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quinta-feira, 7 de junho de 2018

VIAGEM AO CENTRO DO CORAÇÃO



Marcelo Augusto de Carvalho

Êxodo 20.17:“Não cobiçarás”.

O que há no centro do coração humano? Qual a maior inclinação do caráter depravado do homem.
Analisar a história de Acã. Josué 7 e Patriarcas e Profetas 523.
- Este mandamento ordena a proteção contra as ambições erradas.

O QUE É A COBIÇA?
§  É possuir no coração uma intenção oculta que mais tarde se manifesta em ações concretas de furto e roubo.
§  Desejos íntimos que se revelam como intrigas para se apoderar dos bens do próximo.
§  Amor desordenado pelo mundo.
§  Quando o mundo é o objeto da cobiça, o ídolo do qual o homem cobiçoso não se pode separar.

QUAL É A NATUREZA DA COBIÇA?
a)    Suas características principais, segundo Gên. 3.6, exemplificadas na vida de Eva, são: boa para se comer, agradável aos olhos, e desejável para o entendimento.
b)    A cobiça estimula o paladar, influencia a vista e afeta a mente humana.
c)    A beleza da árvore foi a isca que levou nossos primeiros pais ao primeiro pecado na Terra.
d)    A cobiça multiplica a maldade. Gên. 6.5.
e)    A cobiça é tão forte na natureza pecaminosa que faz gente grande chorar. Núm. 11.4.
f)     Acabe cobiçou a vinha de Nabote com tanta intensidade que não conseguiu mais comer, de tanto desgosto. A mesma cobiça inflamou Jazabel, causando o assassinato de Nabote. I Reis 21.
g)    Há uma íntima relação entre a cobiça e a quebra do primeiro mandamento. Deut. 7.25.
h)    A cobiça leva à outros pecados também, como o adultério e o homicídio. II Sam. 11.
i)     Para Paulo, a cobiça é a raiz de todos os males. I Tim. 6.10.
j)     Jesus mostra que a cobiça é um vício. Mar. 7.22.
k)    A cobiça é uma característica dos incrédulos, idolatria e prática herética. Efé. 4.19, Colo. 3.5, I Tes. 2.5.
l)      A cobiça já levou a muitos e continuará levando a todos os que a amam à apostasia  e ao tormento desta vida e eterno.
m)  Cobiçar é enganoso, pois nem sempre leva aos resultados desejados. Tia. 4.2. 

ABRANGÊNCIA.
1.    Não Cobiçar a mulher, os empregados, os animais e todos os bens materiais e ideais do próximo.
2.   

 
Não cobiçar a mulher adúltera e sua aparente formosura. Prov. 6.25.
3.    Não cobiçar os finos manjares do governador ou rei. Prov. 23.3,6.
4.    Não invejar os homens malignos e suas vantagens materiais. Prov. 24.1.
5.    A ganância generalizada entre adultos e crianças, e até entre os líderes espirituais levou Judá ao cativeiro. Jer. 6.9. Em resultado deste pecado, as mulheres e os campos foram entregues a outros. Isto ocorreu quando Nabucodonosor invadiu Jerusalém, as mulheres foram violadas e a terra prometida foi tomada. Jer. 22.17.

COMO OBSERVAR ESTE MANDAMENTO?
1.    Encontrar satisfação na Palavra de Deus, em vez de Ter prazer no objeto mundano cobiçado. Sal. 119.36 Em si, o prazer, o desejo e a cobiça não são errados. Tudo depende do objeto do prazer. Qual é o objeto de nossa cobiça? Sal. 1.1-2.
2.    Ser grato a Deus por tudo o que nos tem feito e dado. Sal. 37.4.
3.    Defender e promover o bem-estar social dos pobres, do oprimidos e dos órfãos. Quando alcançamos o equilíbrio sócio-econômico, cortamos pela raiz uma forte tendência para a cobiça. Isto só é alcançado quando repartimos o que temos.
4.    Manter a alma satisfeita. Sal. 116.7. Paulo é nosso grande exemplo. Quando seu sustento não era suficiente, ele trabalhava em sua profissão secular como fabricante de tendas. Ele sabia muito bem viver com pouco ou muito, porque aprendera a estar satisfeito com aquilo que Deus lhe providenciava. Ele vencia a cobiça trabalhando cada dia, socorrendo os necessitados, e dava assistência liberal a quem precisava.
5.    Esperar no Senhor. Sal. 42.5. Muitas vezes cobiçamos porque não queremos esperar pelos planos divinos. Achamos que logo passaremos necessidade e privações. Precisamos aprender a esperar para que Deus aja no tempo que lhe aprouver.
EX- Davi aprendeu a esperar em Deus. Faltando alimento ou proteção, ele nem assim cobiçou a abundância do rei Saul, e nem mesmo tentou tomar o poder e o reinado, apesar de Ter sido ungido para ser o rei. Ele entregou sua vida nas mãos do Senhor e esperou 18 anos, até que se tornou rei de Israel.
* Quem é o objeto de nossa espera, de nossos desejos e ambições íntimas? O Senhor?
6-  Abençoar ao próximo, em vez de cobiçar o que dele é. II Cor. 9.5.
- Assim fez Davi em relação à Saul.
- Assim fez João Batista em relação a Jesus dizendo: “Que Ele cresça e eu diminua”. Por isto foi chamado por Cristo o maior homem nascido de mulher.
7- Pedir a Deus que mude nossa perspectiva da vida.
§  O desafio da cobiça é uma questão de perspectiva, que pode ser antropocêntrica- o homem como solução para tudo, ou teocêntrica- Deus é meu refúgio e fortaleza.
§  A perspectiva humana nos leva a cobiçar as coisas mundanas.
§  A perspectiva divina nos leva a cobiçar as coisas celestiais, espirituais da vida.
8- Crucificar a carne, a natureza pecaminosa que temos. Gál. 5.24.
9- A boa vontade. I Ped. 5.2.
- Pedir a Deus que nos modifique a vontade de fazer o que é mau, para que possamos amar o bem.
10- Orar. Tia. 4.2.
- A oração desvia os pensamentos das coisas terrenas que pertencem ao próximo e abre os olhos para as coisas eternas que vêm do Senhor.
11- Assumir conscientemente a condição de peregrino e forasteiro nesta terra.
- Assim não somos tentados a viver ansiosamente para as coisas deste mundo, e nem desejaremos adotar os princípios deste século.
12- Ter espírito hospitaleiro. Rom. 12.13.
- É um princípio de vida que visa compartilhar com o próximo aquilo que nos é mais caro na vida: nosso conforto pessoal.
Jesus é o nosso maior exemplo de não cobiça. Mat.4. Imitemos Seu exemplo através da convivência.

FONTE: A ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler, Editora Vida Nova 

APELO: O QUE HÁ NO CENTRO DO SEU CORAÇÃO?

Pr. MARCELO CARVALHO DEZEMBRO DE 1997 SP

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