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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Etnografia das americas
Do ponto de vista etnográfico, a população americana é composta por três grandes grupos humanos: os ameríndios, divididos em várias sub-raças; os brancos, originários de diferentes pontos da Europa; e os negros, descendentes dos escravos procedentes da África.
Os índios americanos constituem hoje uma minoria no conjunto do continente, embora hajam sobrevivido em estado puro ou com diversos graus de mestiçagem no Canadá, nas reservas dos Estados Unidos e em quase toda a América Latina.
Cerca da metade da população canadense é de origem inglesa e aproximadamente trinta por cento de origem francesa; o restante é constituído por descendentes de imigrantes europeus de outras nacionalidades e por uma reduzida porcentagem de indígenas e esquimós. A maioria dos habitantes dos Estados Unidos são brancos, sobretudo de origem anglo-saxônica; os negros constituem cerca de 12,5% da população, que inclui ainda importantes minorias de hispânicos (principalmente latino-americanos), asiáticos e judeus.
Índios e brancos coexistem no território mexicano, embora a maior parte da população seja composta por mestiços, com variáveis níveis de cruzamento entre as raças. A América Central é habitada por brancos, negros, índios e mestiços, à exceção da Costa Rica, povoada quase que exclusivamente por brancos. Nas Antilhas a população indígena desapareceu nos primeiros séculos da colonização; isso fez com que a maior parte da população atual seja composta por brancos, negros e mulatos.
Apesar da mortandade maciça de índios, em conseqüência das epidemias trazidas do Velho Mundo e dos trabalhos forçados impostos pelos colonizadores, a população indígena e mestiça da América do Sul continua sendo majoritária na Colômbia (chibchas), no Equador, no Peru, na Bolívia (quêchuas e aimarás) e no Paraguai (guaranis), além de manter importantes redutos na Venezuela, nas Guianas, no Chile e na Terra do Fogo. A população negra e mulata é importante no Brasil e predomina nas Guianas, enquanto os brancos são maioria no Chile, na Argentina, no Uruguai e, em menor proporção, no Brasil.
A América se divide em duas grandes áreas lingüísticas: a América anglo-saxônica, constituída pelos Estados Unidos e pela maior parte do Canadá, e a América Latina (espanhola e portuguesa), que abrange desde o México até o extremo meridional da América do Sul. O espanhol é falado em vários pontos dos Estados Unidos (população de origem hispânica), no México, na América Central, nas principais ilhas do Caribe (Cuba, República Dominicana e Porto Rico) e em toda a América do Sul, à exceção das Guianas (que utilizam o inglês, o francês e o holandês) e do Brasil, onde se fala o português. O inglês é a língua oficial dos Estados Unidos e do Canadá, de alguns países da América Central e das Antilhas (Belize, Jamaica e diversas ilhas menores) e da Guiana. Além desses grandes grupos lingüísticos, cabe assinalar a presença de outros idiomas de menor uso: o francês, no leste do Canadá (Quebec e Nova Brunswick), no Haiti, nas Antilhas francesas e na Guiana Francesa; o holandês, no Suriname, e diversas línguas ameríndias no Canadá (esquimó e atapasco), Estados Unidos (sioux, atapasco etc.), México (náuatle e maia, principalmente), Colômbia (chibcha), Andes setentrionais e centrais (quíchua e aimará), Amazônia (aruaque, tupi-guarani), Paraguai (guarani) e sul do Chile (mapuche).
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