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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Hidrografia da america
O continente americano possui grandes bacias fluviais e extensos e numerosos depósitos lacustres. A disposição de suas cordilheiras, situadas principalmente na borda ocidental, determina um maior desenvolvimento das bacias para a vertente do Atlântico, enquanto que, na do Pacífico, os rios são em geral curtos, rápidos e mais irregulares.
Os rios que desembocam no oceano Glacial Ártico são caudalosos, mas congelam-se durante o inverno, o que limita as possibilidades de navegação; entre eles destacam-se o Yukon e o Mackenzie, este último alimentado por vários lagos e, em menor escala, o Back e uma série de rios pequenos que desembocam na baía de Hudson: o Chesterfield, o Churchill, o Nelson, o Hayes, o Severn e o Albany.
A vertente do Atlântico recolhe as águas procedentes das altas cordilheiras ocidentais (montanhas Rochosas, Andes), formando rios e lagos caudalosos. Na região dos grandes lagos norte-americanos nascem o São Lourenço, com grande capacidade hidrelétrica e de transporte, e o Hudson. O Mississippi, com 3.779km de extensão, recebe as águas da vertente oriental das Rochosas (Missouri, Platte, Arkansas, Canadian, Vermelho) e da vertente ocidental dos Apalaches (Ohio, Tennessee), o que configura um leito navegável de várias centenas de quilômetros. O rio Bravo, ou Grande do Norte, formado pela confluência dos rios Conchos e Pecos, constitui a fronteira natural entre os Estados Unidos e o México. Nesse último país e na América Central os rios são mais curtos. Destacam-se o Pánuco, o Papaloapan e o Usumacinta, no México; o Motágua, na Guatemala; o Patuca, em Honduras; o Coco, na fronteira entre Honduras e Nicarágua e o Grande, na Nicarágua.
A vertente oriental da América do Sul beneficia-se da altitude dos Andes e do regime pluviométrico equatorial e tropical que domina a maior parte do território. O Magdalena (Colômbia) e o Orinoco (Venezuela) são os principais rios do norte desse subcontinente. Um pouco mais ao sul da linha do equador corre o Amazonas, maior rio do mundo em volume d’água e que apresenta também a maior bacia hidrográfica do planeta. Os rios Negro, Putumayo, Marañón, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu são seus principais afluentes.
O Parnaíba e o São Francisco constituem os principais rios do planalto Brasileiro, juntamente com o Tocantins (que desemboca no grande delta do Amazonas) e o Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam o amplo e profundo estuário do rio da Prata. O leito do Paraná-Paraguai é navegável até Corrientes, onde os dois rios se unem. A cordilheira da Patagônia dá origem ao Colorado, ao Negro e ao Chubut.
Ao contrário do que ocorre na vertente atlântica, na costa do Pacífico poucos rios alcançam um caudal ou uma extensão dignos de nota. Os mais importantes encontram-se na América do Norte: o Fraser, no Canadá; o Columbia e seu afluente, o Snake, e o Colorado, que percorre o Grande Canyon, nos Estados Unidos.
Os depósitos lacustres são muito numerosos na América do Norte. No Canadá encontram-se os lagos glaciais do Urso, dos Escravos, o Athabasca, o Wollaston, o Reindeer, o Southern Indian, o Winnipeg e o Manitoba. Na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos situam-se os cinco grandes lagos, denominados Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontario; em Utah (oeste dos Estados Unidos) encontra-se o Grande Lago Salgado. No México destaca-se o lago de Chapala e na América Central os de Nicarágua e Manágua, ambos na Nicarágua, e o de Gatún, no Panamá, atravessado pelo canal que liga o Atlântico ao Pacífico. No planalto andino encontram-se os lagos mais altos do mundo, o Titicaca (3.810m de altitude) e o Poopó (3.686m). Finalmente, o lago Mar Chiquita, na Argentina, e a lagoa dos Patos, no sul do Brasil, constituem as principais bacias interiores do cone sul do continente americano.
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