. Nada se preza mais ou é de maior transcendência. O Papa Pio IX, na encíclica de 15 de agosto de 1854, disse: "As doutrinas ou extravagâncias absurdas e errôneas em defesa da liberdade de consciência, são erros dos mais perniciosos - uma peste que, dentre todas as outras, mais deve ser temida no Estado.' O mesmo Papa. na encíclica de 8 de dezembro de 1854, anatematizou "os que defendem a liberdade de consciência e de culto" e também, "todos os que afirmam que a Igreja não pode empregar a força."
"O tom pacífico usado por Roma nos Estados Unidos não implica mudança de coração. É tolerante onde é impotente. Diz o Bispo O'Connor: "A liberdade religiosa é meramente suportada até que o contrário possa ser levado a efeito sem perigo para o mundo católico."... O arcebispo de São Luís disse certa vez: "A heresia e a incredulidade são crimes; e em países cristãos como a Itália e a Espanha, por exemplo, onde todo o povo é católico e onde a religião católica é parte essencial da lei da nação, são elas punidas como os outros crimes."...
"Todo cardeal, arcebispo e bispo da Igreja Católica, presta para com o papa um juramento de fidelidade em que ocorrem as seguintes palavras: 'Combaterei os hereges, cismáticos e rebeldes ao dito senhor nosso (o Papa), ou seus sucessores e perseguí-los-ei com todo o meu poder' " Josiah Strong-Our Country cap.5, par. 2-4.
É certo que há verdadeiros cristãos na comunhão católico-romana. Milhares na dita igreja estão seguindo a Deus segundo a melhor luz que possuem. Não distinguem a verdade, nunca viram o contraste entre o verdadeiro culto prestado de coração e um conjunto de meras formas e cerimônias. Deus olha para estas almas com compadecida ternura, educadas como são em uma fé que é ilusória e não satisfaz. Fará com que raios de luz penetrem as densas trevas que as cercam. Revelar-lhes-á a verdade como é em Jesus.
OS PROTESTANTES ESTÃO FECHANDO OS OLHOS
Os protestantes têm-se intrometido com o papado, patrocinando-o; têm usado de transigência e feito concessões que os próprios romanistas se surpreendem de ver e não compreendem. Os homens cerram os olhos ao verdadeiro caráter do romanismo e aos perigos que se devem recear com a sua supremacia. O povo necessita ser despertado a fim de resistir aos avanços deste perigosíssimo inimigo da liberdade civil e religiosa.
Mas o romanismo, como sistema, não se acha hoje em harmonia com o Evangelho de Cristo mais do que em qualquer época passada de sua história.. As igrejas protestantes estão em grandes trevas, pois do contraído discerniriam os sinais dos tempos. São de grande alcance os planos e modos de operar da Igreja de Roma. Emprega todo expediente para estender a influência e aumentar o poderio. A Igreja de Roma apresenta hoje ao mundo uma fronte serena, cobrindo de justificações o registro de suas horríveis crueldades. Vestiu-se com
roupagens de aspecto cristão; não mudou, porém. Todos os princípios formulados pelo papado em épocas passadas, existem ainda hoje. As doutrinas inventadas nas tenebrosas eras ainda são mantidas. Ninguém se deve iludir. O papado que os protestantes hoje se acham tão prontos para honrar é o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma, quando homens de Deus se levantavam, com perigo de vida. a fim de denunciar sua iniqüidade. Possui o mesmo orgulho e arrogante presunção que dele fizeram senhor dos reis e príncipes, e reclamaram as prerrogativas de Deus.
Cingiu-se com vestes como as de Cristo, mas em realidade não mudou. Todos os princípios formulados pelo papado em épocas passadas subsistem em nossos dias.
A APOSTASIA DOS ÚLTIMOS TEMPOS
O papado é exatamente o que a profecia declarou que havia de ser: A te apostasia dos últimos tempos (2 Ts. 2:3, 4.). Faz parte de sua política assumir o caráter que melhor cumpra o seu propósito; mas, sob a aparência variável do, camaleão, oculta o invariável veneno da serpente. "Não se deve manter a palavra empenhada aos hereges, nem com pessoas suspeitas de heresias", declara Roma. História do Concílio de Constança, de Lenfant, vol. I, pa,g.516. Deverá esta potência, cujo registro milenar se acha escrito com o sangue dos santos, ser hoje reconhecida como parte da igreja de Cristo?
Não é sem motivo que se tem feito, nos países protestantes, a alegação de que o catolicismo difere hoje menos do protestantismo do que nos tempos passados. Houve uma mudança; mas esta não se verificou no papado. O catolicismo na verdade em muito se assemelha ao protestantismo que hoje existe; pois o protestantismo moderno muito se distancia daquele dos dias da Reforma. Tendo estado as igrejas protestantes à procura do favor do mundo, a falsa caridade lhes cegou os olhos. Não vêem senão que é direito julgar bem de todo o mal; e, como resultado inevitável, julgarão finalmente mal de todo o bem. Em vez de permanecerem em defesa da fé que uma vez foi entregue aos santos, estão hoje, por assim dizer, justificando Roma, por motivo de sua opinião inclemente para com ela, rogando perdão pelo seu fanatismo.
Já é hora de os protestantes irem ao seu pastor (o papa) e dizerem: Que temos de fazer para voltar à casa?" Dr. Robert Schuller, Los Angeles Herald Examiner, 19 de setembro de 1987.
"Os cabeças das igrejas protestantes Americanas e Ortodoxas que estavam reunindo-se com o Papa João Paulo II na sexta-feira, aclamaram sua primeira, largamente representativa discussão, como um sinal no caminho, para uma grande unidade... O reverendo Donald Jones, metodista e presidente do departamento de estudos religiosos da Universidade de Carolina do Sul, a qualificou como á reunião ecumênica mais importante deste século' ... O reverendo Paul A. Crown Jr., de Indianápolis, oficial ecumênico da Igreja Cristã (Discípulos de Cristo), chamou-a `um novo dia no ecumenismo' abrindo um futuro no qual Deus está unindo. " The Montgomery Advertiser, 12 de setembro de 1987.
Uma classe numerosa, mesmo dentre os que consideram o romanismo sem favor, pouco perigo percebe em seu poderio e influência. Muitos insistem que as trevas intelectuais e morais durante a Idade Média favoreceram a propagação de seus dogmas, superstições e opressão, e que a inteligência maior dos tempos modernos, a difusão geral do saber e a crescente liberalidade em matéria de religião, vedam o avivamento da intolerância e tirania. O próprio pensamento de que tal estado de coisas venha a existir nesta era esclarecida é ridicularizado.
É verdade que luz intelectual, moral e religiosa resplandece sobre esta geração. Das páginas abertas da Santa Palavra de Deus, tem-se derramado luz do Céu sobre o mundo. Mas cumpre lembrar que, quanto maior a luz concedida, maiores as trevas dos que a pervertem ou rejeitam. Uma época de grandes trevas intelectuais demonstrou-se favorável ao êxito do papado. Provar-se-á ainda que um tempo de grande luz intelectual é igualmente favorável a seu triunfo. Nos séculos antigos, quando os homens estavam sem a Palavra de Deus e sem conhecimento da verdade, seus olhos estavam vendados e milhares se enredavam, não vendo a cilada que lhes era armada sob as pés. Nesta geração, muitos há cujos olhos se tornam ofuscados pelo resplendor das especulações humanas "falsamente chamada Ciência", não percebem a rede e nela caem tão facilmente como se estivessem de olhos vendados.
Um estudo da Escritura Sagrada, feito com oração. mostraria aos protestantes o verdadeiro caráter do papado, e os faria aborrecê-lo e evitá-lo. Mas muitos são tão sábios em seu próprio conceito que não sentem necessidade de humildemente buscar a Deus para que possam ser levados à verdade. Posto que se orgulhando de sua ilustração, são ignorantes, tanto sobre as Escrituras como a respeito do poder de Deus. Precisam de algum meio de aquietar consciência. O que é um modo de esquecer a Deus, que passe por um modo de lembrar-se dEle. O papado está bem adaptado a satisfazer às necessidades de todos estes. Está preparado para as duas classes da humanidade, abrangendo o mundo quase todo: Os que desejam salvar-se pelos próprios méritos e os que desejam ser salvos em seus pecados. Eis aqui o segredo de seu poder.
UMA TENTATIVA DE MUDAR A LEI DE DEUS
A lei de Deus no santuário celeste é o grande original, de que os preceitos inscritos nas tábuas de pedra, registrados por Moisés no Pentateuco, eram uma transcrição exata. O papado tentou mudar a lei de Deus. O segundo mandamento, que proíbe o culto às Imagens, foi omitido da lei, e o quarto foi mudado de molde a autorizar a observância do primeiro dia em vez do sétimo, como sábado. Mas os romanistas aduzem como razão para omitir o segundo mandamento, ser ele desnecessário, achando-se incluído no primeiro, e que estão a dar a lei exatamente como era o desígnio de Deus fosse ela compreendida. Essa não pode ser a mudança predita pelo profeta. É apresentada uma mudança intencional, com deliberação: "Cuidará em mudar os tempos e a lei." Dn. 7:25. A mudança no quarto mandamento cumpre exatamente a profecia. Para isto a única autoridade alegada é a da Igreja. Aqui o poder papal se coloca abertamente acima de Deus.
"DIA DO SOL"
Editos reais, concílios gerais e ordenanças eclesiásticas, apoiadas pelo poder secular, foram os passos por que a festividade pagã alcançou posição de honra no mundo cristão. A primeira medida de ordem pública impondo a observância do domingo foi a lei feita por Constantino. (Ano 321 de J. C.) Este edito exigia que o povo da cidade repousasse no "venerável dia do Sol", mas permitia aos homens do campo continuarem com suas fainas agrícolas. Posto que virtualmente um estatuto pagão, foi imposto pelo imperador depois de ser nominalmente aceito pelo Cristianismo.
Como a ordem real não parecia substituir de modo suficiente a autoridade divina, Eusébio, bispo que procurava o favor dos príncipes e era amigo íntimo e adulador de Constantino, propôs a alegação de que Cristo transferira o Sábado para o domingo. Nenhum testemunho das Escrituras, sequer, foi aduzido em prova da nova doutrina. O próprio Eusébio, inadvertidamente, reconhece sua falsidade e indica os verdadeiros autores da mudança. "Todas as coisas", diz ele, "que se deveriam fazer no sábado, nós as transferimos para o dia do Senhor." Robert Cox, Sabbath Laws and Sabbath Duties, pág. 538.
A LEI DE DEUS
I
Não terás outros deuses diante de Mim.
II
Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; pois Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que Me odeiam, mas faço misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam os Meus mandamentos.
III
Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor vão, inocente o que tomar o Seu nome em vão.
IV
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e fuás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Não Farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu escravo, nem a tua escrava, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Pois em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há. mas ao sétimo daI dexansou. Por isso abençoou o Senhor o dia de sábado, e o santificou.
V
Honra a teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
VI
Não matarás
VII
Não adulterarás
VIII
Não furtarás
IX
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
X
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu escravo. nem a sua escrava, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
Êxodo 20: 3-17
A LEI DE DEUS
Como Foi Mudada Pelo Homem
I
Amar a Deus sobre todas as coisas.
II
Não tomar o Seu santo nome em vão.
III
Guardar os domingos e festas.
VI
Honrar pai e mãe.
V
Não matar.
VI
Não pecar contra a castidade.
VII
Não furtar.
VIII
Não levantar Falso testemunho.
IV
Não desejar a mulher do próximo.
X
Não cobiçar as coisas alheias.
O Catecismo Católico
(Segundo o Catecismo da Doutrina Cristã - Pelo Pe. João Batista Monti).
"Pergunta: - Você tem alguma outra maneira de provar que a Igreja (Católica) tem poder para instituir dias festivos por preceito?
"Resposta: - Se ela não tivesse semelhante poder... não teria podido substituir a observância sábado, o sétimo dia, pela observância do domingo, o primeiro dia da semana, uma mudança para a qual não existe autorização escriturística," Doctrinal Catechism, p.174 (Católico Romano).
"Prove somente pela Bíblia que eu estou obrigado a guardar o domingo sagrado. ' Não existe semelhante lei na Bíblia. É uma lei da santa Igreja Católica. A Bíblia diz: "Lembra-se do dia do Sábado para o santificar." A Igreja Católica diz: 'Não. Por meu poder divino, eu anulo o dia do sábado e te ordeno guardar como sagrado, o primeiro dia da semana. E aqui, a humanidade toda se submete em obediência plena de respeito à autoridade da santa Igreja Católica." Thomas Enright, CSSR, President, Redemptorist College (Católico Romano), Kansas CitY, Mo., Feb.18, 1884.
PRIMEIRAS "LEIS DE ENCERRAMENTO" *
* No original: "BLUE LAWS" - Leis puritanas muito severas outrora em vigor nos EUA (Nova Inglaterra); regulamentação do trabalho, comércio e diversões aos domingos. A expressão vem entre aspas por se tratar de anacronismo, visto que se refere, no texto, às primeiras leis dominicais que ordenavam o encerramento de atividades seculares para a guarda do domingo.
Durante algum tempo, o sábado continuou a ser considerado como dia de repouso. Lenta e seguramente, porém, se foi efetuando a mudança. Com o firme estabelecimento do papado, a obra da exaltação do domingo continuou. Aos que se achavam em cargos sagrados era vedado proceder, no domingo, a julgamentos em qualquer questão civil. Logo depois, ordenava-se a todas as pessoas, de qualquer classe, abster-se do trabalho usual, sob pena de multa aos livres. e açoites no caso de serem servos. Mais tarde foi decretado que os ricos fossem punidos com a perda da metade dos bens: e, finalmente, que, se obstinassem, fossem escravizados. As classes inferiores deveriam sofrer banimento perpétuo.
Recorreu-se também aos milagres. Entre outros prodígios foi referido que estando um lavrador, em dia de domingo, a limpar o arado com um ferro para em seguida lavrar o campo, o ferro cravou-se-lhe firmemente na mão, e durante dois anos ele o carregou consigo, "para a sua grande dor e vergonha".Historical and Practical Discourse on the Lord's Day, Francis West, pág. 174. (Discurso Histórico e Prático sobre o Dia do Senhor)
Mais tarde o Papa deu instruções para que o padre da paróquia admoestasse os violadores do domingo, e fizesse com que fossem à igreja fazer suas orações, não acontecesse trouxessem eles alguma grande calamidade sobre si mesmos e os vizinhos. Mostrando-se insuficientes os decretos dos concílios, foi rogado às autoridades seculares que promulgassem um edito que inspirasse terror ao povo, e o obrigasse a abster-se do trabalho no domingo. Num sínodo realizado em Roma, todas as decisões anteriores foram reafirmadas, com maior força e solenidade. Foram também incorporadas à lei eclesiástica, e impostas pelas autoridades civis, através de quase toda a cristandade. Heylyn, História do Sábado, parte 2, cap. 5, sec. 7.
A ausência de autoridade escriturística para a guarda do domingo ainda ocasionava não pequenas dificuldades. O povo punha em dúvida o direito de seus instrutores de deixarem de lado a positiva declaração de Jeová: "o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus ", para honrar o dia do Sol. A fim de suprir a falta de testemunho bíblico. foram necessários outros expedientes. Um zeloso defensor do domingo, que pelos fins do século XII visitou as igrejas da Inglaterra, encontrou resistência por parte de fiéis testemunhas da verdade; e tão infrutíferos foram os seus esforços retirou-se do país por algum tempo, em busca de meios para fazer valer os seus ensinos. Ao voltar. a falta foi suprida, em seus trabalhos posteriores obteve maior êxito. Trouxe consigo um rolo que dizia provir do próprio Deus, e conter a necessária ordem para a observância E do domingo, com terríveis ameaças para amedrontar o desobediente. Este pretensioso documento - Fraude tão vil como a instituição que a apoiava, dizia-se meramente haver caído do Céu, e sido achado em Jerusalém, sobre o altar de S. Simeão, na Gólgota. Mas, em realidade, o palácio pontifical em Roma foi a fonte donde procedeu. Fraudes e falsificações para promover o poderio e prosperidade da Igreja tem sido, em todos os séculos, consideradas lícitas pela hierarquia papal.
Mas, apesar de todos os esforços para estabelecer a santidade do Domingo, os próprios romanistas publicamente confessavam a autoridade divina do sábado, e a origem humana da instituição pela qual foi ele suplantado. No século , dezesseis. um concílio papal declarou francamente: "Lembrem-se todos os cristãos de que o sétimo dia foi consagrado por Deus, recebido e observado, não, é somente pelos judeus mas por todos os outros que pretendiam adorar a Deus, embora nós, os cristãos, tenhamos mudado o Seu sábado para o dia do Senhor, (domingo)". Thomas Morer Discouse in Six Dialogues on the Name, Notion, , and Observation of the Lord's Day, págs. 281, 282.
