Pesquisar este blog
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
A REFORMA ANGLICANA
A busca do poder político e econômico do rei da Inglaterra
Henrique VIII (1509-1547), rei da Inglater¬ra, tinha sido um fiel aliado do papa, recebendo o título de Defensor da Fé. Entretanto, urna série de questões políticas e econômicas o leva¬ram a romper com a Igreja católica e a fundar urna Igreja nacional na Inglaterra, isto é, a Igre¬ja anglicana.
Entre os principais fatores que provocaram a Reforma anglicana, destacam-se os seguintes:
- Fortalecimento da monarquia: a Igre¬ja católica exercia grande influencia políti¬ca na Inglaterra. Era dona de grande parte das terras e monopolizava o comércio de re¬líquias sagradas. Para fortalecer o poder da monarquia inglesa, Henrique VIII teria que reduzir a influência do papa dentro da Ingla¬terra.
- Posse das terras da Igreja: a nobreza capitalista inglesa queria apossar-se das terras e dos bens da Igreja. Para isso era preci¬so apoiar o rei, a fim de enfraquecer os pode¬res da Igreja católica.
- Recusa ao pedido de divórcio do rei Henrique VIII: casado com a princesa espanhola Catarina de Aragão, Henrique VIII teve com ela uma filha para sucedê-lo no tro¬no. Entretanto o rei estava bastante descon¬tente com seu casamento. Primeiro, devido à origem espanhola de sua esposa, já que a Espanha era inimiga da Inglaterra. Segun¬do, porque desejava um herdeiro masculino e pretendia casar-se com Ana Bolena. Assim, em 1529 pediu ao papa que anulasse seu matrimônio com Catarina de Aragão, mas seu pedido foi recusado. Apesar disso, Hen¬rique VIII conseguiu que o alto clero inglês e o parlamento reconhecessem a validade de suas intenções. Em 1534, o parlamento inglês votou o Ato de Supremacia, pelo qual considerava Henrique VIII o chefe su¬premo da Igreja da Inglaterra. Criava-se a nova Igreja anglicana, mas nada foi modificado em termos de doutrina e culto em relação a católica.
Os ingleses, por juramento, deviam submeter-se ao rei da Inglaterra e não ao papa, caso contrário seriam excomungados e perseguidos pela justiça real. Houve pouca resistência, nela incluída a de Tomás Morus, (autor do livro Utopia), que foi decapitado.
Após a fundação da Igreja anglicana, surgiram, com os sucessores de Henrique VIII, urna série de lutas religiosas internas. Primei¬ro, no governo de Eduardo VI (1547-1553), ten¬tou-se implantar o calvinismo no país. Depois, no governo de Maria Tudor (1553-1558), filha de Catarina de Aragão, houve a reação católi¬ca. Somente no reinado de Elizabete I (1558-1603) aconteceu a consolidação da Igre¬ja anglicana, com a mistura de elementos do catolicismo e da doutrina protestante.
O calvinismo conseguiu, entretanto, grande número de adeptos entre a burguesia manufatureira. Foi entre os calvinistas que surgiram os grandes líderes da Revolução Inglesa do século XVII, revolução que rompeu de vez com que restava do sistema feudal na Inglaterra, promoveu o avanço do capitalismo.
Reforma Protestante do Século XVI
- Luteralismo
- Calvinismo
- Anglicanismo
São Mateus – Abril de 1999 – Nacional
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário