Os historiadores maçônicos admitem uma conexão com os Rosacruzes. Quase todos concordam que a franco-maçonaria deve muito a certas sociedades ocultas ou grupos que floresceram (geralmente em segredo) durante a Idade Média tardia. Os principais dentre eles foram os rosacruzes e os cavaleiros templários.1
Alguém pode achar que é forçada qualquer ligação entre os templários e a franco-maçonaria, mas os elos entre as duas sociedades secretas são mais do que conjectura. Têm 800 anos de idade.
Por exemplo, o velho castelo templário de Athlit foi desenterrado na Terra Santa. O castelo foi construído em 1218 e abandonado em 1291. Algumas das lápides continham sinais – um esquadro de pedreiro, uma pedra de prumo e um martelo de montagem. Dentre os túmulos que têm símbolos maçônicos, só há dois outros mais antigos!2
Nenhuma instituição tão poderosa quanto os templários poderia simplesmente evaporar. Alguns autores especulam que alguns dos templários acabaram na Escócia, onde suas tradições tornaram-se parte do desenvolvimento do assim-chamado "Rito Escocês" da maçonaria.3
Surgiram rapidamente imitadores dos templários. O mais notável deles foi a Ordem da Liga.4 Em 1348, poucos anos depois da queda dos templários, Edward III da Inglaterra criou esta ordem, que existe até hoje.
Há uma lenda por trás da fundação da Ordem da Liga por Edward. Supostamente o rei estava dançando com uma senhora na presença da sua corte. De repente, a liga da senhora caiu no chão. O incidente chocou a corte, e toda a dança cessou. Edward galantemente ajoelhou-se e colocou a liga em sua própria perna, dizendo: "Honi Soit qui mal y pense", que significa: "Vergonha para aquele que pensar mal disso".5
Em honra da ocasião, o rei fundou a Ordem da Liga, e a frase que disse veio a ser seu lema. Ele criou a ordem com 26 cavaleiros (13 vezes 2). Esse evento um tanto estranho torna-se mais estranho ainda quando alguém se dá conta de que no século 14 as pessoas não se chocavam com as roupas de baixo das senhoras. Essa era uma tumultuosa Inglaterra semi-pagã, e aquela liga causou escândalo por uma razão inteiramente diferente.
A liga era (e ainda é) o símbolo da sumo-sacerdotisa das bruxas.6 Quando uma sumo-sacerdotisa torna-se uma "bruxa rainha", isso é, quando seu conciliábulo de bruxas divide-se, gerando outro com as suas próprias sacerdotisas, ela adquire uma fivela de prata, com a forma da lua em quarto-crescente, para a sua liga. Para cada conciliábulo criado após isso, uma nova fivela é acrescentada. Alguns historiadores especulam que a senhora com a qual Edward estava dançando era uma "bruxa rainha".7 Caindo sua liga numa corte de professos cristãos seria a ocasião para que a mulher fosse presa.
Por expressar aprovação, Edward deu sua bênção à senhora e à sua religião. Ele pode ter desejado dizer: "Vergonha para aquele que pensar mal da feitiçaria", o que é sustentado pela escolha do rei de dois grupos de 13 cavaleiros, sendo 13 tanto o tamanho de um conciliábulo quanto o número de festas lunares (sabats) num dado ano.
Até hoje, o monarca da Inglaterra é o chefe da Ordem da Liga (bem como patrono da maçonaria), e quando vestido com todos os trajes da ordem veste um manto com 168 ligas, além de uma realmente vestida na sua perna. Isso soma 169 – treze vezes treze. A rainha da Inglaterra pode, consciente ou inconscientemente, ser a bruxa rainha da sua nação!
O que aconteceu com os ensinos secretos da Ordem dos templários em meio a todas estas cópias? Onde foi acabar essa estranha mistura do cristianismo, dos Hashishim e dos Yetzidis?
Nenhum comentário:
Postar um comentário