Os que estavam a se intrometer com a lei divina, não ignoravam o caráter de sua obra. Achavam-se deliberadamente colocando-se acima de Deus. A Palavra de Deus ensina que estas cenas devem repetir-se, quando os católicos romanos e protestantes se unirem para a exaltação do domingo.
VERDADEIRA ADORAÇÃO
O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador, e que a Ele todos os outros seres devem a existência. E, onde quer que se apresente, na Bíblia, Seu direito à reverência e adoração, acima dos deuses pagãos, enumeram-se as provas de Seu poder criador.
"Porque todos os deuses dos povos são ídolos; mas o Senhor fez os céus. "Salmos %:5
"A quem, pois Me comparareis para que Eu lhe te seja semelhante? Diz o Santo. Levantai ao alto os vossos olhos e vede: Quem criou estas coisas?" Isaias 40: 25,26.
"Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, amou a Terra, que a fez e a estabeleceu... Eu sou o Senhor e não há outro. lsaías45:18.
"Sabei que o Senhor é Deus! Foi Ele quem nos fez e somos dEle." Salmos 100:3.
"Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos, Senhor que nos criou." Salmos 95:6.
E os seres santos que adoram a Deus nos Céus, declaram porque é devida sua homenagem: "Digno és, Senhor, de recebera glória, e honra; e poder; porque Tu criaste todas as coisas." Apocalipse 4:11.
UM CHAMADO A JUÍZO
O último livro das Escrituras (Apocalipse), pelo que em si mesmo reivindica, é uma profecia para o final dos tempos. No capítulo 14, os homens são, convidados adorar o Criador; e a profecia revela uma classe de pessoas que, como resultado da tríplice mensagem, observam os mandamentos de Deus. As mensagens deste capítulo constituem uma triplique advertência que deve preparar os habitantes da Terra para a segunda vinda do Senhor. O anúncio: "Vinda é a hora do Seu juízo", aponta para a obra finalizadora do ministério de Cristo para a salvação dos homens. Anuncia uma verdade que deve ser proclamada até que cesse a intercessão do Salvador e Ele volte à Terra para Seu povo.
A fim de que os homens possam preparar-se para estar em pé no juízo, a mensagem lhes ordena temer a Deus e dar-lhe glória, "e adorar Aquele que fez o Céu e Terra e o mar e as fontes das águas". Apocalipse 14:7. O resultado aceitação destas mensagens é dado nestas palavras:. "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14: 12. A fim de se prepararem para o juízo, é necessário que os homens guardem a lei de Deus. Esta lei será a norma de caráter no juízo. Declara o apóstolo S. Paulo "Todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados... No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens por Jesus Cristo." E ele diz que: "os que praticam a lei hão de ser justificados." Romanos 2:12-I6. A fé é essencial a fim de guardar-se a lei de Deus; pois "sem fé é impossível agradar-lhe." Hebreus 11 :6. "E tudo que não é de fé, é pecado." Romanos 14:23.
Um destes mandamentos aponta diretamente para Deus como sendo o Criador. O quarto preceito declara: "O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus... Porque em seis dias fez o Senhor os Céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou." Exôdo 20:10,11 . "A importância do sábado como memória da criação consiste em conservar sempre presente o verdadeiro motivo de se render culto a Deus."- Porque Ele é o Criador e nós as Suas criaturas. "O sábado, portanto, está no fundamento mesmo do culto divino, pois ensina esta grande verdade da maneira mais impressionante e nenhuma outra instituição faz isto. O verdadeiro fundamento para o culto divino, não meramente o daquele que se realiza no sétimo dia, mas de todo o culto, encontra-se na distinção entre o Criador e Suas criaturas. Este fato capital jamais poderá tornar-se obsoleto e jamais deverá ser esquecido." História do Sábado, cap. 27. J. N. Andrews. Foi para conservar esta verdade perante o espírito dos homens que Deus instituiu o Sábado no Éden. Tivesse sido o Sábado universalmente guardado, os pensamentos e afeições dos homens teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de reverência e culto, jamais tendo havido idólatra, ateu, ou incrédulo. A guarda do Sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus. "Aquele que fez o céu e a Terra e o mar e as fontes das águas." Segue-se que a mensagem que ordena aos homens adorar a Deus e guardar Seus mandamentos, apelará especialmente para que observemos o quarto mandamento.
A BESTA, A IMAGEM, O SINAL
Em contraste com os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus, o terceiro anjo indica outra classe, contra cujos erros profere solene e terrível advertência: "Se alguém adorar a besta e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus." Apocalipse 14:9,10. Para a compreensão desta mensagem é necessária uma interpretação correta dos símbolos empregados. Que se representa pela besta, pela imagem e pelo sinal?
A cadeia de profecias na qual se encontram estes símbolos, começa no lei no capítulo 12 de Apocalipse, com o dragão que procurava destruir Cristo em Seu nascimento: Declara-se que o dragão é Satanás (Apocalipse 12:9). Foi ele que atuou sobre Herodes a fim de matar o Salvador. Mas o principal agente de Satanás, ao fazer guerra contra Cristo e Seu povo, durante os primeiros séculos a fim: da era cristã, foi o império romano, no qual o paganismo era a religião dominante. Assim, conquanto o dragão represente primeiramente Satanás, é, em sentido secundário, símbolo de Roma pagã.
No capítulo I3 (versos 1-10), descreve-se a besta "semelhante ao leopardo ",à qual o dragão deu "o seu poder, o seu trono e grande poderio". Este símbolo, como a maioria dos protestantes tem crido, representa o papado, a do que se sucedeu no poder, trono e poderio, uma vez mantidos pelo antigo império romano. Declara-se quanto à besta semelhante ao leopardo: "Foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias... E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do Seu nome e do Seu tabernáculo, e dos que habitam no Céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los. E deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e nação." Esta Profecia, que é quase idêntica descrição da Ponta pequena de Daniel 7, refere-se inquestionavelmente ao papado.
Diz o profeta: "Vi uma de suas cabeças como ferida de morte". E, mais, "se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto."
Em 1798, o Papa foi aprisionado pelo exército francês e o poder papal recebeu a chaga mortal, cumprindo-se a predição: "Se alguém leva em cativeiro em cativeiro irá." Neste ponto é introduzido outro símbolo: Diz o profeta: "Vi subir da outra besta e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro."Apocalipse 13:11. Tanto a aparência desta besta como a maneira por que surgiu, indicam que a nação por ela representada é dessemelhante das que são mostradas sob os símbolos precedentes. Os grandes reinos que têm governado o mundo foram apresentados ao profeta Daniel como feras rapinantes, que surgiam quando "os quatro ventos do Céu combatiam no mar grande". Daniel 7:2. Em Apocalipse 17, um anjo explicou que as águas representam "povos e multidões e nações e línguas." (verso 15). Ventos são símbolos de contendas. Os quatro ventos do céu a combaterem no mar grande, representam as terríveis cenas de conquista e revolução, pelas quais os reinos têm atingido o poder.
Mas a besta de cornos semelhantes aos de carneiro, foi vista a "subir da Terra". Em vez de subverter outras potências para estabelecer-se, a nação assim representada deve surgir em território anteriormente desocupado, crescendo gradual e pacificamente. Não poderia, pois, surgir entre as nações populosas e agitadas no Velho Mundo este mar turbulento de "povos e multidões e nações e línguas". Deve ser procurada no Ocidente.
A AMÉRICA NA PROFECIA
Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, E apresentando indícios de força e grandeza e atraindo a atenção do mundo? A que aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz as especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte. Reiteradas vezes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores têm emitido, inconscientemente, o mesmo pensamento e quase que empregado as mesmas palavras do escritor sagrado. A besta foi vista a "subir da Terra " e, segundo os tradutores, a palavra aqui traduzida "subir", significa literalmente "crescer ou brotar como uma planta." E, como vimos, a nação deveria surgir em território previamente desocupado. Um escritor preeminente, descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do "mistério de sua procedência do nada", e diz: "Semelhante à semente silenciosa, desenvolvemo-nos em império." G. A. Townsend, The New World Compared With the Old, pág. 462. Um jornal europeu, em 1850, referiu-se aos Estados Unidos como um império maravilhoso, que estava "emergindo" e "no silêncio da terra aumentando diariamente seu poder e orgulho". The Dublln Nation.
"E tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro." Os chifres semelhantes aos do cordeiro indicam juventude, inocência e brandura, o que apropriadamente representa o caráter dos Estados Unidos, quando apresentados ao profeta como estando a "subir" em 1798. Entre os exilados cristãos que fugiram para a América e buscaram asilo contra a opressão real e a ganância dos sacerdotes, muitos havia que se decidiram a estabelecer um governo sobre o amplo fundamento da liberdade civil e religiosa. Suas idéias tiveram guarida na Declaração da Independência que estabeleceu a grande verdade de que "todos os homens são criados iguais", e dotados de inalienável direito à "vida, liberdade e procura de felicidade". E a constituição garante ao povo o direito de governar-se a si próprio, estipulando que os representantes eleitos pelo voto do povo façam e administrem as leis. Foi também concedida a liberdade de fé religiosa, sendo permitido a todo homem adorar a Deus se segundo os ditames de sua consciência. Republicanismo e Protestantismo tornaram-se os princípios fundamentais da nação. Estes princípios são o segredo de seu poder e prosperidade. Os oprimidos e conculcados de toda a cristandade têm-se volvido para esta terra com interesse e esperança. Milhões têm aportado às suas praias e os Estados Unidos alcançaram lugar entre as mais poderosas nações da Terra.
UMA NOTÁVEL CONTRADIÇÃO
Mas a besta de chifres semelhante aos do cordeiro "falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a Terra e os que nela habitam, adorem a primeira besta, cuja chaga mortal foi curada. E... dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia". Apocalipse 13:11-14.
Os cornos semelhantes aos do cordeiro e a voz de dragão deste símbolo indicam contradição fragrante entre o que professa e pratica a nação assim representada. A "fala" da nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. Por esses atos desmentirá os princípios liberais e pacíficos que estabeleceu como fundamento de sua política. A predição de falar "como o dragão", e exercer "todo o poder da primeira besta", claramente anuncia o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que manifestaram as nações representadas pelo dragão e pela besta semelhante ao leopardo. E a declaração de que a besta de dois cornos faz com "que toda a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta", indica que a autoridade desta nação deve ser exercida impondo ela alguma observância que constituirá ato de homenagem ao papado.
Semelhante atitude seria abertamente contraria aos princípios deste governo, ao espírito de suas instituições livres, às afirmações insofismáveis e solenes da Declaração da Independência e à Constituição. Os fundadores da nação procuraram sabiamente prevenir o emprego do poder secular por parte da Igreja, com seu inevitável resultado - intolerância e perseguição. A Magna Carta estipula que "o Congresso não fará lei quanto a oficializar alguma religião ou proibir o seu livre exercício", e que "nenhuma prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos." Somente em flagrante violação destas garantias a liberdade da nação, poderá qualquer observância religiosa ser imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior do que se encontra representado no símbolo. É a besta de cornos semelhantes aos do cordeiro - professando-se pura, suave e inofensiva - que fala como o dragão.
"Dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta." Aqui se representa claramente a forma de governo em que o poder legislativo emana do povo; uma prova das mais convincentes de que os Estados Unidos são a nação indicada na profecia.
Mas o que é a "imagem à besta"? E como será ela formada? A imagem é feita pela besta de dois cornos e é uma imagem à primeira besta. Ë também chamada imagem da besta. Portanto, para sabermos o que é a imagem e como será formada, devemos estudar as característicos da própria besta o papado.
Aqui se representa claramente a forma de governo em que o poder legislativo emana do povo; uma prova das mais convincentes de que os Estados Unidos são a nação indicada na profecia.
IGREJA E O ESTADO SE UNEM
Quando a primitiva igreja se corrompeu, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o espírito e o poder de Deus e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disto resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da "heresia". A fim de os Estados Unidos formarem uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil, que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins.
Quando quer que a Igreja tenha obtido o poder secular, empregou-o ela para punir a discordância às suas doutrinas. As igrejas protestantes que seguindo os passos de Roma, formando aliança com os poderes do mundo, têm manifestado desejo semelhante de restringir a liberdade de consciência. Dá-se exemplo disto na prolongada perseguição aos dissidentes, feita pela Igreja Anglicana. Durante os séculos XVI e XVII, milhares de ministros não conformisformistas foram obrigados a deixar as igrejas e muitos, tanto pastores como do povo geral, foram submetidos a multa, prisão, tortura e martírio.
Foi a apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o auxílio do governo, e isto preparou o caminho para o desenvolvimento do papado - a besta. Disse Paulo que havia de vir "a apostasia..." e manifestar-se "o homem do pecado". 2 Tessalonicenses 2:3. Assim a apostasia na igreja preparará o caminho para a imagem à besta.
As Escrituras Sagradas declaram que, antes da vinda do Senhor, existirá um estado de decadência religiosa semelhante à dos primeiros séculos.
"Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverão homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos. blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinadas, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo a aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. "1 Timóteo 3: 1-S.
"Mas o espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé dando ouvidas a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. " 1 Timóteo 4: 1.
Satanás operará "com todo poder, e sinais e prodígios de mentira e com o todo engano injustiça". E todos os que "não receberam o amor da verdade para se salvarem", serão abandonados à mercê da "operação do erro, para que creiam na mentira ". 2 Tessalonicences 2:9, 11 . Quando for atingido tal estado de impiedade, ver-se-ão os mesmos resultados que nos primeiros séculos.
A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve, a tal ponto, dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela Igreja para realizar os seus próprios fins.
"ECUMENISMO" UM SINAL DOS TEMPOS
A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando um poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico. Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apõem as instituições, a América Protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável. A besta de dois chifres "faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta ou o número do seu nome."Apocalipse 13: 16,17. A advertência do terceiro anjo é: "Se alguém adorar a besta e a sua Imagem e receber o sinal na sua testa ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus." "A besta" mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela besta de dois cornos, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do capítulo 13 do Apocalipse - o papado. A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para a imposição de seus dogmas. Resta definir ainda o "sinal da besta".
Depois da advertência contra o culto à besta é à sua imagem, declara a profecia: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Visto os que guardam os mandamentos de Deus serem assim colocados em contraste com os que adoram a besta e a sua imagem e recebem o seu sinal, é claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua violação, por outro, deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta
O característico especial da besta. e, portanto, de sua imagem, é a violação dos mandamentos de Deus. Diz Daniel a respeito da ponta pequena, o papado: "Cuidará em mudar os tempos e a lei." Daniel 7:25. E Paulo intitulou o mesmo poder "o homem do pecado", que deveria exaltar-se acima de Deus. Uma profecia é o complemento da outra. Unicamente mudando a lei de Deus poderia o papado exaltar-se acima de Deus; quem quer que, conscientemente, guarde a lei assim modificada, estará a prestar suprema honra ao poder pelo qual se efetuou a mudança. Tal ato de obediência às leis papais, seria um sinal de vassalagem ao Papa em lugar de Deus.
Enquanto os adoradores de Deus se distinguirão especialmente pelo respeito ao quarto mandamento - dado o fato de ser este o sinal de Seu poder criador, e testemunha de Seu direito á reverência e homenagem do homem os adoradores da besta salientar-se-ão por seus esforços para derribar o monumento do Criador e exaltar a instituição de Roma. Foi por sua atitude a favor do domingo que o papado começou a ostentar arrogantes pretensões; e seu primeiro recurso ao poder do Estado foi para impor a observância do domingo como "o dia do Senhor'. A Escritura Sagrada, porém, indica o sétimo dia e não o primeiro, como o dia do Senhor. Disse Cristo: "O Filho do Homem é Senhor até do Sábado." O quarto mandamento declara: "O sétimo dia é o Sábado do Senhor." E, pelo profeta Isaías, o Senhor lhe chama: "Meu santo dia" Marcos ~2:28; Isaías 58:13.
A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para a imposição de seus dogmas.
Os protestantes hoje insistem em que a ressurreição de Cristo no domingo fê-lo o sábado cristão. Não existe, porém, evidência escriturística para isto. Nenhuma honra semelhante foi conferida ao dia por Cristo ou Seus apóstolos. A observância do domingo como instituição cristã teve origem no "mistério da injustiça. II Tessalonicenses 2:7, que já no tempo de Paulo começara a obra. Onde e quando adotou o Senhor este filho do papado? Que razão se poderá dar para uma mudança que as Escrituras não sancionam?
A alegação tantas vezes feita, de que Cristo mudou o Sábado, é refutada por Suas próprias palavras. Em Seu sermão no monte, disse Ele:
"Não cuideis que vim destruir lei ou os profetas: Não vim destruir, mas cumprir. Porque, em verdade vos digo que, até que o céu e a Terra passem, nenhum jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Quaisquer pois que violar um destes mais pequenos mandamentos e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos Céus aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos Céus. " Mateus 5: l7-19.
