Marcelo Augusto
de Carvalho
Êxodo 20.17:“Não cobiçarás”.
O que há no centro do coração humano? Qual a maior
inclinação do caráter depravado do homem.
Analisar a história de Acã. Josué
7 e Patriarcas e Profetas 523.
- Este mandamento ordena a proteção contra as
ambições erradas.
O QUE É A COBIÇA?
§
É possuir no coração uma intenção oculta que mais
tarde se manifesta em ações concretas de furto e roubo.
§
Desejos íntimos que se revelam como intrigas para
se apoderar dos bens do próximo.
§
Amor desordenado pelo mundo.
§
Quando o mundo é o objeto da cobiça, o ídolo do
qual o homem cobiçoso não se pode separar.
QUAL É A NATUREZA DA COBIÇA?
a) Suas
características principais, segundo Gên. 3.6, exemplificadas na vida de
Eva, são: boa para se comer, agradável aos olhos, e desejável para o
entendimento.
b) A
cobiça estimula o paladar, influencia a vista e afeta a mente humana.
c) A beleza
da árvore foi a isca que levou nossos primeiros pais ao primeiro pecado na
Terra.
d) A
cobiça multiplica a maldade. Gên. 6.5.
e) A
cobiça é tão forte na natureza pecaminosa que faz gente grande chorar. Núm.
11.4.
f) Acabe
cobiçou a vinha de Nabote com tanta intensidade que não conseguiu mais comer,
de tanto desgosto. A mesma cobiça inflamou Jazabel, causando o assassinato
de Nabote. I Reis 21.
g) Há
uma íntima relação entre a cobiça e a quebra do primeiro mandamento. Deut.
7.25.
h) A
cobiça leva à outros pecados também, como o adultério e o homicídio. II
Sam. 11.
i) Para
Paulo, a cobiça é a raiz de todos os males. I Tim. 6.10.
j) Jesus
mostra que a cobiça é um vício. Mar. 7.22.
k) A
cobiça é uma característica dos incrédulos, idolatria e prática herética. Efé.
4.19, Colo. 3.5, I Tes. 2.5.
l) A
cobiça já levou a muitos e continuará levando a todos os que a amam à apostasia
e ao tormento desta vida e eterno.
m) Cobiçar
é enganoso, pois nem sempre leva aos resultados desejados. Tia.
4.2.
ABRANGÊNCIA.
1. Não
Cobiçar a mulher, os empregados, os animais e todos os bens materiais e ideais
do próximo.
2.
Não cobiçar a mulher adúltera e sua aparente
formosura. Prov. 6.25.
|
3. Não
cobiçar os finos manjares do governador ou rei. Prov.
23.3,6.
4. Não
invejar os homens malignos e suas vantagens materiais. Prov.
24.1.
5. A
ganância generalizada entre adultos e crianças, e até entre os líderes
espirituais levou Judá ao cativeiro. Jer. 6.9. Em resultado deste pecado, as mulheres e
os campos foram entregues a outros. Isto ocorreu quando Nabucodonosor invadiu
Jerusalém, as mulheres foram violadas e a terra prometida foi tomada. Jer.
22.17.
COMO OBSERVAR ESTE MANDAMENTO?
1. Encontrar
satisfação na Palavra de Deus, em vez de Ter prazer no objeto mundano cobiçado.
Sal. 119.36
Em si, o prazer, o desejo e a cobiça não são errados. Tudo depende do objeto
do prazer. Qual é o objeto de nossa cobiça? Sal. 1.1-2.
2. Ser
grato a Deus por tudo o que nos tem feito e dado. Sal.
37.4.
3. Defender
e promover o bem-estar social dos pobres, do oprimidos e dos órfãos. Quando
alcançamos o equilíbrio sócio-econômico, cortamos pela raiz uma forte tendência
para a cobiça. Isto só é alcançado quando repartimos o que temos.
4. Manter
a alma satisfeita. Sal. 116.7.
Paulo é nosso grande exemplo. Quando seu sustento não era
suficiente, ele trabalhava em sua profissão secular como fabricante de tendas. Ele sabia muito bem
viver com pouco ou muito, porque aprendera a estar satisfeito com aquilo que
Deus lhe providenciava.
Ele vencia a cobiça trabalhando cada dia, socorrendo os necessitados, e
dava assistência liberal a quem precisava.
5. Esperar
no Senhor. Sal. 42.5. Muitas vezes cobiçamos porque não
queremos esperar pelos planos divinos. Achamos que logo passaremos necessidade
e privações. Precisamos aprender a esperar para que Deus aja no tempo que lhe
aprouver.
EX- Davi aprendeu a esperar em Deus. Faltando
alimento ou proteção, ele nem assim cobiçou a abundância do rei Saul, e nem
mesmo tentou tomar o poder e o reinado, apesar de Ter sido ungido para ser o
rei. Ele entregou sua vida nas mãos do Senhor e esperou 18 anos, até que se
tornou rei de Israel.
* Quem é o objeto de nossa espera, de nossos
desejos e ambições íntimas? O Senhor?
6-
Abençoar ao próximo, em vez de cobiçar o que dele é. II
Cor. 9.5.
- Assim fez Davi em relação à Saul.
- Assim fez João Batista em relação a Jesus
dizendo: “Que Ele cresça e eu diminua”. Por isto foi chamado por Cristo o maior
homem nascido de mulher.
7- Pedir a Deus que mude nossa perspectiva da
vida.
§
O desafio da cobiça é uma questão de perspectiva,
que pode ser antropocêntrica- o homem como solução para tudo, ou teocêntrica-
Deus é meu refúgio e fortaleza.
§
A perspectiva humana nos leva a cobiçar as coisas
mundanas.
§
A perspectiva divina nos leva a cobiçar as coisas
celestiais, espirituais da vida.
8- Crucificar a carne, a natureza pecaminosa que
temos. Gál. 5.24.
9- A boa vontade. I Ped. 5.2.
- Pedir a Deus que nos modifique a vontade de fazer
o que é mau, para que possamos amar o bem.
10- Orar. Tia. 4.2.
- A oração desvia os pensamentos das coisas
terrenas que pertencem ao próximo e abre os olhos para as coisas eternas que
vêm do Senhor.
11- Assumir conscientemente a condição de
peregrino e forasteiro nesta terra.
- Assim não somos tentados a viver ansiosamente para
as coisas deste mundo, e nem desejaremos adotar os princípios deste século.
12- Ter espírito hospitaleiro. Rom. 12.13.
- É um princípio de vida que visa compartilhar com
o próximo aquilo que nos é mais caro na vida: nosso conforto pessoal.
Jesus é o nosso maior exemplo de não cobiça. Mat.4.
Imitemos Seu exemplo através da convivência.
FONTE: A ética dos 10 mandamentos, H.U.Reifler,
Editora Vida Nova
APELO: O QUE HÁ NO CENTRO DO SEU CORAÇÃO?
Pr.
MARCELO CARVALHO DEZEMBRO DE 1997 SP
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