Depois de voltar de Roma, Lutero recebeu, na Universidade de Wittemberg, o grau de doutor em teologia. Fizera solene voto de estudar cuidadosamente a Palavra de Deus e. todos os dias de sua vida, pregá-la com fidelidade e não os dizeres e doutrinas dos papas. Não mais era o simples monge ou professor, mas o autorizado arauto da Bíblia. Declarava firmemente que os cristãos não deveriam receber outras doutrinas senão as que se apoiam na autoridade das Sagradas Escrituras. Estas palavras reriram o próprio fundamento da supremacia papal. Continham o princípio vital da Reforma.
Acendeu-se em Wittemberg uma luz cujos raios deveriam estender-se às regiões mais remotas da Terra, aumentando em brilho até o final do tempo. Mas a luz e as trevas não podem combinar. Entre a verdade e o erro há um conflito irreprimível. Apoiar e defendei um é atacar e subverter outro. Disse Lutero, alguns anos depois do início da Reforma: "Deus não me guia, Ele me impele avante, arrebata-me. Não sou senhor de mim mesmo. Desejo viver em repouso, mas sou arrojado ao meio de tumultos e revoluções." D' Aubigné, livro 5, cap. 2.
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