É fato geralmente admitido por protestantes, que as Escrituras não autorizam em nenhuma parte a mudança do Sábado. Isto se acha plenamente declarado nas publicações editadas pela Sociedade Americana de Tratados e pela União Americana das Escolas Dominicais. Uma dessas obras reconhece "o completo silêncio do Novo Testamento no que respeita a um mandamento explícito para o domingo ou a regras definidas para a sua observância". Jorge Elliott, The Abiding Sabbath, pág. 184.
Outra diz: "Até ao tempo da morte de Cristo, nenhuma mudança havia sido feita no dia", e "pelo que se depreende do relato sagrado, eles (os apóstolos) não deram... nenhum mandamento explícito ordenando o abandono do repouso no sétimo dia e sua observância no primeiro dia da semana. A. E. Waffie, The Lord's Day, págs. 186-188.
Os católicos romanos reconhecem que a mudança do sábado foi feita pela sua igreja e declaram que os protestantes, observando o domingo, estão reconhecendo o poder desta. No "Catecismo Católico da Religião Cristã", em resposta a uma pergunta sobre o dia a ser observado em obediência ao quarto mandamento, faz-se esta declaração: "Enquanto vigorou a antiga lei, o sábado era dia santificado, mas a igreja, instruída por Jesus Cristo e dirigida pelo Espírito de Deus, substituiu o sábado pelo domingo; assim, santificamos agora o primeiro dia, e não o sétimo dia. Domingo quer dizer e agora é, dia do Senhor."
A MARCA DA BESTA
Como sinal da autoridade da Igreja Católica, os escritos romanistas citam:
"O próprio ato de mudar o Sábado a para o domingo, mudança que os protestantes admitem;... porque, guardando o domingo reconhecem o poder da igreja para ordenar dias santos e impor sua observância sob pena de incorrer em pecado." Henry Tuberville, An Abridgement of the Christian Doctrine, pag. 58.
Que é, pois, a mudança do sábado senão o sinal da autoridade da Igreja de Roma ou "o sinal da besta"?
A igreja de Roma não renunciou a suas pretensões à supremacia; e, se o mundo e as igrejas protestantes aceitam um dia de repouso de sua criação, ao mesmo tempo em que rejeitam o sábado bíblico, acatam virtualmente estas pretensões. Podem alegar a autoridade da tradição e dos pais da igreja para a mudança, mas, assim sendo, ignoram o próprio princípio que os separa de Roma, de que "a Bíblia, e somente a Bíblia é a religião dos protestantes". Os romanistas podem ver que os protestantes estão enganando a si mesmos, fechando voluntariamente os olhos para os fatos em relação ao caso.
Os romanistas declaram que:
"A observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, malgrado seu, à autoridade da Igreja (católica)." Monsenhor Segur, "Plain Talk About the Protestantism of Today", pág.2l3.
A imposição da guarda do domingo por parte das igrejas protestantes é uma obrigatoriedade do culto ao papado - à besta. Os que, compreendendo as exigências do quarto mandamento, preferem observar o sábado espúrio em lugar do verdadeiro, estão desta maneira a prestar homenagem ao poder pelo qual somente ele é ordenado. Mas, no próprio ato de impor um dever religioso por meio do poder secular, formariam as igrejas mesmas uma imagem à besta; daí a obrigatoriedade da guarda do domingo nos Estados Unidos equivaler a impor a adoração ã besta e à sua imagem.
Mas os cristãos das gerações passadas observaram o domingo, supondo que, assim fazendo, estavam a guardar o sábado bíblico; e hoje existem verdadeiros cristãos em todas as igrejas, não excetuando a comunhão católica romana, que crêem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade. Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma e ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Adorará a besta e a sua imagem.
Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma - "o sinal da besta". E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir, hão receber "o sinal da besta".
"O CATOLICISMO FALA" - I
"O domingo é uma instituição e suas reivindicações de observância podem ser definidas unicamente em princípios católicos... Desde o princípio até o fim das Escrituras não há uma só passagem que autorize a mudança do dia de adoração pública semanal do último dia da semana ao primeiro."
The Catholic Press, Sidney, Austrália, agosto de 1999.
"O protestantismo, ao descartar a autoridade da igreja (católica e romana), não tem boas razões para sua teoria referente ao domingo e deve, naturalmente, guardar o Sábado dia de descanso."
John Gilmary Shea, American Catholic Quarterly Review, janeiro, 1883.
"Fazemos bem em recordar aos presbiterianos, batistas, metodistas e todos os demais cristãos que a Bíblia não os aprova em nenhum lugar em sua observância do domingo. O domingo é uma instituição da Igreja Católica Romana, e aqueles que observam este dia observam um mandamento da Igreja Católica."
Priest Brady, em um discurso relatado no Elizabeth, N. J. "News", 18 de marco de 1903.
"Pergunta: 'Tendes alguma outra maneira de provar que a Igreja (Católica) tem o poder de instituir dias festivos por preceito?'"
"Resposta: 'Se ela não tivesse semelhante poder, não poderia ter feito tudo quanto os religiosos modernos estão de acordo. Não teria substituído a observância do sábado do sétimo dia, pela observância do domingo, o primeiro dia da semana, uma mudança para a qual não existe autoridade nas Escrituras.
5tephan Keerran, em "A Doctrinal Catechism", 176.
"A razão e o senso comum exigem a aceitação de uma outra destas alternativas: o protestantismo e a observância e santificação do sábado, ou o catolicismo e a observância e santificação do domingo. Um compromisso ou acordo é impossível."
The Catholic Mirror, l3 de dezembro de 1893.
"Deus simplesmente concedeu à Sua Igreja (Católica) poder para dispor qualquer dia ou dias que achar apropriado(s) como dia(s) sagrado(s). A Igreja escolheu o domingo, primeiro dia da semana e, no decurso dos anos, adicionou outros como dias sagrados."
Vicent J. Kelly "Forbidden Sunday and Feast-Day Occupations", pag.2
"Nós observamos o domingo no lugar do sábado porque a Igreja Católica transferiu solenidade do sábado para o domingo."
Peter Geiermann, CSRR, "A Doctrinal Catechism", edição 1957, pág. 50.
"Nós temos nesta Terra o lugar de Deus Todo-Poderoso."
Papa Leo XIII, em uma carta encíclica de junho de 1894.
"Não o Criador do Universo, em Gênesis 2: t-3, mas a Igreja Católica pode reivindicar para si a honra de haver outorgado ao homem um repouso a cada sete dias.'"
S.D. Mosna, Storia della Domenica, 1969, págs. 366, 367.
"O CATOLICISMO FALA" - II
"O papa não é somente o representante de Cristo, mas é o próprio Jesus Cristo oculto sob um manto de carne."
The Catholic National, junlho de 1895.
"Se os protestantes seguissem a Bíblia, adorariam a Deus no dia de sábado. Ao guardar o domingo, estão seguindo uma lei da Igreja Católica."
Albert Smith, Chanceler da Arquiocese de Baltimor, respondendo pelo Cardeal, numa carta datada em 10 de fevereiro de 1920.
"Nós definimos a Santa Sé Apostólica (O Vaticano), e o Pontífice Romano têm a supremacia sobre todo o mundo."
Um decreto do Concílio de Trento, citado por Philippe Labbe e Gabriel Cossart, em "The Most Council"
"Foi a Igreja Católica que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este repouso (do sábado bíblico) para o domingo... Então, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que rendem à autoridade da Igreja (Católica), apesar deles mesmos."
Monsenhor Louis Segur, "Plan Talk About the Protestantism of Today, pág. 213
"Os protestantes... aceitam o domingo no lugar do sábado como dia de pública adoração após a Igreja Católica ter feito a mudança... Mas a mentalidade protestante não parece perceber que observando o domingo, está aceitando a autoridade do porta-voz da igreja, o papa."
Our Sunday Visitor, 5 de fevereiro de 1950.
"Nós, os Católicos, então, temos precisamente a mesma autoridade para santificar o domingo em vez do sábado, como temos, para cada outro do nosso credo, vale dizer; autoridade da Igreja... enquanto que vós os protestantes, realmente não têm nenhuma autoridade; pois não têm autoridade para ele na Bíblia (o santificar o domingo), e vós não permitis que possa haver autoridade para ele em outro lugar. Tanto vós como nós, seguimos as tradições neste assunto; mas nós as seguimos crendo que são parte da Palavra de Deus e que a Igreja (Católica) tem sido divinamente nominada guardiã e intérprete. Vós seguis a Igreja (Católica) ao mesmo tempo denunciando-a como uma guia Falível e Falsa, que Freqüentemente tem invalidado o mandamento de Deus pela tradição,' segundo Mateus 5:6."
Os irmãos de S. Paulo, The Clifton Tracts, vol. 4. Pág. 15
"A Igreja mudou a observância do sábado para o domingo pelo direito divino e a autoridade infalível concedida a ela pelo seu fundador, Jesus Cristo. O protestante, propondo a Bíblia como seu único guia de fé, não tem razão para observar o domingo. Nessa questão, os Adventistas do Sétimo Dia são os únicos protestantes coerentes."
Boletim Católico Universal, pág. 4, de 14 de agosto de 1942.
"O PROTESTANTISMO FALA"
Batista: "Havia e há um mandamento acerca da guarda do sábado, mas este dia não era o domingo. Sem impedimento pode-se dizer, com mostras de triunfo, que o sábado foi transferido do sétimo ao primeiro dia, com todos os seus deveres, privilégios e santidades. Com ardente ansiedade, buscando Informações sobre este assunto que tenho estudado durante muitos anos, pergunto: 'Onde pode encontrar-se o arquivo desta transação? Não no Novo Testamento. Ali não há nada. Não há evidência bíblica quanto à mudança do sétimo para o primeiro dia ."
Dr. E. T. Hiscox, autor do Manual Batista.
Cangregacionalistas: "Está bem claro que, por mais rígido ou consagrado que passemos o domingo, não estamos guardando o sábado... O sábado foi fundado sobre um mandamento específico e divino. Não podemos encontrar um mandamento específico do domingo... Não há uma só linha, no Novo Testamento, que sugere aplicar alguma pena por violar a suposta santidade do Domingo.
Dr. R. W. Dale, "The Ten Commandaments", págs. 106, 107.
Igreja Luterana Livre: "Como não foi possível produzir um só lugar nas Sagradas Escrituras que testifique que o Senhor mesmo ou os apóstolos ordenaram uma transferência do sábado para o domingo, então não era fácil responder à pergunta: Quem transferiu o sábado e quem tem autoridade de fazé-lo?"
George Sverdrup, "A New Day".
Protestante Episcopal: O dia agora foi mudado do sétimo para o primeiro... Não encontramos nenhuma determinação Bíblica para tal mudança; devemos concluir que foi feita pela autoridade da Igreja."
Explanation of Catechism
Batista: "As Escrituras não denominam, em nenhum lugar, ao primeiro dia da semana de sábado... Não há autorização bíblica para fazê-lo, nem por lógica, ou por alguma obrigação bíblica.
The Watchman
Presbiteriana: "Não há nenhuma palavra, nem insinuação no Novo Testamento, sobre a abstenção do trabalho no domingo. A observância da quarta-feira de cinzas tem seu fundamento sobre a mesma base que a observância do domingo. No repouso dominical não entra a lei divina."
Canon Eyton, em "The Ten Commandmants"
Anglicana: "E onde nos diz nas Escrituras, que temos de guardar o primeiro dia? Somos ordenados a guardar o sétimo; mas em nenhum lugar nos exige a observância do primeiro dia."
Isaac Willians, Plain Sermons on The Catechism, págs. 334, 336
Discípulos de Cristo: Não há autoridade bíblica designando o primeiro como dia do Senhor."
Dr. H. D. Lucas, "Chritian Oracle", 23 de janeiro de 1890.
Metodista: "É verdade que não há um mandamento positivo para o batismo infantil; nem tampouco há algum, para guardar como santo o primeiro dia da semana. Muitos crêem que Cristo mudou o sábado. Mas, em Suas próprias palavras, vemos que não veio com este propósito. Aqueles que crêem que Jesus mudou sábado baseiam-se. Apenas numa suposição."
Amos Bimney, "Theological Compendium", págs. 180, 181.
Episcopal: "Temos feito a mudança do dia sétimo para o primeiro, do sábado para o domingo, sob a autoridade da única sagrada católica e apostólica igreja de Cristo."
Bishop Seymour, "Why We Keep Sunday"
Batista do Sul: O nome sagrado do dia sétimo é sábado. Este tato é demasiado óbvio para refutar (Êxodo 20:10)... Neste ponto o ensinamento da Palavra tem sido admitido em todas as gerações... Nenhuma vez os discípulos aplicaram a lei sabática ao primeiro dia da semana. Esta loucura realizou-se num tempo posterior. Nem pretendiam que o primeiro dia suplantasse o sétimo."
Joseph Judson Taylor, "The sabbath Question", págs. 14-17 e 41.
Congregacionalista Americana: "A noção atual, de que Cristo e Seus apóstolos, autoritariamente, substituíram o sétimo dia pelo primeiro dia, é absolutamente sem autoridade no Novo Testamento."
Dr. Layman Abbot,"Christian Union", 26 de junho de 1890.
Igreja Cristã: "Não há testemunho em todos os oráculos do Céu, que o sábado foi mudado, ou que o dia do Senhor veio em seu lugar."
Alexander Campell, em "The Reporter", 8 de outubro de 1921.
Batista: "Parece-me inexplicável que Jesus, durante três anos de discussões com, Seus discípulos, em muitas oportunidades conversando com eles sobre o sábado, abrangendo seus vários aspectos, livrando-o de todo seu falso brilho (tradições judaicas), nunca aludiu a transferência desse dia; nem tampouco, durante os quarenta dias após Sua ressurreição, o insinuou. Também, tanto quanto sabemos, o Espírito Cristão que lhes foi dado para recordar todas as coisas que Ele lhes havia dito, não tratou deste assunto. Nem os apóstolos inspirados em seu trabalho de pregação do Evangelho e aceita a fundação de igrejas, aconselhando e instruindo, discutiram este tema. "É claro. sei muito bem que o domingo veio a entrar na história dos primeiros cristãos como um dia religioso, como aprendemos de nossos pais cristãos. Mas é lamentável que tenha vindo com uma marca do paganismo e batizado com o nome de 'dia do sol', então adotado e santificado pela apostasia papal e vindo como um legado sagrado ao protestantismo.
Dr. E. T. Hiscox, em Reportagem sobre o sermão na "Convenção Ministerial Batista", no "New Iork Examiner", 16 de novembro de 1893.
A santidade dominical não é exigida nem praticada na Bíblia.
UMA ADVERTÊNCIA TERRÍVEL
A mais terrível ameaça que já foi dirigida aos mortais acha-se contida na mensagem do terceiro anjo. Deverá ser um terrível pecado que acarretará a ira de Deus, sem mistura de misericórdia. Os homens não devem ser deixados em trevas, quanto a este importante assunto; a advertência contra tal pecado deves ser dada ao mundo antes da visitação dos juízos de Deus, a fim de que todos possam saber porque esses juízos são infligidos, e tenham oportunidade de escapar. A profecia declara que o primeiro anjo faria o anúncio a "toda nação, tribo, e língua, e povo". A advertência do terceiro anjo, que faz parte da mesma tríplice mensagem, deve ser não menos difundida. É representada profecia como sendo proclamada com grande voz, por um anjo voando no meio do céu; e se imporá à atenção do mundo.
No desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes: os que guardam os mandamentos de Deus e a Fé de Jesus, e os que adoram a besta e a sua imagem, e recebem o seu sinal. Se bem que a Igreja e o Estado reúnam o seu poder a fim de obrigar "a todos. pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos", a receberem "o sinal da besta"'(Apocalipse 13: 16), o povo de Deus, no entanto, não o receberá. O profeta de Patmos contempla os que saíram vitoriosos da besta e da sua imagem, e do seu sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés,... e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:2, 3.
"Que é, pois, a mudança do sábado, senão o sinal da autoridade da Igreja de Roma ou "o sinal da besta?"
UMA ORDEM MUNDIAL IMINENTE
A profecia do capítulo 13 de Apocalipse declara que o poder representado pela besta de cornos semelhantes aos do cordeiro fará com que a "Terra e os que nela habitam" adorem o papado, ali simbolizado pela besta "semelhante ao leopardo". A besta de dois cornos dirá também "aos que habitam a Terra, que façam uma imagem à besta"; e, ainda mais, mandarão a todos, "pequenos grandes, ricos e pobres, livres e servos, que recebam o "sinal da besta". Apocalipse 13:11-16. Mostrou-se que os Estados Unidos são o poder representado pela besta de cornos semelhantes ao do cordeiro, e que esta profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a observância do domingo, que aalega ser um reconhecimento especial de sua supremacia.
"É uma grande idéia: uma nova ordem mundial, onde diversas nações se unem em uma causa comum para realizar as aspirações universais da humanidade, paz e segurança, liberdade e autoridade da lei... Somente os Estados Unidos têm ambos: a posição moral e os meios para respaldá-la. "
Presidente George Bush, em seu discurso sobre o Estado da União. Los Angeles Times, 18 de fevereiro de 1991.
