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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

QUEM É O PAI DESTE MENINO?




Pr. Marcelo Augusto de Carvalho


Isa. 14.12-14

- Os seres criados por Deus, antes do homem, viviam em perfeita harmonia e felicidade por todo o Universo.
- Eram de todas as estaturas, nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar onde viviam.
- Os anjos, que também faziam parte destes seres, mas que de maneira especial serviam a Deus em Seus trabalhos, gozavam desta mesma atmosfera.
- A alegria dos anjos consistia em cumprir o propósito do Criador.
- Lúcifer foi criado para dirigir a todos os anjos.
- Era o maior, mais belo, mais poderoso e mais inteligente dos seres criados por Deus. Seu semblante era suave e exprimia felicidade. Sua testa era alta e larga, sua forma era perfeita, seu porte nobre e majestoso. Era o primeiro dos querubins. Os raios da glória de Deus caíam sobre Ele quando estava à beira do trono de Deus. Eze. 28.12-15.
- Mas pouco a pouco ele veio a condescender com o desejo de exaltação própria.
- Ele começou a achar que sua enorme glória vinha dele mesmo.
- Arriscou-se a cobiçar a homenagem devida somente ao Criador.
- Cobiçou o lugar de Jesus na trindade, pensando que aquele lugar privilegiado deveria ser seu, e não de Cristo. Este ciúme começou quando Deus o Pai chamou ao Filho para juntos criarem o homem, mas não o chamou. Ele desejava ser consultado sobre a formação do homem.
- Sentindo-se traído por Deus, abrigou em seu coração ressentimentos contra o Criador, e discutiu suas idéias com os anjos.
- Os demais anjos insistiram com Lúcifer de que ele estava equivocado.
- O próprio Jesus apresentou-lhe a bondade e a justiça do Criador. 
- O Pai advertiu-o de suas equivocadas ações, mas tal ato apenas despertou nele espírito de resistência.
- Lúcifer passou a empenhar toda sua enorme capacidade em prol da luta aberta contra o Criador,  e do engano de seus confederados.
- Antes que se iniciasse uma luta, ou grande rebelião, o Pai convocou os exércitos celestiais para que, na presença de Lúcifer, fosse apresentada a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Jesus mantinha para com todos os seres criados.
- Perante todos, O Pai declarou que ninguém, a não ser Cristo, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade.
- Os anjos alegremente reconheceram a supremacia de Cristo, e prostrando-se, o adoraram felizes.
- Lúcifer também curvou-se, adorou o Criador, pois seu ser ainda fremia de amor por Ele.
- Mas pouco tempo depois, voltou a ser tão arrogante como antes. Deixando a presença de Deus, passou a difundir suais idéias de rebelião com os anjos.
- Por algum tempo agiu em segredo, sob uma aparência de reverência para com Deus. Dizia que:
1-   Conquanto as leis divinas pudessem ser necessárias aos habitantes dos mundos, os anjos não necessitavam de tais restrições, pois eram mais elevados por natureza do que aqueles, e sua sabedoria era um guia suficiente para eles.
2-   Afirmou que era injusta a exaltação do Filho, sem que ele também recebesse tal homenagem.
3-   Que agora todos no universo haviam perdido sua liberdade, pois Deus colocara sobre eles um governador absoluto: Jesus Cristo.
4-   E prometeu a todos que se ele fosse colocado no governo do Universo, todos se beneficiariam, pois ele lhes daria liberdade sem limites.
- O Filho sempre fora Deus, e sempre estivera ligado ao Pai em seus conselhos e obras. Aquela exaltação de Cristo fora feita apenas por causa das insinuações de Lúcifer, bem no começo de sua rebelião. Quando Lúcifer foi criado, o Filho já era Deus, pois sempre o foi.
- Tirando vantagem da amável lealdade nele depositada pelos anjos que estavam sob suas ordens, com muita sutileza Lúcifer infiltrou neles suas desconfianças e descontentamento.
