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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CULTO RACIONAL

A religião de que o homem precisa entrar em transe para sentir gozo espiritual, alegria, contentamento, e penetrar uma “nova realidade”, não se coaduna com os princípios cristãos, porque, tais emocionalismos e êxtases são, fundamentalmente, reminiscências dos cultos pagãos do passado que a Bíblia relata haver Deus ordenado sua destruição total (I Reis 18:22-39). Hoje, entretanto, imperceptivelmente, o diabo está misturando o santo com o profano, o certo com o errado, o calmo e equilibrado com o nervoso, irritadiço e barulhento. Lamentavelmente, existem cultos rotulados de evangélicos que mais parecem cerimônias pagãs do remoto passado, ou, quando nada, muito se assemelham.
Os cultos pagãos (religiões de mistério) praticados pelos magos do velho Egito e feiticeiros primitivos, eram rituais com muita música e participação física de seus adeptos, coletivamente. Não diferem também hoje, senão veja:
As tribos africanas promovem seus rituais com danças exaustivas, intenso ruído de tambores, bebidas e provas de força e coragem.
Os faquires da Índia, misturam mágica e sofrimento (cama de pregos); encantamentos e manuseio de serpentes venenosas, com muita música, canções, bebidas e cerimônias.
As modernas sessões de espiritismo, consistem em uma mesa grande onde, os adeptos, assentados, começam a cantar músicas (pontos) batendo palmas intermitentemente.
No candomblé, os tambores rufam, acompanhados de outros instrumentos musicais, com palmas, batidas de pé, rodopio do corpo, cabeça para frente e para trás, etc.
Na umbanda , a “gira” (cerimônia), geralmente se inicia com invocações das falanges (linhas dos santos) através de “pontos cantados” (cânticos com ritmo marcado por atabaque – tambor).
Todos esses rituais são extremamente contagiantes porque exigem a participação física do adepto ao compasso de estridentes e ritimadas músicas, fazendo-o chegar ao transe espírita que é, sem sombras de dúvida, produzido pelos espíritos de demônios (Apoc. 16:14).
Agora, responda o irmão com sinceridade: Não ocorrem coisas semelhantes nas igrejas renovadas e carismáticas? E no catolicismo? Quem está imitando quem?
Como vê, irmão, o culto que temos de oferecer ao Senhor tem que ser um culto racional (Rom. 12:1), isto é, com raciocínio e inteligência; sim, que expresse também nossa gratidão e alegria, e esta se completa com a música, mas... a música é para louvar a Deus e não para levar ao delírio e êxtase frenéticos.
A música que tem a propriedade de excitar e “mexer” o corpo, a cabeça, os ombros, o pé... FORA COM ELA – esta música é do malígno. A música divina e que deve fazer parte de nossa adoração é aquela que eleva o crente espiritualmente. Que o faz sentir-se junto a Deus, em suaves acordes de melodia eterna.
Portanto, nosso culto não pode, jamais, assemelhar-se às múltiplas formas de rituais explorados pelo diabo.
Ademais, levando-se em conta que nossa mente é por demais influenciável pela sua própria estrutura, temos que trazê-la cativa aos princípios santificadores, subjugando-a ao Senhor em santidade e reverente adoração, porque, música altissonante, ruído intenso, palmas, luzes, rituais e cerimônias emocionantes e excitadas são artifícios que facilitam romper as barreiras da realidade cotidiana e entrar em transe, pois tais artifícios, são potencialmente capazes de provocar alterações no nosso sistema sensor. Abra os olhos amado,
“Há no ministério homens que obtêm êxito dominando os espíritos por meio de influência humana. Eles jogam à vontade com as emoções fazendo os ouvintes chorar, e dentro de alguns minutos sorrir. Com um trabalho desta espécie, muitos são, por impulso, levados a professar a Cristo, e supõe-se haver um maravilhoso reavivamento; mas, ao sobrevir a prova, o trabalho não perdura. Os sentimentos são excitados, e muitos são levados com a onda que parece dirigir-se para o Céu; mas, na forte corrente da tentação, volvem atrás, como um galho flutuando. O obreiro se engana a si mesmo, e extravia seus ouvintes.” – Ellen Gould White.
PARAPSICOLOGIA, diz o dicionário: “Ciência que estuda experimentalmente os fenômenos ditos ocultos, considerando-os fenômenos psíquicos.” Ouça o que a parapsicologia diz sobre as “línguas”:
“O chamado fenômeno glossolálico, ocorre em casos coletivos (reuniões) e em casos individuais (fora das reuniões). Em qualquer caso, não passa de um condicionamento psicológico que acaba extravasando. Nas reuniões há uma excitação coletiva, avivada, por sugestões verbais, sermões, mensagens, orações, ‘glórias’ (no caso pentecostal), que forma uma ‘corrente’ mental, denominada campo magnético. Os mais sugestionáveis têm o cérebro induzido pelas impulsões do inconsciente, o qual tem armazenada a idéia obsedante de manifestar o ‘dom’, ou ser ‘selado’, como dizem. Então sobrevem o êxtase psíquico, e a pessoa fala coisas sem nexo. Extravasou-se o condicionamento. Ao sair do transe, sente um alívio indescritível, que supõe ser o ‘gozo do Espírito Santo’. Satisfez a doutrina e seu desejo.
“Nas reuniões espíritas, o mecanismo difere um pouco. A concentração, pelo silêncio, produz uma tensão-ambiente, que todos percebem. O ar parado e pesado, indica que algo vai ocorrer, e predispõe à expectativa. O campo magnético já se formou, desta vez sem os estímulos verbais. A idéia dinâmica leva o sensitivo (médium) ao transe, com fungações, algumas perturbações motoras, e depois o extravasamento num linguajar que, praticamente não difere do pentecostal. Outras vezes ocorrem ‘incorporações’ e o médium fala mensagens claras e inteligíveis. Pode ocorrer, embora raríssimamente, que o sensitivo fale língua estrangeira conhecida, mas isto situa-se noutra área que foge ao caso que estamos considerando.
“O fenômeno das línguas extáticas também ocorre numa pessoa fora das reuniões. Neste caso, o indivíduo fica condicionado pelo monodeísmo (idéia fixa, de falar línguas, no caso), e forma, em torno de si, ainda que inconscientemente, uma aura ‘magnética’. Forma seu campo mental com o pensamento concentrado em falar línguas, em ser ‘selado’, e esse pensamento se vitaliza e se planifica com orações persistentes em busca do ‘dom’. Haverá um dia em que se romperá o represamento do inconsciente, extravasa-se o condicionamento e ocorrerá o fenômeno. É o transbordamento da energia contida. E fala coisas que ignora, em expressões desconexas, articuladas em sílabas geralmente repetidas.” – RA, 10/76.
PENTECOSTALISMO CATÓLICO
Meu irmão, será que não podemos visualizar o maior acontecimento da história, isto é, a vinda gloriosa do Senhor Jesus cercado de todos os anjos? Será que tudo que a mídia apresentou recentemente a respeito da posição tomada pelo Vaticano, não o leva a uma profunda reflexão religiosa? Tenho algo para você, leia:
“Cresce o Pentecostalismo na Igreja Católica.” A cada domingo, pelo menos 50.000 brasileiros renegam uma parte do sono matinal para acompanhar as orações que a Renovação Carismática – uma corrente pentecostal fundamentalista da igreja – leva ao ar às 8:30 h pela Rede Bandeirantes de Televisão... Os carismáticos já passam de 2 milhões e mantêm comunidades de preces em todo o território nacional. A Renovação ainda conta com um programa semanal na Rádio São Paulo, que é retransmitido por outras 52 emissoras...
“CURAS – Durante suas reuniões, os carismáticos alegam manter um contato direto com o Espírito Santo. Essa aproximação da divindade lhes daria poderes de cura, profecias, discernimento... Outro fenômeno nessas sessões é o exercício do dom de línguas – locução e interpretação de preces e dialetos extintos ou desconhecidos... Hoje, 135 das 245 dioceses brasileiras já aprovam oficialmente os trabalhos de Renovação Carismática. Mais de 1.500 sacerdotes já passaram pelos cursos e retiros promovidos pela organização... O bispo de Formosa, em Goiás, Dom Victor Tielbeek, afirma que a Renovação é um caminho de retorno aos ensinamentos bíblicos,... mas nem por isso descuidamos dos mandamentos da igreja e do louvor à figura de Nossa Senhora.” – Veja, 23/3/88.

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