Mas nesta homenagem ao papado, os Estados Unidos não estão sós. A influência de Roma nos países que uma vez já lhe reconheceram o domínio, está ainda longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração de seu poder. "Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal Foi curada; e toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta." Apocalipse 13:3. A inflição da ferida mortal indica a queda do papado em 1798. Depois disto, diz o profeta João: "A sua ferida mortal foi curada: e toda a Terra se maravilhou seguindo a besta." Paulo declara expressamente que o homem do pecado perdurará até o segundo advento. (2 Tessalonicenses 2:3-8.) Até mesmo ao final do tempo prosseguirá com a sua obra de engano. E diz; o escritor do Apocalipse, referindo-se também ao papado: "Adoraram-na os que habitam sobre a Terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida." Apocalipse 13:8. Tanto no Velho como no Novo Mundo. o papado receberá homenagem pela honra prestada à instituição do domingo, que repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma.
Durante mais de meio século, investigadores das profecias nos Estados Unidos têm apresentado ao mundo este testemunho. Nos acontecimentos que ora estão a ocorrer, percebe-se rápido progresso no sentido do cumprimento da profecia. Com os ensinadores protestantes há a mesma pretensão de autoridade divina para a guarda do domingo, e a mesma falta de provas bíblicas que há com os chefes papais que forjam os milagres para suprir a falta do mandamento de Deus. A asserção de que os juízos divinos caem sobre homens por motivo de violarem o repouso dominical, será repetida. Já se ouvem vozes neste sentido. E o movimento para impor a observância do domingo está rapidamente ganhando terreno.
A sagacidade e astúcia da Igreja de Roma são surpreendentes. Ela sabe o futuro. Aguarda o seu tempo, vendo que as igrejas protestantes lhe estão prestando homenagem com o aceitar do falso sábado, e se preparam para impô-lo pelos mesmos meios que ela própria empregou em tempos passados. Os que rejeitam a luz da verdade, procurarão ainda o auxílio deste poder que a si mesmo, se intitula infalíveis, a fim de exaltarem uma instituição que com se originou. Quão prontamente virá esse poder em auxílio dos protestantes nesta obra, não é difícil imaginar.
João Paulo II "Insiste em que o homem não tem esperanças de criar um sistema geo político capaz, a menos que seja baseado na cristandade católico-romana." - Malachi Martin, The Keys Of This Blood. pág. 492, 1990 [Grifo acrescentado].
"Queiramos ou não, prontos ou não, estamos todos envolvidos ... A competição é acerca de quem estabelecerá o primeiro sistema mundial de governo que jamais existiu na sociedade de nações. É acerca de quem susterá e obterá o duplo poder de autoridade e controle sobre cada um de nós como indivíduos e, sobretudo, como comunidade...
"Nosso estilo de vida como indivíduos e como cidadãos das nações; nossas famílias e nossos trabalhos; nosso mercado, comércio e dinheiro; nosso sistema de educação e nossas religiões e culturas; ainda os emblemas de nossa identidade nacional, os quais a maioria de nós temos sempre tomado por certos - todos serão poderosa e radicalmente alterados para sempre. Ninguém poderá livrar-se de seus efeitos. Nenhum setor de nossa vida permanecerá sem ser tocado." - Malachi Martin, The Keys Of This Blood, pág. 15, 1990[Grifo acrescentado].
Nota especial: O autor Malachi Martins é um perito na Igreja Católica. Foi jesuíta e professor no Instituto Bíblico Pontifical do Vaticano.
0 SINAL DA BESTA
"SEU NOME"
"E que ninguém possa comprar nem vender, senão aquele que tem a marca e nome da besta, e o número do seu nome." Apocalipse 13:1 7.
"O número indicado pelas letras do seu nome." 20th Century New Testament.
"Versículo 18, Seiscentos e Sessenta e Seis. As letras numéricas de seu nome devem formar esse número."
Bíblia Católica, versão Douay, Nota em Apocalipse 13:18.
"O método de ler que geralmente é adotado, é conhecido como GHEMATRIA dos rabinos, que assinala a cada letra de um nome seu valor numérico e dá a soma dos números equivalente ao nome."
Marvin R. Vincent. D. D., World Studies in the N. T., Notes on Revelation 13:18 (Notas em Apocalipse 13:18.).
"0 Papa é tão exaltado e tem tanta dignidade que não é somente um homem, mas como se fosse Deus, e o vigário de Deus."
"O Papa é de uma dignidade tão suprema e elevada que, falando apropriadamente, não foi estabelecido em nenhuma ordem de dignidade, senão que foi posto sobre o mesmo pedestal de todas as dignidades..."
"Ele é da mesma forma um monarca divino e imperador supremo e rei dos reis."
" Portanto o Papa está coroado com uma coroa tríplice, como rei do Céu, da Terra e das regiões mais baixas."
Lucius Ferraris, Prompta Bibliotheca (Dicionário Católico), Vol. VI, págs. 438, 442.
"Que se supõe que sejam as letras da coroa do Papa, e que significam?"
"As letras inscritas na mitra do Papa são estas: VICARIVS FILII DEI que em latim significa: 'VIGÁRIO DO FILHO DE DEUS'. OS CATÓLICOS ENSINAM QUE A IGREJA SENDO UMA SOCIEDADE VISÍVEL, TEM QUETER UMA CABEÇA VISÍVEL. CRISTO, ATES DE SUA ASCENSÃO AO CÉU, NOMEOU A SÃO PEDRO PARA ATUAR COMO SEU REPRESENTAM E... PORTANTO, AO BISPO DE ROMA, COMO CABEÇA DA IGREJA, DEU O TÍTULO DE 'VIGÁRIO DE CRISTO'."
Our Sunday Visitor, (Semanário Católico), Bureau of Information, Huntington, Ind., de abril de 1915.
"SEU DESAFIO"
"A razão e o senso comum determinam uma ou outra destas alternativas: ou o protestantismo e a santificação do sábado, ou o catolicismo e a santificação do domingo. O compromisso é impossível" The Catholic Mirror 23 de dezembro de 1893.
"SEU NÚMERO"
"Aqui se requer sabedoria. O que tem entendimento, CALCULE O NÚMERO da besta, pois é NÚMERO DE HOMEM. E SEU NÚMERO É SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS." Apocalipse 13:18
LATIN
GREGO
(Homem Latino ou Igreja)
HEBRAICO
(Império Romano)
"Agora desafiamos o mundo a encontrar outro nome nestas linguagens: GREGO, HEBRAICO e LATIM. (Ver João 19:20) que designe o mesmo número."
Joseph F. Berg, "The Great Apostas", págs. 156,158.
"SUA MARCA"
"A OBSERVANCIA do DOMINGO pelos protestantes é uma HOMENAGEM QUE PRESTAM. apesar deles mesmos à AUTORIDADE DA IGREJA CATÓLICA.
Monsenhor Louis Segur Plain, Talk About The Protestantism of Today, pág. 213.
"PERGUNTA: Como vocês provam que a Igreja tem poder para instituir festas e dias sagrados?"
"RESPOSTA: Pelo ato da mudança do sábado para o domingo, uma mudança que os protestantes permitem e pela qual se contradizem a si mesmos credulamente, ao guardar rigidamente o domingo, quebrando, ao mesmo tempo, a maioria das outras festas ditadas pela mesma igreja."
"PERGUNTA: Como vocês provam isto?
"RESPOSTA: Porque ao guardar o DOMINGO, eles RECONHECEM O PODER DA IGREJA, para instituir festas e para impô-las, sob pena de incorrer em pecado.
The Douay Catechism, pág. 59.
"A Igreja Católica; por mais de mil anos antes da existência de um protestante em virtude de sua missão divina, mudou o dia do sábado para o domingo."
The Catholic Mirror, setembro de 1893.
"Naturalmente a Igreja Católica presume que a mudança. foi obra sua... E que este ato é a MARCA da sua autoridade eclesiástica em coisas religiosas."
H. F. Thomas, Chanceler do Cardeal Gibbons.
ROMA NUNCA MUDA
E, convém lembrar, Roma jacta-se de que nunca muda. Os princípios de Gregório VII e de Inocêncio III ainda são os princípios da Igreja Católica Romana. E tivesse ela tão somente o poder, po-los-ia em prática com tanto vigor agora como nos séculos passados. Estabeleça-se nos Estados Unidos o princípio de que a Igreja possa empregar ou dirigir o poder do Estado; de que as observância religiosas possam ser impostas pelas leis seculares; em suma, que a autoridade da Igreja e do Estado devem dominar a consciência, e Roma terá assegurado o triunfo nesse país.
A Palavra de Deus deu aviso do perigo iminente: se este for desatendido, o mundo protestante saberá quais são realmente os propósitos de Roma, apenas quando for demasiadamente tarde para escapar da cilada. Ela está silenciosamente crescendo em poder. Suas doutrinas estão a exercer influências nas assembléias legislativas, nas igrejas e no coração dos homens. Sorrateiramente, sem despertar suspeitas, está aumentando suas forças para realizar seus objetivos ao chegar o tempo de dar o golpe. Tudo que deseja é a oportunidade, esta já lhe está sendo dada. Logo veremos e sentiremos qual é o propósito romanista. Quem quer que creia na Palavra de Deus e a ela obedeça correrá por esse motivo em censura e perseguição.
A LEI DE DEUS - FOCO DA CONTROVÉRSIA
Desde o início do grande conflito no Céu, tem sido o intento de Satanás subverter a lei de Deus. Foi para realizar isto que entrou em rebelião contra o Criador; e, posto que fosse expulso do Céu, continuou a mesma luta na Terra. Enganar os homens, levando-os assim a transgredir a lei de Deus, é o objetivo que perseverantemente tem procurado atingir. Quer seja isto alcançado, podo de parte toda a lei, quer rejeitando um de seus preceitos, o resultado será finalmente o mesmo. Aquele que tropeçar "em um só ponto", manifesta desprezo pela lei toda: sua influência e exemplo estão do lado da transgressão; "culpado de todos". Tiago 2:10.
Procurando lançar o desprezo sobre os estatutos divinos, Satanás perverteu doutrinas da Escritura Sagrada, e assim se incorporaram erros na fé alimentada por milhares dos que professam crer nas Escrituras. O último grande conflito entre a verdade e o erro, não é senão a luta final da prolongada controvérsia à lei de Deus. Estamos agora a entrar nesta batalha - batalha entre leis dos homens e os preceitos de Jeová, entre a religião da Bíblia das fábulas e da tradição.
Rejeitando a verdade, os homens rejeitam o seu Autor. Conculcando a lei de Deus negam a autoridade do Legislador. É tão fácil fazer um ídolo de falsas doutrinas e teorias, como talhá-lo de madeira ou pedra. Para muitos, um ídolo filosófico é entronizado em lugar de Jeová, enquanto o Deus vivo, conforme revelado em Sua Palavra, em Cristo e nas obras da criação é adorado apenas por poucos. Milhares deificam a Natureza, enquanto negam o Deus da Natureza. Posto que de forma diversa, existe hoje a idolatria no mundo cristão, tão verdadeiramente como existiu entre o antigo Israel nos dias de Elias. O deus de muitos homens que se professam sábios, de filósofos, poetas, políticos, jornalistas; o deus dos seletos centros da moda, de muitos colégios e universidades, mesmo de algumas instituições teológicas, pouco melhor é do que Baal o deus-Sol da Fenícia.
Nenhum erro aceito pelo mundo cristão fere mais audaciosamente a autoridade do Céu, nenhum se opõe mais diretamente aos ditames da razão, nenhum é mais pernicioso em seus resultados do que a doutrina moderna, que tão rapidamente ganha terreno, de que a lei de Deus não mais vigora para a homens. Toda nação tem suas leis que impõem respeito e obediência; nenhum governo poderia existir sem elas; e pode-se conceber que o Criador dos Céus e da Terra não tenha lei para governar os seres que fez?
Seria muito mais razoável que as nações abolissem seus estatutos permitissem ao povo fazer o que lhe aprouvesse, do que o Governador do Universo anular Sua lei e deixar o mundo sem uma norma para condenar o culpado ou justificar o obediente. Qual seria o resultado de abolir a lei de Deus? Quando quer que os preceitos divinos sejam rejeitados, o pecado deixa de parecer repelente, ou a justiça desejada. Os que se recusam sujeitar-se ao governo de Deus, são de todo inaptos para governarem a si próprios. Ao mesmo tempo em que escarnecem da credulidade dos que obedecem aos preceitos de Deus as multidões avidamente aceitam os enganos de Satanás. Dão rédeas à concupiscência, e praticam os pecados que atraíram juízos sobre os ímpios.
"Seria muito mais razoável que as nações abolissem seus estatutos e permitissem ao povo fazer o que lhe aprouvesse, do que o Governador do Universo anular Sua lei e deixar o mundo sem uma norma para condenar o culpado ou justificar o obediente."
Os que ensinam o povo a considerar com leviandade os mandamentos de Deus, semeiam desobediência para colherem desobediência. Rejeitem-se completamente a restrição posta pela lei divina e as leis humanas logo serão desatendidas. Visto que Deus proíbe as práticas desonestas: a cobiça, a mentira, a fraude, os homens estão prontos a conculcar os Seus estatutos como estorvo à prosperidade mundana; não se dão conta, porém, dos resultados que adviriam de banir os preceitos divinos. Se a lei não estivesse em vigor, por que temer transgredi-la? A propriedade não mais estaria segura. Os homens obteriam pela violência as posses de seus semelhantes; e o mais forte se tornaria o mais rico. A própria vida não seria respeitada. O voto matrimonial não mais permaneceria como o baluarte sagrado para proteger a família. O que tivesse forças tomaria, se o quisesse, pela violência, a esposa de seu próximo. O quinto mandamento seria posto à parte, junto com o quarto. Filhos não recuariam de tirar a vida de seus pais se assim fazendo, pudessem satisfazer ao desejo do coração corrompido. O mundo civilizado se tornaria uma horda de salteadores e assassinos; e a paz, o descanso e a felicidade desapareceriam da Terra.
AS COMPORTAS DIABÓLICAS JÁ ESTÃO ABERTAS
A doutrina de que os homens estão isentos da obediência aos mandamentos de Deus já tem debilitado a força da obrigação moral, abrindo sobre o mundo as comportas da iniqüidade. Ilegalidade, dissipação e corrupção nos assoberbam qual maré esmagadora. Na família Satanás está em atividade. Sua bandeira tremula, mesmo nos lares que se professam cristãos. Há invejas, suspeitas, hipocrisias, separação, emulação, contenda, traição de santos legados, satisfação das paixões. Todo o conjunto dos princípios e doutrinas religiosas, deveriam constituir o fundamento e arcabouço da vida social, assemelha-se a uma massa vacilante, prestes à ruir. Os mais vis dos criminosos, quando lançados nas prisões pelas suas faltas, tornam-se freqüentemente recebedores dádivas e atenções como se houvessem alcançado invejável distinção. Dá-se grande publicidade a seu caráter e crimes. A imprensa publica as minúcias revoltantes do vício, iniciando desta maneira outros na prática da fraude, roubo, assassínio. O enfatuamento do vício, a criminalidade, o terrível aumento da intemperança e iniqüidade de toda sorte e grau, devem despertar todos os que temem a Deus para que investiguem o que se pode fazer a fim de suster a maré do mal.
"Qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um ponto, tornou-se culpado de todos." Epístola de Tiago 2:10
Agora que Satanás não mais pode conservar o mundo sob seu domínio, privando-o das Escrituras, recorre a outros meios para realizar o mesmo objetivo. Introduzindo a crença de que a lei de Deus não mais vigora, leva os homens à transgressão, de um modo tão eficaz como se fossem completamente ignorantes acerca de seus preceitos. Apegando-se ao erro papal da imortalidade natural e consciência do homem na morte, rejeitaram a única defesa contra os enganos do espiritismo. A doutrina do tormento eterno tem levado muitos a descrer na Escritura Sagrada. E hoje, como nos séculos passados, está a operar mediante a igreja a fim de favorecer os seus desígnios. As organizações religiosas da época têm recusado ouvir as verdades impopulares claramente apresentadas nas Escrituras, e, combatendo-as, adotaram interpretações e assumiram atitudes que têm espalhado largamente as sementes do cepticismo. E, ao insistir com o povo acerca das reivindicações do quarto mandamento, verifica-se que a observância do sábado do sétimo dia é ordenada; e, como único meio de livrar-se de um dever que não estão dispostos a cumprir, declaram muitos ensinadores populares que a lei de Deus não mais está em vigor. Repelem, assim, a lei e o sábado juntamente. À medida que se estende a obra da reforma do sábado, esta rejeição da lei divina para evitar as reivindicações do quarto mandamento se tornará quase universal. Os ensinos dos dirigentes religiosos abriram a porta à incredulidade, ao espiritismo e ao desdém para com a santa lei de Deus; e sobre esses dirigentes repousa a terrível responsabilidade pela iniqüidade que existe no mundo cristão.
