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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Por que a Bíblia tem 66 livros e não 74, 50…?

RESPOSTA: A Bíblia tem 66 livros por que eles são o que de mais importante há para a salvação do ser humano (conferir João 5:39). Existem outros escritos dos profetas que não estão na Bíblia (1 Crônicas 29:29; 2 Crônicas 9:29); isso pelo motivo de Deus julgar certos assuntos como tendo uma importância apenas local ou para o contexto da época.
O número de livros foi definido por (1) profetas e escribas e (2) pela igreja cristã. Vou explicar: Nos dias de Esdras e Neemias fechou-se a lista dos 39 do Antigo Testamento. A evidência disso podemos ver no fato de que, depois de tais escribas, nenhum outro livro foi incorporado à lista de livros considerados vindos de Deus (inspiração do pensamento).
Já a igreja Cristã – antes de existir o catolicismo – definiu 27 escritos como fazendo parte da lista daqueles que compõem o Novo Testamento. Tal fato é provado através de 2 Pedro 3:15, 16. Nesses versos o apóstolo Pedro considera as cartas de Paulo como sendo parte das “Escrituras”.
A história também nos ajuda a descobrir por que foram somente 27 livros. O cristianismo, especialmente no final do I século vinha sofrendo fortes influências gnósticas que procuravam misturar ensinamentos errados com aqueles revelados na Bíblia. Para proteger os livros do Novo Testamento a igreja primitiva fechou a listagem e, desse modo, nenhum escrito apócrifo (de autor desconhecido) encontrou lugar entre os considerados sagrados.
A Igreja Católica passou a existir por volta do séc. III e muito antes a igreja cristã, no final do séc. I, já havia estabelecido (com base em algumas regras) os evangelhos e cartas apostólicas que realmente tinham sido escritas pelos verdadeiros autores. Portanto, a lista de Atanásio e os concílios de Hipona (393 d.C) e de Cartago (397 d.C) nada têm a ver com a formação da Bíblia. Ele apenas “oficializaram a opinião geral das igrejas” (Pedro Apolinário. História do texto bíblico – crítica textual. São Paulo: Seminário Latino Americano de Teologia, 1985, p. 156).

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