Todavia esta mesma classe apresenta a alegação de que a corrupção que rapidamente se alastra é atribuível, em grande parte, à profanação do descanso dominical, e que a imposição da observância do domingo melhoraria grandemente a moral da sociedade. Insiste-se nisto especialmente na América do Norte, onde a doutrina do verdadeiro sábado tem sido mais amplamente pregada. Ali, a obra da temperança, uma das mais preeminentes e importantes das reformas morais, acha-se freqüentemente combinada com o movimento em favor do descanso dominical, e os defensores do último agem como se estivessem a trabalhar a fim de promover os mais elevados interesses da sociedade; e os que se recusam a unir-se a eles são denunciados como inimigos da temperança e reforma. Mas o fato de que o movimento para estabelecer o erro se encontra ligado a uma obra que, em si mesma, é boa, não é argumento a favor do erro. Podemos disfarçar o veneno misturando-o com o alimento saudável, mas não mudamos a sua natureza. Ao contrário, torna-se mais perigoso o veneno, visto ser mais fácil que ele seja tomado inadvertidamente. É um dos ardis de Satanás combinar com a falsidade precisamente uma porção suficiente de verdade para que lhe dê caráter plausível. Os dirigentes do movimento em favor do domingo podem advogar reformas que o povo necessita, princípios que se acham em harmonia com a Escritura Sagrada; contudo, enquanto houver com eles uma exigência contrária à lei de Deus, Seus servos não se lhes irão unir. Nada os pode justificar de pôr à parte os mandamentos de Deus, optando pelos preceitos dos homens.
DOIS GRANDES ERROS
Mediante os dois grandes erros, a imortalidade da alma e a santidade domingo, Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma. Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através da voragem para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, conculcando os direitos da consciência.
Mediante os dois grandes erros, a imortalidade da alma e a santidade do domingo, Satanás há de enredar o povo em suas malhas.
A linha de separação entre cristãos professos e ímpios é agora dificilmente discernida. Os membros da igreja amam o que o mundo ama, e estão prontos para se unirem a ele; e Satanás está resolvido a uni-los em um só corpo, e assim fortalecer sua causa arrastando-os todos para as fileiras do espiritismo. Os romanistas, que se gloriam dos milagres como sinal certo da verdadeira igreja, serão facilmente enganados por este poder operador de prodígios; e os protestantes, tendo rejeitado o escudo da verdade, serão também iludidos. Romanistas, protestantes e mundanos juntamente aceitarão a forma de piedade, destituída de sua eficácia, e verão nesta aliança um grandioso movimento para a conversão do mundo e o começo do milênio há tanto esperado.
O CONFLITO QUE SE APROXIMA
Os que honram o sábado bíblico serão denunciados como inimigos da ordem, como que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção, e atraindo os juízos de Deus sobre a Terra. Declarar-se-á que seus conscienciosos escrúpulos são teimosia., obstinação e desdém à autoridade. Serão acusados de deslealdade para com o governo. Ministros que negam a obrigação da lei divina, apresentarão do púlpito o dever de prestar obediência às autoridades civis como ordenadas por Deus. Nas assembléias legislativas e tribunais de justiça, os observadores dos mandamentos serão caluniados e condenados. Dar-se-á um falso colorido às suas palavras; a pior interpretação será dada aos seus intuitos.
Ao rejeitarem as igrejas cristãs os argumentos claros das Escrituras Sagradas, em defesa da lei de Deus, almejarão fazer silenciar aqueles cuja fé não podem subverter pela Bíblia. Embora fechem os olhos ao fato, estão agora enveredar por caminho que levará à perseguição dos que conscienciosamente se recusam a fazer o que o resto do mundo cristão se acha a praticar e a reconhecer as pretensões do sábado papal.
Os dignitários da Igreja e do Estado unir-se-ão para subornar, persuadir e forçar todas as classes a honrar o domingo. A falta de autoridade divina será suprida por legislação opressiva. A corrupção política está destruindo o amor justiça e a consideração para com a verdade; e mesmo na livre América do Norte, governantes e legisladores, a fim de conseguir o favor do público, a cederão ao pedido popular de uma lei que imponha a observância do Domingo. A liberdade de consciência, obtida a tão elevado preço de sacrifício, não mais será respeitada. No conflito prestes a se desencadear, veremos exemplificadas as palavras do profeta: "O dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo." Apocalipse 12:17.
A POSIÇÃO CATÓLICA
"Portanto, por esta razão, a Igreja Católica reclama o direito de intolerância dogmática enquanto que, conforme seu ensino, é injusto reprovar-lhe o exercício deste direito... Ela considera a intolerância dogmática, não somente seu direito incontestável como um dever sagrado...
"Assim como o verdadeiro Deus não pode tolerar deuses estranhos, a verdadeira Igreja de Cristo não pode tolerar igrejas estranhas a seu lado.. E é especialmente nesta particularidade que repousa sua força sem igual, a propagação de seu poder revolucionário e o rigor sem falha de seu progresso. Uma conseqüência estritamente lógica desta idéia fundamental e incontestável é o dogma eclesiástico de que fora da Igreja não há salvação...
"Por repulsiva que seja, a crueldade bárbara das ordenanças penais da Idade Média quando é julgada de um ponto mais refinado da civilização moderna .. não deveríamos, por esta razão, condenar todo o sistema penal desta época, como um assassinato judicial, porque os castigos legais, ainda que inumanos, não eram injustos...
"De acordo com Romanos 13:1, as autoridades seculares têm o direito de castigar especialmente crimes graves, com a morte; consequentemente, os hereges não somente podem ser excomungados como também justamente mortos. "
The Catholic Encyclopedia, ed de 1911, vol l4, págs 766,768. (Ênfase Suplementar)
RESPOSTA PROTESTANTE
Podemos dizer muitas coisas boas acerca do atual papa de Roma. Ele fala verdades e coisas necessárias aos regimes totalitários... Isso não significa nada quanto à sua visita à Dinamarca no próximo ano. Como papa que é tem um propósito determinado. Não é simplesmente um homem com personalidade bem assessorada ou um evangelista sem temor, o qual chegará ao aeroporto Kastrup. É um ser humano que diz ser o substituto de Deus e fundamento da Igreja na Terra Mas nós os Luteranos não cremos que nenhum ser humano possa ser o substituto de Deus e não reconhecemos nenhum outro fundamento da igreja cristã senão a Cristo. Por esta razão diremos 'Não' à mensagem do papa. A Igreja Pública Danesa não participará em nenhum tipo de tributo, nem " oração ao papa de Roma...
"Foi a Reforma um equívoco? Deveríamos começar a dizer 'Não' a Martlnho Lutero e 'Sim' ao papa? Deveríamos começar a crer em Roma e não em Deus?"
"Não! O papa é um falso representante e a Igreja Católica Romana é uma falsa e naturalmente na Igreja Pública Danesa diremos isto bem alto e claro. É obrigação da Igreja. É também obrigação dos bispos... Que nenhum deles ou qualquer outro possa falsificar a cristandade para atrair a Roma. " Sacerdote Danês, Soren Krarup, Berlingske Tirente, l8 de junho de 1988.(Traduzido, Ênfase Suplementar)
JESUS, O ÚNICO CAMINHO
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim. Tudo quanto pedirdes em Meu nome, Eu o farei."
Jesus Cristo, João 14:6, 13
"Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens. Cristo Jesus, Homem."
Apóstolo Paulo, I Timóteo 2:5.
O Papa João Paulo ll... disse terça-feira aos católicos romanos que busquem o perdão através da igreja e não diretamente de Deus.
Em um documento principal sobre a necessidade de confissão do pecado, o pontífice estabeleceu guias aos quase 800 milhões de católicos romanos com respeito ao propósito da confissão de pecados aos sacerdotes...
O requerimento para confissão do pecado através dos sacerdotes é um dos princípios fundamentais do Catolicismo, Romano.
The Associated Press, l l de dezembro de 1984 (Ênfase Suplementar).
A decisão do Papa João Paulo II de designar uma ano especial de devoção a Maria reflete seus desejos de trazer novamente tais costumes tradicionais como as peregrinações aos santuários e as procissões religiosas, dizem os oficiais do Vaticano...
O Vaticano disse que os católicos podem ganhar indulgência, ou o perdão do castigo temporal pelo pecado, devotamente tomando parte em algumas das atividades do ano mariano...
Desde o inicio de seu pontificado, já mais de oito anos. João Paulo tem demonstrado uma especial devoção a ela. Ele chama Maria "celeste mãe da Igreja" e freqüentemente invoca sua intercessão em orações púbicas.
The Associated Press, 17 de fevereiro, 1987 Ênfase Suplementar).
"CITAÇÕES" DO PASSADO
"O Pontífice Romano, quando fala excátedra - quer dizer quando em exercício de seu oficio de pastor e mestre de todos Cristãos, define, em virtude de sua autoridade apostólica, uma doutrina de fé e moral para ser mantida por toda a Igreja - é... possuído desta infalibilidade com a qual o Redentor divino desejou que sua igreja estivesse revestida e, conseqüentente, tais definições do Pontífice Romano são irreformáveis por sua própria natureza." -The Catholic Encyclopedia, ® 1910. vol. 7. c 796
Todos os decretos dogmáticos do Papa, feitos com ou sem seu conselho geral, são infalíveis... Uma vez feito, nenhum ou nenhum concílio pode revogá-los... Este é o princípio católico, de que a não pode errar na fé." - The Catholic World 1871, págs.422,423.
"Não temos mais direito de pedir razões à Igreja do que aquele que temos de perguntar a Deus Todo-Poderoso, como preliminar à nossa submissão. Deves aceitar com docilidade indiscutível qualquer instrução que nos dá a igreja." Cathollc World, agosto de 1871, pág. 589.
"Se um homem recusa escutar a Igreja (Católica Romana), deve ser considerado (Assim ordena o Senhor), como um ateu e um publicano." - Papa Pio XII, em sua carta encíclica The Mistical Body Christ" 29 de junho de 1943.
"Eles, (os protestantes) se esquecem de que foram eles os que se separaram de nós e não nós deles; e que são eles que têm de regressar à unidade sob os termos católicos, e não nós buscarmos a união com eles ou aceitá-la segundo seus ternos... O Protestantismo é uma rebelião contrária à autoridade de Cristo, da qual está revestida Sua Igreja. Não possui autoridade nem tem nenhum desejo de submeter-se à autoridade... O Protestantismo em provado ser realmente o aliado do paganismo... Todas as formas do protestantismo são injustificadas. Não devem existir" - América (periódico católico), 4 de janeiro de 1941, vol.64 pág. 343.
Nós cremos no triunfo da Igreja Católica sobre a infidelidade, heresia, divisão. revolução e despotismo, judaísmo, maometismo e ateísmo. A restauração do reino temporal do Papa é necessária para esse triunfo e, portanto, cremos que será restaurado." -The Catholic World, 18 de agosto de 1877, vol. XXV, pág. 620.
"Em nenhuma parte é a intolerância dogmática tão necessária regra de vida como no domínio das crenças religiosas, já que a salvação de cada indivíduo está em perigo. Assim como não podem haver tábuas alternativas de multiplicar, não pode haver senão somente uma verdadeira religião, a qual, pelo mesmíssimo feito de sua existência, protesta contra todas as outras como falsas." - The Catholic Encyclopedia, edição de 1911. vol. 14, pág. 765.
"CITAÇÕES" DO PRESENTE
"Sob a corajosa liderança do Papa João Paulo II, o Estado do Vaticano tem assumido o lugar que lhe corresponde no mundo como uma voz internacional. É apenas correto que este país mostre seu respeito pelo Vaticano, reconhecendo-o diplomaticamente como um Estado mundial." Dan Quayle, Vice-presidente dos Estados Unidos, discurso ante o senado dos Estados Unidos, 22 de setembro de 1983.
"O Senador Richard Lugar, (R. Indiana) denominou o Vaticano de "um sensitivo centro diplomático" e "uma significante força política para a decência no mundo." Disse que foi uma "torpe charada" para nosso governo haver enviado somente um mensageiro pessoal ao Papa." - Discurso ante o senado dos Estados Unidos, 22 de setembro de 1983.
É o Papa o principal entre todos? O Papa seria o "Superior Universal" em uma reunião das Igrejas Anglicana e Católica Romana, separadas por mais de 400 anos; uma comissão de altos oficiais de ambas as igrejas, foi noticiado em Londres hoje." -The Herald, Sydney, Austrália, 30 de março de 1962.
O Papa João Paulo II foi interrompido no princípio de um discurso ao Parlamento europeu hoje, pelo Reverendo Ian Paisley, um político protestante de Irlanda do Norte... Momentos depois que o Papa começou a falar, o Sr. Paisley... começou a gritar "Eu te denuncio como o Anticristo!" -The New York Times Internacional, l2 de outubro de 1988.
"Em resposta a seu convite [Papa João Paulo II), líderes das religiões da Terra reuniram... na tranqüila cidade medieval de Assisi, na Itália... A assembléia abrangeu crentes de credos uma vez designados como "ateus" e "pagãos", por uma igreja que, por séculos, havia pregado sem ambigüidade, que fora de suas paredes não havia salvação. A surpreendente variedade do grupo convidado também levantou suspeitas entre alguns cristãos que Assisi representou um passo ao sincretismo, a amalgamação de várias religiões em conflito." -Time 10 de novembro de 1986.
Batistas e teólogos católicos encontram um campo em comum.
Batistas do Sul e católicos romanos as duas maiores denominações da nação geralmente têm sido qualificadas de distanciadas doutrinariamente, mas seus eruditos concordam que basicamente estão de acordo...
A reportagem de 163 páginas é vista como o exame mútuo mais completo das posições respectivas das duas tradições. Alcançá-lo tem sido uma experiência sem precedente para os batistas, comumente opostos aos assuntos ecumênicos...
As conversações, patrocinadas pela Comissão de Bispos Católicos em Assuntos Ecumênicos, Inter-religiosos e o Departamento de Batistas do Sul de Testemunhas de Inter-Fé, incluiu 18 reuniões entre 1978 1988.- The Bakersfild Californian, 27 de agosto 1989.
O CONFLITO QUE SE APROXIMA
Os que honram o sábado bíblico serão denunciados como inimigos da ordem, como que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção, e atraindo os juízos de Deus sobre a Terra. Declarar-se-á que seus conscienciosos escrúpulos são teimosia., obstinação e desdém à autoridade. Serão acusados de deslealdade para com o governo. Ministros que negam a obrigação da lei divina, apresentarão do púlpito o dever de prestar obediência às autoridades civis como ordenadas por Deus. Nas assembléias legislativas e tribunais de justiça, os observadores dos mandamentos serão caluniados e condenados. Dar-se-á um falso colorido às suas palavras; a pior interpretação será dada aos seus intuitos.
Ao rejeitarem as igrejas cristãs os argumentos claros das Escrituras Sagradas, em defesa da lei de Deus, almejarão fazer silenciar aqueles cuja fé não podem subverter pela Bíblia. Embora fechem os olhos ao fato, estão agora enveredar por caminho que levará à perseguição dos que conscienciosamente se recusam a fazer o que o resto do mundo cristão se acha a praticar e a reconhecer as pretensões do sábado papal.
Os dignitários da Igreja e do Estado unir-se-ão para subornar, persuadir e forçar todas as classes a honrar o domingo. A falta de autoridade divina será suprida por legislação opressiva. A corrupção política está destruindo o amor justiça e a consideração para com a verdade; e mesmo na livre América do Norte, governantes e legisladores, a fim de conseguir o favor do público, a cederão ao pedido popular de uma lei que imponha a observância do Domingo. A liberdade de consciência, obtida a tão elevado preço de sacrifício, não mais será respeitada. No conflito prestes a se desencadear, veremos exemplificadas as palavras do profeta: "O dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo." Apocalipse 12:17.
A POSIÇÃO CATÓLICA
"Portanto, por esta razão, a Igreja Católica reclama o direito de intolerância dogmática enquanto que, conforme seu ensino, é injusto reprovar-lhe o exercício deste direito... Ela considera a intolerância dogmática, não somente seu direito incontestável como um dever sagrado...
"Assim como o verdadeiro Deus não pode tolerar deuses estranhos, a verdadeira Igreja de Cristo não pode tolerar igrejas estranhas a seu lado.. E é especialmente nesta particularidade que repousa sua força sem igual, a propagação de seu poder revolucionário e o rigor sem falha de seu progresso. Uma conseqüência estritamente lógica desta idéia fundamental e incontestável é o dogma eclesiástico de que fora da Igreja não há salvação...
"Por repulsiva que seja, a crueldade bárbara das ordenanças penais da Idade Média quando é julgada de um ponto mais refinado da civilização moderna .. não deveríamos, por esta razão, condenar todo o sistema penal desta época, como um assassinato judicial, porque os castigos legais, ainda que inumanos, não eram injustos...
"De acordo com Romanos 13:1, as autoridades seculares têm o direito de castigar especialmente crimes graves, com a morte; consequentemente, os hereges não somente podem ser excomungados como também justamente mortos. "
The Catholic Encyclopedia, ed de 1911, vol l4, págs 766,768. (Ênfase Suplementar)
RESPOSTA PROTESTANTE
Podemos dizer muitas coisas boas acerca do atual papa de Roma. Ele fala verdades e coisas necessárias aos regimes totalitários... Isso não significa nada quanto à sua visita à Dinamarca no próximo ano. Como papa que é tem um propósito determinado. Não é simplesmente um homem com personalidade bem assessorada ou um evangelista sem temor, o qual chegará ao aeroporto Kastrup. É um ser humano que diz ser o substituto de Deus e fundamento da Igreja na Terra Mas nós os Luteranos não cremos que nenhum ser humano possa ser o substituto de Deus e não reconhecemos nenhum outro fundamento da igreja cristã senão a Cristo. Por esta razão diremos 'Não' à mensagem do papa. A Igreja Pública Danesa não participará em nenhum tipo de tributo, nem " oração ao papa de Roma...
"Foi a Reforma um equívoco? Deveríamos começar a dizer 'Não' a Martlnho Lutero e 'Sim' ao papa? Deveríamos começar a crer em Roma e não em Deus?"
"Não! O papa é um falso representante e a Igreja Católica Romana é uma falsa e naturalmente na Igreja Pública Danesa diremos isto bem alto e claro. É obrigação da Igreja. É também obrigação dos bispos... Que nenhum deles ou qualquer outro possa falsificar a cristandade para atrair a Roma. "
Sacerdote Danês, Soren Krarup, Berlingske Tirente, l8 de junho de 1988.(Traduzido, Ênfase Suplementar)
JESUS, O ÚNICO CAMINHO
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim. Tudo quanto pedirdes em Meu nome, Eu o farei." Jesus Cristo, João 14:6, 13
"Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens. Cristo Jesus, Homem." Apóstolo Paulo, I Timóteo 2:5.
O Papa João Paulo ll... disse terça-feira aos católicos romanos que busquem o perdão através da igreja e não diretamente de Deus.
Em um documento principal sobre a necessidade de confissão do pecado, o pontífice estabeleceu guias aos quase 800 milhões de católicos romanos com respeito ao propósito da confissão de pecados aos sacerdotes...
O requerimento para confissão do pecado através dos sacerdotes é um dos princípios fundamentais do Catolicismo, Romano.
The Associated Press, l l de dezembro de 1984 (Ênfase Suplementar).
A decisão do Papa João Paulo II de designar uma ano especial de devoção a Maria reflete seus desejos de trazer novamente tais costumes tradicionais como as peregrinações aos santuários e as procissões religiosas, dizem os oficiais do Vaticano...
O Vaticano disse que os católicos podem ganhar indulgência, ou o perdão do castigo temporal pelo pecado, devotamente tomando parte em algumas das atividades do ano mariano...
Desde o inicio de seu pontificado, já mais de oito anos. João Paulo tem demonstrado uma especial devoção a ela. Ele chama Maria "celeste mãe da Igreja" e freqüentemente invoca sua intercessão em orações púbicas.
The Associated Press, 17 de fevereiro, 1987 Ênfase Suplementar).
"CITAÇÕES" DO PASSADO
"O Pontífice Romano, quando fala excátedra - quer dizer quando em exercício de seu oficio de pastor e mestre de todos Cristãos, define, em virtude de sua autoridade apostólica, uma doutrina de fé e moral para ser mantida por toda a Igreja - é... possuído desta infalibilidade com a qual o Redentor divino desejou que sua igreja estivesse revestida e, conseqüentente, tais definições do Pontífice Romano são irreformáveis por sua própria natureza." -The Catholic Encyclopedia, ® 1910. vol. 7. c 796
Toodos os decretos dogmáticos do Papa, feitos com ou sem seu conselho geral, são infalíveis... Uma vez feito, nenhum ou nenhum concílio pode revogá-los... Este é o princípio católico, de que a não pode errar na fé." - The Catholic World 1871, págs.422,423.
"Não temos mais direito de pedir razões à Igreja do que aquele que temos de perguntar a Deus Todo-Poderoso, como preliminar à nossa submissão. Deves aceitar com docilidade indiscutível qualquer instrução que nos dá a igreja." Cathollc World, agosto de 1871, pág. 589.
"Se um homem recusa escutar a Igreja (Católica Romana), deve ser considerado (Assim ordena o Senhor), como um ateu e um publicano." - Papa Pio XII, em sua carta encíclica The Mistical Body Christ" 29 de junho de 1943.
"Eles, (os protestantes) se esquecem de que foram eles os que se separaram de nós e não nós deles; e que são eles que têm de regressar à unidade sob os termos católicos, e não nós buscarmos a união com eles ou aceitá-la segundo seus ternos... O Protestantismo é uma rebelião contrária à autoridade de Cristo, da qual está revestida Sua Igreja. Não possui autoridade nem tem nenhum desejo de submeter-se à autoridade... O Protestantismo em provado ser realmente o aliado do paganismo... Todas as formas do protestantismo são injustificadas. Não devem existir" - América (periódico católico), 4 de janeiro de 1941, vol.64 pág. 343.
Nós cremos no triunfo da Igreja Católica sobre a infidelidade, heresia, divisão. revolução e despotismo, judaísmo, maometismo e ateísmo. A restauração do reino temporal do Papa é necessária para esse triunfo e, portanto, cremos que será restaurado." -The Catholic World, 18 de agosto de 1877, vol. XXV, pág. 620.
"Em nenhuma parte é a intolerância dogmática tão necessária regra de vida como no domínio das crenças religiosas, já que a salvação de cada indivíduo está em perigo. Assim como não podem haver tábuas alternativas de multiplicar, não pode haver senão somente uma verdadeira religião, a qual, pelo mesmíssimo feito de sua existência, protesta contra todas as outras como falsas." - The Catholic Encyclopedia, edição de 1911. vol. 14, pág. 765.
"CITAÇÕES" DO PRESENTE
"Sob a corajosa liderança do Papa João Paulo II, o Estado do Vaticano tem assumido o lugar que lhe corresponde no mundo como uma voz internacional. É apenas correto que este país mostre seu respeito pelo Vaticano, reconhecendo-o diplomaticamente como um Estado mundial." Dan Quayle, Vice-presidente dos Estados Unidos, discurso ante o senado dos Estados Unidos, 22 de setembro de 1983.
"O Senador Richard Lugar, (R. Indiana) denominou o Vaticano de "um sensitivo centro diplomático" e "uma significante força política para a decência no mundo." Disse que foi uma "torpe charada" para nosso governo haver enviado somente um mensageiro pessoal ao Papa." - Discurso ante o senado dos Estados Unidos, 22 de setembro de 1983.
É o Papa o principal entre todos? O Papa seria o "Superior Universal" em uma reunião das Igrejas Anglicana e Católica Romana, separadas por mais de 400 anos; uma comissão de altos oficiais de ambas as igrejas, foi noticiado em Londres hoje." -The Herald, Sydney, Austrália, 30 de março de 1962.
O Papa João Paulo II foi interrompido no princípio de um discurso ao Parlamento europeu hoje, pelo Reverendo Ian Paisley, um polítlco protestante de Irlanda do Norte... Momentos depois que o Papa começou a falar, o Sr. Paisley... começou a gritar "Eu te denuncio como o Anticristo!" -The New York Times Internacional, l2 de outubrode 1988.
"Em resposta a seu convite [Papa João Paulo II), líderes das religiões da Terra reuniram... na tranqüila cidade medieval de Assisi, na Itália... A assembléia abrangeu crentes de credos uma vez designados como "ateus" e "pagãos", por uma igreja que, por séculos, havia pregado sem ambigüidade, que fora de suas paredes não havia salvação. A surpreendente variedade do grupo convidado também levantou suspeitas entre alguns cristãos que Assisi representou um passo ao sincretismo, a amalgamação de várias religiões em conflito." -Time 10 de novembro de 1986.
Batistas e teólogos católicos encontram um campo em comum.
Batistas do Sul e católicos romanos as duas maiores denominações da nação geralmente têm sido qualificadas de distanciadas doutrinariamente, mas seus eruditos concordam que basicamente estão de acordo...
A reportagem de 163 páginas é vista como o exame mútuo mais completo das posições respectivas das duas tradições. Alcançá-lo tem sido uma experiência sem precedente para os batistas, comumente opostos aos assuntos ecumênicos...
As conversações, patrocinadas pela Comissão de Bispos Católicos em Assuntos Ecumênicos, Inter-religiosos e o Departamento de Batistas do Sul de Testemunhas de Inter-Fé, incluiu 18 reuniões entre 1978 1988.- The Bakersfild Californian, 27 de agosto 1989.
ESTÃO TRATANDO DE SE COMUNICAR COM OS MORTOS
"Os espíritos estão aqui; eu os vejo", disse Ruth Berger, descrita por ela mesma como uma "conselheira intuitiva." Psíquica se você insiste. Médium espírita se você quer estar na moda. "Eles têm algumas mensagens magníficas para nós." "Eles querem falar conosco tanto quanto nós queremos falar com eles."
" Nesta clara e fria noite de outono, na livraria da Igreja Católica de São Pedro em Skodie, Ill., Berger está conduzindo 35 membros do North Shore Chapter of Naim, um grupo sem denominação religiosa que ajuda às viúvas e viúvos cristãos, ao que vem sendo chamado de "classe básica de chamamentos de espíritos"...
Isto é o que ocorre nos anos de mil novecentos e noventa: uma mulher sorridente e aparentemente normal chega a uma igreja, a um salão de recepção, a uma casa privada ou um apartamento e, como coisa natural, convoca ao lugar o que ela anuncia ser "os espíritos dos mortos".
The Morning News Tribune, 14 de novembro de 1990.
UMA FÁBULA MONSTRUOSA
A teoria da imortalidade da alma foi uma das falsidades que Roma tomou emprestadas do paganismo, incorporando-a à religião da cristandade. Martinho Lutero classificou-a entre:
"as monstruosas fábulas que fazem parte do monturo romano das decretais. " E. Petavel, "O Problema da Imortalidade", vol. 2 , pág. 225.
Comentando as palavras de Salomão no Eclesiastes, de que os mortos não sabem coisa alguma, diz o Reformador:
"Outro passo provando que os mortos não têm... sentimento. Não há ali, diz ele, deveres, ciência, conhecimento, sabedoria. Salomão opinou que os mortos estão a dormir e nada sentem, absolutamente. Pois os mortos ali jazem, não levando em conta nem dias nem anos mas quando despertarem, parecer-lhes-á haver dormido apenas um minuto. " Lutero, Exposição do Livro de Salomão, chamado Eclesiastes, pág. l52.
Sobre o erro fundamental da imortalidade inerente, repousa a doutrina da consciência na morte, doutrina que, semelhantemente à do tormento eterno, se opõe aos ensinos das Escrituras, aos ditames da razão e a nossos sentimentos de humanidade. Segundo a crença popular, os remidos no Céu estão a par de tudo que ocorre na Terra e especialmente da vida dos amigos que deixaram após si. Mas como poderia ser fonte de felicidade para os mortos o saber das dificuldades dos vivos, testemunhar os pecados cometidos por seus próprios amados e vê-los suportar todas as tristezas, desapontamentos e angústias da vida? Quanto da bem-aventurança celeste seria fruída pelos que estivessem contemplando seus amigos na Terra7 E quão revoltante não é a crença de que, logo que o fôlego deixa o corpo, a alma do impenitente é entregue às chamas do inferno! Em quão profundas angústias deverão mergulhar os que vêem seus amigos passarem á sepultura sem se acharem preparados, para entrar numa eternidade de miséria e pecado! Muitos têm sido arrastados à insanidade por este pensamento.
Que dizem as Escrituras com relação a estas coisas? Davi declara que o homem não se acha consciente na morte. "Sai-lhes o espírito e eles tornam em sua terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos." Salmos 146: Salomão dá o mesmo testemunho:
"Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma. O seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do Sol. Na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência nem sabedoria alguma." Eclesiastes 9:5, 6 e 10.
Quando, em resposta à sua oração, a vida de Ezequiel a sua vida foi prolongada por quinze anos, o rei, agradecido, rendeu a Deus um tributo de louvor por Sua grande misericórdia. Nesse cântico ele dá a razão por assim se regozijar: "Não pode louvar-Te a sepultura, nem a morte glorificar-Te; nem esperarão em Tua verdade os que descem à cova. Os vivos. os vivos, esses Te louvarão, como eu hoje faço." Isaías 38:18,19. A teologia popular representa os justos mortos todos estando no Céu, admitidos na bem-aventurança e louvando a Deus com língua imortal; Ezequias, porém, não pôde ver tal perspectiva gloriosa na morte. Com suas palavras concorda o testemunho do salmista: "Na morte não há lembrança de Ti; no sepulcro, quem Te louvará" Salmos 6:5 ; "Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio" 115:17.
"Porque os vivos sabem que hão de morrer mas os mortos não sabem coisa alguma. Não há obra, nem projeto, nem sabedoria alguma." Rei Salomão, Eclesiastes 9:5, 10.
Pedro, no dia de Pentecostes, declarou que o patriarca Davi "morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura." "Porque Davi não subiu aos Céus." Atos 2:29 e 34. O fato de Davi permanecer na sepultura até a ressurreição, prova que os justos não ascendem ao Céu por ocasião da morte. É unicamente pela ressurreição, e em virtude de Jesus haver ressuscitado, que Davi poderá finalmente assentar-se à destra de Deus.
IMPORTANTES ENSINOS BÍBLICOS NEGLIGENCIADOS
E Paulo disse: "Se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou e se Çristo não ressuscitou é vã a vossa fé e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos." I Coríntios 5:16,18. Se durante quatro mil anos os justos tivessem à sua morte ido diretamente para o Céu, como poderia Paulo ter dito que se não há ressurreição "os que dormiram em Cristo estão perdidos?" Não seria necessária. a ressurreição.
O mártir Tyndale, refedindo-se ao estado dos mortos declarou:
"Confesso abertamente que não estou persuadido de que eles já estejam na plena glória em que Cristo Se acha, ou em que estão os anjos eleitos de Deus. Tampouco é isto artigo de minha fé; pois, se assim fosse, não vejo nisto, senão que o pregar a ressurreição da carne seria coisa vã." - Guilherme Tyndale, Prefácio do "Novo Testamento" (Edição de 1534), reimpresso em British Reformers. Tindal , Frith Barnes, pág 349 .
É fato inegável que a esperança da imortal bem-aventurança ao morrer, tem determinado generalizada negligência da doutrina bíblica da ressurreição. Essa tendência foi notada pelo Dr. Adão Clarke, que disse:
"A doutrina da ressurreição parece ter sido julgada de muito maiores conseqüências entre os primeiros cristãos do que o é hoje! Como é isto? Os apóstolos estavam continuamente insistindo nela, e concitando os seguidores de Cristo à diligência, obediência e animação por meio dela. E seus sucessores, na atualidade raras veres a mencionam! Pregavam-na os apóstolos, nela criam os primitivos cristãos; pregamo-la nós e nela crêem nossos ouvintes. Não há doutrina no Evangelho a que se dê maior ênfase; e não há doutrina no atual conjunto dos assuntos pregados, que seja tratada com maior negligência!" - "Comentário sobre "Novo Testamento", vol. 2 (acerca de l Coríntios 15)
Este estado de coisas tem continuado a ponto de ficar a gloriosa verdade da ressurreição quase totalmente obscurecida, e perdida de vista pelo mudo Cristão. Assim, um dos principais escritores religiosos, comentando as palavras de Paulo (em l Tessalonicenses 4:13-18), diz: "Para todo o fim prático de consolação, a doutrina da bem-aventurada imortalidade dos justos toma para nós o lugar de qualquer doutrina duvidosa acerca da segunda vinda do Senhor. Por ocasião de nossa morte, o Senhor vem a nós. É isto que devemos esperar e aguardar. Os mortos já passaram para a glória. Não esperam a trombeta para seu juízo e bem-aventurança."
Quando, porém, estava para deixar Seus discípulos, Jesus não lhes disse que logo iriam ter com Ele. "Vou preparar-vos lugar", disse Ele. "E se Eu dor e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo." João 14:2, E diz-nos Paulo, mais, que "o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebata dos juntamente com eles nas nuvens, a encontras o Senhor nos ares, e estaremos sempre com o Senhor," E acrescenta: "Consolai-vos uns aos outros com estas palavras." I Tessalonicenses 4:16-18.
PAI DA MENTIRA
Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é a porção dos ímpios, salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor" Romanos 6:23. A morte a que se faz referência estas passagens, não é a que foi pronunciada sobre Adão, pois a humanidade a sofre a pena da sua transgressão. É a "segunda morte" que se põe em contraste com a vida eterna. O único que prometeu a Adão vida em desobediência foi o grande enganador. E a declaração da serpente a Eva, no Éden - "Certamente não morrereis" - foi o primeiro sermão pregado acerca da imorlidade da alma. Todavia, esta assertiva, repousando apenas na autoridade de Satanás, ecoa dos púlpitos da cristandade e é recebida pela maior parte da humanidade, tão facilmente como o foi pelos nossos primeiros pais. A sentença divina: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ezequiel 18:20), é dada a significação: A alma que pecar essa não morrerá, mas viverá eternamente. Não podemos senão nos admirar da estranha fatuidade que tão crédulos torna os homens com relação às palavras de Satanás, e incrédulos com respeito às palavras de Deus.
Em conseqüência do pecado de Adão, a morte passou a toda a raça humana. Todos semelhantemente descem ao sepulcro. E, pelas providências do plano da salvação, todos devem ressurgir da sepultura. "Há de haver uma ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos" (Atos 24:15); "assim todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo." I Coríntios 15:22. Uma distinção, porém, se faz entre as duas classes que ressuscitam. "Todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem, sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação." João 5:28, 29. Os que forem "tidos por dignos" da ressurreição da vida, são "bem-aventurados e santos". "Sobre estes não tem poder a segunda morte." Apocalipse 20:6. Os que, porém, não alcançaram o perdão, mediante o arrependimento e a fé, devem receber a pena da transgressão: "o salário do pecado". Sofrem castigo, que varia em duração e intensidade, "segundo suas obra.s". mas que finalmente termina com a segunda morte.
E a declaração da serpente a Eva no Éden - "Certamente não morrereis" - foi o primeiro sermão pregado acerca da imortalidade da alma. todavia, esta assertiva, repousando apenas sobre a autoridade de Satanás, ecoa dos púlpitos da cristandade e é recebida pela maior parte da humanidade tão facilmente como o foi pelos nossos primeiros pais.
Visto ser impossível para Deus, de modo coerente com a Sua justiça e misericórdia, salvar o pecador em seus pecados. Ele o despoja da existência, que perdeu por suas transgressões, e da qual se mostrou indigno. Diz um escrito inspirado: "Ainda um pouco e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar não aparecerá." E outro declara: "E serão como se nunca tivessem sido." Salmos 37:10; Obadias 16. Cobertos de infâmia, mergulham, sem esperança, no olvido eterno.
Assim se porá termo ao pecado, juntamente com toda a desgraça e ruína que dele resultaram. Diz o salmista: "Destruíste os ímpios; apagaste o seu nome sempre e eternamente. Oh! Inimigo! Consumaram-se as associações." Salmos 9:5,6. João no Apocalipse, olhando para a futura condição eterna, ouve uma antífona universal de louvor, imperturbada por qualquer nota de discórdia. Toda criatura no Céu e na Terra atribuía glória a Deus. Apocalipse 5:13. Não haverá então almas perdidas para blasfemarem de Deus, contorcendo em tormento interminável; tampouco seres desditosos no inferno unirão seus gritos ao cântico dos salvos.
RECOMPENSA ANTES DO JUÍZO?
Antes de qualquer pessoa poder entrar nas mansões dos bem-aventurados, seu caso deverá ser investigado e seu caráter e ações deverão passar em revista perante Deus. Todos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros, e recompensados conforme tiverem sido as suas obras. Este juízo ocorre por ocasião da morte. Notai as palavras de Paulo: "Tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou: e disto deu certeza a todos, ressuscitando-O dos mortos." Atos 17:31. Aqui o apóstolo terminantemente declara que um tempo específico, então futuro, fora fixado para o juízo do mundo. Judas refere-se ao mesmo tempo: "Aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia." Judas 6. E cita ainda as palavras de Enoque: "Eis que é vindo podei Senhor com milhares de Seus santos: para fazer juízo contra todos." Judas 14, 15. João declara ter visto "os mortos, grandes e pequenos; que estavam diante do trono; e abriram-se os livros;... e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros." Apocalipse 20:12.
Se, porém, os mortos já estão gozando a bem-aventurança celestial, contorcendo-se nas chamas do inferno, que necessidade há de um juízo futuro? Os ensinos da Palavra de Deus acerca destes importantes pontos não obscuros nem contraditórios; podem ser compreendidos pela mente comum. Mas que espírito imparcial pode ver sabedoria ou justiça na teoria corrente? Receberão os justos, depois da investigação de seu caso no juízo, este elogio: "Bem está, servo bom e fiel... Entra no gozo do teu Senhor", (Mateus 25:21.) quando eles estiveram morando em Sua presença, talvez durante longos séculos? São os ímpios convocados do lugar de tormento, para receberem esta sentença do Juiz de toda a Terra: "Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno"? (Mateus 25:41.) Oh! sarcasmo solene! Vergonhoso obstáculo à saberia e justiça de Deus!
Em parte alguma nas Escrituras Sagra se encontra a declaração de que é por ocasião da morte que o justos Vão para a sua recompensa e os ímpios ao seu castigo. Os patriarcas e profetas não deixaram tal asserto. Cristo e Seus apóstolos não fizeram sugestão alguma a esse respeito. A Bíblia Claramente ensina que os mortos não vão imediatamente para o céu. Eles são representados como estando a dormir até a ressurreição (1 Tessalonissences 4:14; 16; Jó 14:10-12). No mesmo dia em que se quebra a cadeia de prata, e se despedaça copo de ouro (Eclesiastes 12:6), perecem os pensamentos dos homens. Os que descem à sepultura estão em silêncio. Não mais sabem de coisa alguma que se faz debaixo do Sol. Jó 14:21.) Bendito descanso para o justo cansado. Já longo ou breve o tempo, não é para eles senão um momento. Dormem, e serão despertados pela trombeta de Deus para uma imortalidade gloriosa. "Porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis... Quando isto e é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: "Tragada foi morte na vitória." I Coríntios 15:52-54. Ao serem eles chamados de seu profundo sono, começam a pensar exatamente onde haviam parado. A última sensação foi a agonia da morte, o último pensamento o de estarem a cair sob o poder da sepultura. Ao se levantarem da tumba, seu primeiro alegre pensamento se expressará na triunfante aclamação: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória" I Coríntios 15:55.
"Os reformadores protestantes a idéia do limbo e purgatório - pensamento que permanece como parte da teologia e d a religião católica... Ambos, Martinho Lutero e João Calvino, contemplaram os castigos do inferno eterno como figurativos, sendo alienação de Deus o maior tormento conceptível." U.S. News & World Report, 25 de março de 1991, pág. 59.
A Bíblia claramente ensina que os mortos não vão imediatamente para o Céu. Eles são representados como estando a dormir até a ressurreição.
ENSINOS BÍBLICOS PERVERTIDOS
O ministério dos santos anjos, conforme se acha apresentado nas Escrituras Sagradas, é uma das verdades mais confortadoras e preciosas a todo seguidor de Cristo. Mas o ensino bíblico acerca deste ponto tem sido obscurecido pervertido pelos erros da teologia popular. A doutrina da imortalidade natural a princípio tomada de empréstimo à filosofia pagã e incorporada à fé durante as trevas da apostasia, tem suplantado a verdade, tão claramente ensinada nas Escrituras, de que "os mortos não sabem coisa nenhuma." Multidões têm chegado a crer que os espíritos dos mortos são os "espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação." E isto, a despeito do testemunho das Escrituras acerca da existência dos anjos celestiais e sua relação com a história do homem, antes da morte qualquer ser humano.
RAIZ E PRINCÍPIO DO ESPIRITISMO
A doutrina da consciência humana na morte, sobretudo a crença de os que espíritos dos mortos voltam para ministrar aos vivos, preparou o caminho para o moderno espiritismo. Se os mortos são admitidos à presença de Deus e dos santos anjos, se eles são privilegiados com conhecimentos que excedem em muito o que anteriormente possuíam, por que não haveriam de retornar para iluminar e instruir os vivos? Se, de acordo como ensinam os teólogos populares, os espíritos dos mortos estão a flutuar sobre seus amigos na Terra, por que não lhes seria permitido comunicar-se com eles, a fim de os prevenir contra o mal, ou confortá-los na tristeza? Como podem os que crêem no estado consciente dos mortos rejeitar o que lhes vem como luz divina, comunicada por espíritos glorificados? Aí está uma via de transmissão considerada sagrada, não obstante dela se valha Satanás para realizar seus propósitos. Os anjos caídos, que cumprem suas ordens, apresentam-se como mensageiros do mundo dos espíritos. Ao mesmo tempo em que professam pôr os vivos em comunicação com os mortos, o príncipe do mal exerce-lhes, sobre a mente fascinadora influência.
ESPÍRITOS SEDUTORES
Satanás tem poder de evocar perante os homens a aparência de seus amigos falecidos. A contrafação é perfeita, a fisionomia familiar, as palavras, o tom da voz, são reproduzidos com maravilhosa precisão. Muitos se consolam com a garantia de que seus entes queridos estão desfrutando a bem aventurança celestial, sem suspeitar de perigo, dão ouvidos a "espíritos enganadores e doutrinas de demônios".
Levando essas pessoas a crer que os mortos de fato voltam para comunicar-se com elas, Satanás faz com que apareçam os que desceram ao túmulo sem estarem preparados. Estes asseguram que são felizes no Céu e mesmo que ocupam ali elevadas posições; e assim é amplamente ensinado o erro de que nenhuma diferença existe entre justos e injustos. Os pretensos visitantes do mundo dos espíritos, algumas vezes anunciam avisos e advertências que se provam corretos. Então, logo que a confiança é ganha, apresentam doutrinas que invalidam diretamente a fé nas Escrituras. Aparentando profundo interesse no bem-estar de seus amigos na Terra, insinuam os mais perigosos erros. O ato de declararem algumas verdades e serem capazes, às vezes, de predizerem acontecimentos futuros, comunica às suas declarações uma aparência de dignidade e seus falsos ensinos são tão facilmente aceitos pelas multidões tão inquestionavelmente cridos como se fossem as mais sagradas verdades da Bíblia. A lei de Deus é posta de lado, desprezado o espírito de graça, o sangue do concerto considerado como coisa profana. Os espíritos negam a divindade de Cristo, colocando o próprio Criador no mesmo nível onde eles, mesmos estão. Assim, sob novo disfarce, o grande rebelde ainda prossegue a luta contra Deus. Luta iniciada no Céu e, durante quase seis mil na Terra.
MAUS ESPÍRITOS SÃO REAIS
Muitos se esforçam por explicar as manifestações espíritas, creditando-as totalmente a fraudes e prestidigitação dos médiuns. Mas, embora seja verdade que muitas vezes os resultados do embuste tenham sido impingidos como verdade, como manifestações genuínas, não têm deixado de existir também inaladas exibições de poder sobrenatural. As pancadas misteriosas, com que o espiritismo moderno se iniciou, não foram resultados da trapaça ou astúcia humana, mas da operação direta dos anjos maus que introduziram assim um dos enganos de maior êxito para a destruição das almas. Muitos cairão em ciladas pela crença de que o espiritismo seja tão somente uma impostura humana; quando postos frente a manifestações cujo caráter sobrenatural não se possa negar, serão enganados e induzidos a aceitá-las como o grande poder de Deus.
Tais pessoas não tomam em conta o testemunho das Escrituras com respeito aos milagres de Satanás e de seus agentes. Foi por meio de ajuda satânica que os magos de Faraó puderam imitar falsamente a obra de Deus. Paulo testifica que, antes da segunda vinda de Cristo, haverá manifestações semelhantes do poder satânico. A vinda do Senhor deve ser precedida da operação de Satanás "com todo poder e sinais e prodígios da mentira e com todo engano de injustiça." 2 Tessalonicenses 2:9, 10. E o apóstolo João, descrevendo o poder operador de milagres que se manifestarão nos últimos dias declara: "Também operarão grandes sinais, de maneira que até fogo do Céu faz descer à Terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a Terra por causa dos sinais que lhe foi do executar." Apocalipse 13:13,14. O que aqui se prediz não são meras posturas.
Os homens são enganados por milagres que os agentes de Satanás têm poder para realizar e não pelo que , pretendam realizar.
O príncipe das trevas, que por tanto tempo tem aplicado as faculdades de sua inteligência superior na obra do engano, habilmente adapta suas tentações aos homens de todas as classes e condições. Às pessoas de cultura e refinamento, apresenta o espiritismo em seus aspectos mais cultos e Intelectuais e assim consegue atrair muitos às suas redes. A sabedoria que o espiritismo comunica é aquela descrita pelo apóstolo Tiago, a qual não "desse lá do alto, ates é terrena, animal e demoníaca." Tiago 3:15. Isto, no entanto, o grande enganador oculta, quando o sigilo melhor lhe convém ao propósito. Aquele que, vestido com esplendor dos serafins celestiais, pôde aparecer a Cristo, no deserto da tentação, aproxima-se dos homens, do modo mais atrativo, como anjo de luz. Apela para a razão apresentando temas elevados; deleita a imaginação com cenas extasiantes e alicia a afeição por meio de imagens eloqüentes de amor e caridade. Excita a imaginação vôos grandiosos, induzindo os homens a terem tanto orgulho de sua própria sabedoria a ponto de, em seu coração, menosprezarem o Eterno. Esse ser poderoso que pôde transportar o redentor do mundo a um monte muito alto e mostrar-Lhe todos os reinas da Terra e a gloria deles, apresentará aos homens suas tentações de modo a perverter o senso de todos os que não se acham protegidos pelo poder divino.
CUIDADO COM A CILADA!
Mas ninguém precisa ser enganado pelas mentirosas pretensões do espiritismo. Deus tem dado ao mundo luz suficiente para habilita-lo a descobrir armadilha. Conforme já se apresentou, a teoria que constitui o próprio fundamento do espiritismo é incompatível com as mais francas declarações das escrituras. A Bíblia declara que "os mortos não sabem coisa alguma', que "seus pensamentos pereceram", que, "não têm parte em coisa alguma que se faz debaixo do sol", nada sabem das alegrias ou tristezas dos que lhes eram os mais queridos na Terra.
Além disso. Deus proibiu expressamente toda pretensa comunicação com os espíritos dos mortos. Nos dias dos hebreus, havia uma classe de pessoas que pretendiam, como fazem os espíritas hoje, entabular comunicação com os mortos. Mas a Bíblia declara que esses "espíritos familiares", nome por que se chama os visitantes de outros mundos, eram "espíritos de demônios." (Com parar Números 25:1-3; Salmos 106:28; l Coríntios 10:20; Apocalipse 16:14) O ato de tratar com espíritos familiares foi declarado como abominação ao Senhor e solenemente proibido sob pena de morte. (Levíticos 19:31 , 20:27) O próprio nome de feitiçaria é hoje olhado com desdém. A pretensão de que os homens possam manter contato com os espíritos maus é considerada como fábula da Idade Média. Mas o espiritismo, cujo número de adeptos alcança a centenas de milhares e até milhões, conseguiu entrada nos círculos científicos, invadiu as igrejas e encontrou favor nas corporações legislativas e mesmo nas cortes dos reis, este engano não é outra coisa senão o reaparecimento, sob novo disfar ce, da feitiçaria condenada e proibida de antigamente.
Se não houvesse outras provas do verdadeiro caráter do espiritismo, seria bastante para o cristão o fato de os espíritos não fazerem diferença entre a justiça e o pecado, entre os mais nobres e puros apóstolos de Cristo e os mais corruptos servos de Satanás. Os apóstolos, conforme personificados por estes espíritos de mentira, apresentam-se contradizendo o que escreveram, sob a prescrição do Espírito Santo, enquanto estavam na Terra. Negam a origem divina da Bíblia e assim destroem o fundamento da esperança cristã, extinguindo a luz que revela o caminho do Céu. Satanás está fazendo o mundo crer que as Escrituras Sagradas são mera ficção ou, quando muito, um livro apropriado a épocas primitivas da humanidade e hoje deve ser considerado com menosprezo ou posto de lado como obsoleto. E para tomar o lugar da Palavra de Deus, oferece manifestações espíritas.
Este é um meio de colocar mente sob seu controle, mediante o qual lhe é possível fazer o mundo acreditar no que lhe agrada. O livro que deve julgar a ele e a seus seguidores, atuando precisamente onde lhe é mais conveniente, a obscuridade representa o Salvador do mundo como sendo nada mais do que um homem comum. E assim como a guarda romana que vigiava o sepulcro de Jesus espalhou a notícia, mentirosa que os sacerdotes e anciãos lhes haviam posto na boca para lançar descrédito sobre a Sua ressurreição, os que crêem em manifestações espíritas procuram fazer parecer que nada há de miraculoso nas circunstâncias da vida de nosso Salvador. Depois de procurar assim por Jesus em segundo plano, chamará atenção para os seus próprios milagres, declarando que estes exprimem a obra de Cristo.
O ESPIRITISMO INVADE O CRISTIANISMO
E verdade que o espiritismo hoje está mudando sua forma e, mascarando alguns de seus mais reprováveis aspectos, reveste-se de aparência cristã. Mas as suas declarações pela tribuna e pela imprensa, têm estado perante o público durante muitos anos e nelas se acha revelado seu verdadeiro caráter. Estes ensinos não podem ser negados nem encobertos.
Mesmo em sua forma atual, longe de ser mais digno de tolerância do que o tom no passado, é na verdade um engano mais perigoso, em virtude de sua maior sutileza. Conquanto anteriormente atacasse a Cristo e a Bíblia, hoje professa aceitar a ambos. Mas a Bíblia é interpretada de modo a agradar o coração não regenerado, enquanto suas solenes e vitais verdades são tornadas sem efeito. O amor é realçado tomo se fosse o principal atributo de Deus, rebaixando-O, porém, a um sentimentalismo enfermiço, pouca distinção fazendo entre o bem e o mal. A justiça de Deus, Sua reprovação ao pecado, as exigências de Sua santa Lei, tudo isso é perdido de vista. O povo é ensinado a considerar o decálogo como letra morta. Fábulas aprazíveis, fascinantes, cativam os sentidos, levando os homens a rejeitarem a Bíblia como o fundamento de sua Fé. Cristo é tão verdadeiramente negado como antes; mas Satanás cegou os olhos do povo a tal ponto que o engano não é discernido.
Poucos hão que tenham justa concepção do poder enganador do espiritismo e do perigo de cair sob sua influência. Muitos se intrometem com ele simplesmente para satisfazer a curiosidade. Não têm verdadeira fé nele e enchem-se de horror ao pensamento de abandonar-se ao domínio dos espíritos. Aventuram-se, porém, a entrar em terreno proibido e o poderoso destruidor exerce a sua força sobre eles, mesmo contra a sua vontade. Uma vez levados a submeter a mente à sua direção, mantém-nos cativos tornado impossível que com suas próprias forças rompam o fascinante e sedutor encanto. Nada, a não ser o podei de Deus, outorgado em resposta a fervorosa oração de fé, poderá Libertar estas almas prisioneiras.
Diz o profeta lsaías: "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vossos se consultarão os mortos? A Lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira jamais verão a alva." Isaías 8:19,20. Se os homens estivessem dispostos a receber a verdade tão claramente expressa nas Escrituras acerca da natureza do homem e do estado dos mortos, vertam nas pretensões e manifestações do espiritismo a operação de Satanás com poder, sinas e prodígios de mentira, mas ao invés de renundar a liberdade tão agradável ao coração carnal e a seus pecados favoritos, as multidões fecham os olhos à luz e prosseguem desconsiderando as advertências ao mesmo tempo em que Satanás lhes estende os laços em derredor, fazendo-os presa sua. "Porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos, Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira." 2 Tessalonicenses 2: 10, 1 1
DEMÔNIOS PERSONIFICARÃO OS SERES QUERIDOS
Muitos defrontar-se-ão com espíritos de demônios, personificando parentes ou amigos queridos e declarando as mais perigosas heresias. Estes visitantes apelarão para os nossos mais ternos sentimentos, simpatia e operarão prodígios para apoiarem suas pretensões. Devemos estar preparados para resistir-lhes com a verdade bíblica de que os mortos não sabem de coisa alguma e de que os que aparecem como tais são espíritos de demônios.
Aproxima-se de nós "a hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra.'' Apocalipse 3:10. Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra de Deus; serão enganados e vencidos. Satanás opera com "todo o engano da injustiça ", para obter domínio sobre os filhos dos homens e seus enganos aumentarão continuamente. Mas só conseguirá alcançar seu objetivo quando os homens voluntariamente cederem às suas tentações. Os que, com sinceridade, estão buscando o conhecimento da verdade e se esforçam por purificar a alma pela obediência, fazendo o que está a seu alcance a fim de preparar-se para o conflito, encontrarão no Deus da verdade o refúgio seguro. "Porque guardaste a palavra da Minha perseverança, também Eu te guardarei" (Apocalipse 3: 10), é a promessa do Salvador. Ele preferiria enviar todos os anjos do Céu para protegerem Seu povo do que deixar uma s6 alma que nEle confia, ser vencida por Satanás.
MÉDIUNS
Ao final deste século o espiritismo está voltando a ser popular entre as jovens abastados profissionais estão enviando grandes quantidades de dinheiro aos "Médiuns da Nova Era" em sua procura para entrar em contato com os espíritas de outros mundos e de outros tempos. " The Toronto Stars sábado, 11 de março de 1988.
O profeta Isaías descreve o terrível engano que virá sobre os ímpios, levando-os a crer-se seguros contra os juízos divinos: "Fizemos aliança com a morte e com o além fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós porque, por nosso refúgio, temos a mentira e debaixo da falsidade nos temos escondido." Isaías 28: 15. Na classe aqui descrita acham-se incluídos os que, em obstinada impenitência, se consolam com a certeza de que não haverá castigo para o pecador; de que toda a humanidade, não importando quão corruptas sejam suas pessoas, será elevada até o Céu, tornando-se como os anjos de Deus. Todavia outros hão que de modo mais declarado, estão a fazer aliança com a morte e concerto com o além: aqueles que renunciam as verdades do céu rejeitam a misericórdia salvadora de Jesus e aceitam em seu lugar o falso refúgio oferecido por Satanás, a saber, as mentirosas pretensões do espiritismo.
UMA CEGUEIRA INCRÍVEL
É deveras espantosa a cegueira do povo desta geração. Milhares rejeitam a ' Palavra de Deus como indigna de confiança e com absoluta credulidade recebem os enganos de Satanás. Cépticos e escarnecedores denunciam o fanatismo dos que lutam pela fé dos profetas e apóstolos e divertem-se ridicularizando as solenes declarações das Escrituras concernentes a Cristo, ao plano da redenção e ao castigo que visitará aos que rejeitam a verdade. Fingem grande piedade por mentes tão tacanhas, fracas e supersticiosas que reconheçam as reivindicações de Deus e obedeçam aos reclamos de Sua lei. Manifestam tanta segurança como se, na verdade, houvessem feito aliança com a morte e um concerto com o além como se houvessem erguido uma barreira instransponível, impenetrável, entre si e a vingança de Deus. Nada lhes pode despertar temores. Têm-se submetido tão completamente ao tentador e acham-se tão intimamente ligados a ele e tão imbuídos de seu espírito, que não têm nem forças nem propensão para desembaraçar-se de suas ciladas.
0 ENGANO FINAL
Satanás, desde há muito tempo, tem estado a preparar-se para seu esforço final com o propósito de enganar o mundo. O fundamento de sua obra foi posto na afirmação a Eva no Édén: "É certo que não morrereis." Gênesis 3:4. Pouco a pouco ele tem preparado o caminho para sua magistral obra de engano: O desenvolvimento do espiritismo. Ainda não conseguiu realizar completamente seus desígnios; mas estes serão atingidos no fim do que resta do tempo. Diz o profeta: "Vi... três espíritos imundos semelhantes a rãs... São espíritos de demônios operadores de sinais e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande dia do Deus Todo Poderoso." Apocalipse 16:13.14. Salvo os que estiverem guardados pelo poder de Deus, mediante a fé em Sua Palavra, o mundo todo será envolvido por este engano. O povo está se deixando adormecer rapidamente, acalentado por uma segurança fatal e somente despertará com o derramamento da ira de Deus.
Os que estão indispostos a aceitar as verdades claras e incisivas da Bíblia, procuram continuamente fábulas agradáveis, que acalmem a consciência. Quanto menos espirituais, altruísticas e humilhadoras forem as doutrinas apresentadas, tanto maior será o favor com que serão recebidas. Demasiado sábios um seu próprio conceito para examinarem as Escrituras com contrição de alma e fervorosa oração rogando a guia divina, não têm escudo contra o engano. Satanás está pronto para suprir o desejo do coração, e apresenta suas burlas em lugar da verdade. Foi assim que o papado alcançou seu poderio sobre o entendimento dos homens; e, pela rejeição da verdade, visto como ela implica uma cruz, os protestantes estão seguindo o mesmo caminho. Todos os que negligenciam a Palavra de Deus a fim de estudarem conveniências e expedientes para que se não achem em desacordo com o mundo, serão deixados a acolher condenável heresia em lugar da verdade religiosa. Toda forma imaginável de erro será aceita pelos que voluntariamente rejeitam a verdade. Quem olha com horror para um engano, receberá facilmente outro. O apóstolo Paulo, falando de uma classe de pessoas que, "não receberam o amor da verdade para se salvarem", declara: "Por isso Deus lhes enviará a operação do erro para que creiam na mentira: para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade". 2 Tessalonicenses 2:10-12.
"PALAVRAS QUE MURMURAM"
O ESPIRITISMO ANTIGO
Adivinho: Adivinha e descobre o oculto ou o futuro por intuição.
Agoureiro: Prevê males ou desditas.
Astrólogo: Prevê o futuro pela observação dos astros.
Augúrio: Adivinhação pelo canto e vôo das aves.
Bruxa: Ocupa-se em operações sobrenaturais e diabólicas.
Bruxaria: Operações sobrenaturais a que se crê vulgarmente que se dedicam as bruxas.
Encantador: feiticeiro. Opera maravilhas por arte sobrenatural.
Espírito de demônio: Que têm características do demônio.
Espíritos familiares: Anjos maus que personificam entes queridos ou conhecidos.
Encovador: Faz recordar coisas passadas; faz aparecer, por sortilégios, os espíritos.
Feiticeiro: Submete alguém a influências maléficas com praticas supersticiosas.
Mago: Produz por meio de operações ocultas e extraordinárias, efeitos contrários das leis naturais. O mesmo que encantador ou mágico.
Maus espíritos: Anjos maus.
Necromante: Evoca aos mortos para saber o futuro.
Sortílegio: adivinhador por sorte.
Príncipe das trevas: Satanás.
Vidente: Pretende ver o passado e o futuro.
"Não achará no meio de ti
adivinhador, nem
prognosticador, nem
agoureiro, nem feiticeiro, nem
encantador, nem quem
consulte ao espírito
adivinhador, nem mágico, nem
quem consulte os mortos; pois
todo aquele que faz estas
coisas é abominação ao
Senhor."
- Deuterônomio 18:10-12. O ESPIRITISMO MODERNO
Olhado, encantamento: Mal olhado, espécie de malefício.
Aparição: Visão de ser sobrenatural ou fantástico.
Astrologia, horóscopo: Arte de predizer o futuro através da observação dos astros.
Bruxaria: Operações sobrenaturais a que se crê vulgarmente que se dedicam as bruxas.
Clarividente: Diz-se do que vê ou percebe as coisas com claridade.
Conjuro: Imprecação ou sortilégio dos feiticeiros.
Jogar cartas: Adivinhar o futuro por meio dos naipes.
Poder dos cristais: Poder sobrenatural obtido pela posso dos cristais.
Experiência fora do corpo: Ocorrências que aparentam suceder fora do corpo.
Fantasmas: Aparição fantástica.
Hipnotismo: Conjunto dos fenômenos que constituem o sono artificial provocado.
Magia negra: Evocação dos demônios.
Malefício: Feitiço por meio do qual se pretende causar dano aos homens ou aos animais.
Meditação: Reflexão, oração mental, contemplação estudiosa de sentido místico.
Meditação transcendental: Escola filosófica que se caracteriza por um certo misticismo panteísta que ultrapassa os limites da ciência.
Médium: Pessoa entre os espíritas que serve de intermediária para comunicar-se com os espíritos.
Movimento da nova era: Rumo moderno caracterizado pelo interesse na ciência interior espírita.
Ocultismo: Conjunto de doutrinas e práticas misteriosas, espíritas, que pretendem explicar os fenômenos misteriosos das coisas.
OVNI: Objeto voador não identificado de origem misteriosa e de procedência extraterrestre pilotado por seres diferentes dos humanos.
Quiromante: Adivinha pelas linhas da mão.
Poder piramidal: Poder sobrenatural obtido de uma estrutura piramidal.
Reencarnação: Renascimento de uma alma em outro corpo.
Cartas de Tarot: Série de 22 cartas que contém figuras de pessoas com significados simbólicos.
Telepatia: Transmissão direta de pensamento entre duas pessoas.
Visualização: Formar na mente uma imagem visual de algo abstrato.
Yoga: Mística hindu; disciplina, exercício e intensa concentração.
NAS NOTÍCIAS
Zona crepuscular em Washington
"Há um extenso interesse nos fenômenos psíquicos (chamados psi) em Washington.' A qualquer momento dado, aproximadamente um quarto dos membros do Congresso estarão ativamente interessados em psi, seja pelo restabelecimento da saúde, profecia, visão distante ou manifestações físicas, poderes psíquicos (tais como dobrar colheres, apagar programas de computador)' de acordo com o Representante Charlie Rose (D.N.C.)... que fundou a Câmara de Compensação do Congresso sobre o Futuro, um tribunal que outorgou a alguns psíquicos, uma plataforma na capital... Fontes de informação dizem que os muitos simpatizantes da psi na capital. satisfazem sua curiosidade na Zona Tenebrosa, consultando em particular com os videntes e discutindo este tema com seus colegas que pensam igual. " U.S. News World Report, 5 de dezembro de 1988.
"Em Mistérios do Desconhecido, você investigará reportagens intrigantes de primeira mão e descobertas de laboratório sobre experiências fora do corpo, experiências acerca da morte e sobre a reencarnação... Em Viagens Psíquicas você descobrirá como e porque o espírito muitas vezes abandona o corpo - em reportagens extraordinariamente consistentes de todas as partes do mundo." Ad. Time Life Books, Time Magazine, 20 de março de 1989.
Um movimento de pessoas para Noroeste em estranha emigração.
"Os emigrantes dizem que foram motivados pelos ensinamentos apocalípticos dos antepassados mortos, espíritos reencarnados que, falando através de seres humanos vivos, a quem os crentes se referem como "médiuns", lhes aconselham que o Noroeste Pacífico seria o lugar mais seguro num futuro cheio de terremotos, maremotos, contaminação atmosférica e contaminação da terra e das águas." The Denver Post, 16 de 1986.
Na Nova Era, a crença da reencarnação está aumentando.
"Outro índice na plataforma da Nova Era inclui médiuns, no qual os espíritos ou 'entidades', utilizam um ser humano para transmitir mensagens, experiências fora do corpo, nas quais a alma faz uma viagem, deixando o corpo atrás; e a percepção extra-sensorial, a qual facilita que a pessoa demonstre façanhas psíquicas." The News Tribune, Tacoma, Washington, segunda-feira, 13 de julho de 1987.
Comunicando-se com os mortos.
"Militares dos Estados Unidos e da CIA estão usando ocasionalmente psíquicos para espiar o armamento da União Soviética e ao General Manuel Noriega... E além de procurar ajuda neste mundo, alguns legisladores, ajudantes de congressistas e oficiais da governo, têm buscado guia espiritual. O Senador Claiborn Pell, presidente do Comitê de Relações Exteriores no Senado, ... disse quê tem... tratado de comunicar-se com seus familiares mortos." U. S. News & World Report 5 de dezembro de 1988.
Hollywood vai ao Céu.
"Os produtores de filmes estão embruxando os teatros com uma onda de filmes sobre a vida após a morte. Será que estão buscando o Todo-Poderoso, ou o todo poderoso dólar?...
Palavras que murmuram... Os produtores estão de repente em reuniões a portas fechadas considerando o intangível; morte, ressurreição, salvação, reencarnação, expiação e ainda comportamento santo. Não menos de uma dezena de filmes sobre a vida após a morte serão exibidas neste ano...
A preocupação com a vida após a morte reflete a obsessão de Los Angeles, a capital dos cristais e médiuns do país, onde as pessoas podem mencionar suas vidas antepassadas com a mesma seriedade com que fazem um checkup no motor de seus carros." Time, 3 de junho de 1991.
CONCLUSÃO
Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote esta a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que obter apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim." Jo. 14:30. Satanás nada pode achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia.
É nesta vida que devemos afastar de nós o pecado pela fé no sangue expiatório de Cristo. Nosso precioso Salvador nos convida a unir-nos a Ele, a ligar nossa fraqueza à Sua força, nossa ignorância à Sua sabedoria, aos Seus méritos nossa indignidade.
Companheiro peregrino, estamos ainda em meio às sombras e tumultos das atividades terrenas; mas logo nosso Salvador deverá aparecer para nos dar livramento e repouso. Olhemos pela fé ao bendito futuro, tal como a mão de Deus o pinta. Aquele que morreu pelos pecados do mundo está franqueando as portas do Paraíso a todo que nEle crê. Logo a batalha estará finda, e a vitória ganha. Breve veremos Aquele em quem se têm centralizado nossas esperanças de vida eterna. Em Sua presença as provas e sofrimentos desta vida parecerão como se nada fora. "Não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão". "Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. porque ainda um poucochinho de tempo. e o que há de vir virá, e não tardará." Is. 65:17; Hb, 10:35-37.