- Astutamente levou-os a darem expressão aos seus sentimentos; depois ele repetiu tais expressões quando lhe foi conveniente, justamente para provar que os anjos estavam realmente descontentes com o governo de Deus.
- Insistia ele que modificações na ordem e leis do Céu eram necessárias para a estabilidade do governo divino.
- Hipócrita e ostensivamente dizia que estava ele procurando remover o descontentamento dos anjos, e reconcili-á-los à ordem do Céu.
- Seu trabalho deu resultado, e muitos anjos ficaram a seu lado.
- Deus suportou longamente a Lúcifer.
- Provou-se que sua desafeição era sem causa, e fêz-se-lhe ver qual seria o resultado de persistir em sua revolta.
- Lúcifer estava convencido de que não tinha razão. Deus é justo, assim como todas as suas leis.
- Ele não tinha neste tempo repelido totalmente sua lealdade a Deus. Quase chegou à decisão de voltar atrás; mas o orgulho o impediu disto.
- Era sacrifício demasiado grande, para quem fora tão honrado, confessar que estivera em erro, e ainda render-se à autoridade que ele procurara demonstrar ser injusta.
- Deus fez tudo para que ele se arrependesse. Mas ele apontou essa longanimidade como uma prova de sua superioridade, como indicação de que o Rei do universo acederia às suas imposições. Declarou que se os anjos continuassem firmes a seu lado, poderiam ganhar tudo o que desejaram conquistar.
- Persistentemente defendeu sua conduta, e entregou-se amplamente ao conflito contra o seu Criador. Por isto tornou-se Satanás- o adversário de Deus. E disse:
1- Rejeitando com desdém os argumentos e rogos dos anjos fiéis, acusou-os de serem escravos iludidos.
2- Prometeu a todos os que o seguissem um governo novo e melhor, com liberdade sem limites.
- Os anjos fiéis instaram com ele e com os demais revoltosos, dizendo que:
1-   Se assim continuassem, Deus poderia subverter seu poder, e castigá-los terrivelmente;
2-   Que nenhum anjo poderia com êxito opor-se à lei de Deus;
3-   Que buscassem a Deus por Seu perdão, sem demora.
- Muitos estiveram dispostos a voltar a trás. Mas Lúcifer disse-lhes:
1-   Que haviam ido longe demais para voltarem;
2-   Que ele, que havia habitado na presença de Deus, conhecia como ninguém a lei de Deus, e sabia que Ele não os perdoaria jamais.
3-   Que todos seriam despojados de sua honra, e rebaixados de sua posição celestial;
4-   E que ele estava disposto a continuar rebelde para sempre.
- Lúcifer realmente havia ido longe demais. Mas os demais rebeldes ainda tinham chance de pleno perdão.
- Mas o orgulho, o amor para com seu chefe, e o desejo de uma liberdade sem restrições levou-os a acompanharem a Lúcifer até às últimas conseqüências. Foram 1/3 dos anjos.
* Deus poderia tê-los destruído naquele momento. Assim se livraria de muitos problemas. Por que não o fez?
1-   Era necessário que os planos de Lúcifer se desenvolvessem plenamente para que todos pudessem ver sua verdadeira natureza e tendência.
2-   Lúcifer era grandemente amado pelos seres celestiais, e forte era a sua influência sobre eles. Se fosse destruído, muitos não entenderiam plenamente as ações de Deus.
3-   Todos os atos de Lúcifer era tão revestidos de mistério que era difícil descobrir a verdadeira natureza de sua obra.
4-   Antes que se desenvolvesse completamente sua obra, não poderia mostrar a coisa ruim que era; sua desafeição não seria vista como sendo rebelião.
5-   Tudo que era simples ele envolvia em mistério, e por artificiosa perversão lançava dúvida sobre as mais claras declarações de Jeová.
6-   Sua posição tão intimamente ligada ao governo divino dava maior força a suas representações.
7-   A discórdia que ele criara, lançou-a sobre deus, dizendo que todo o mal era o resultado da administração divina.
8-   Se fosse destruído, muitos serviriam a Deus por medo de também serem destruídos se fossem rebeldes.
9-   Para dissolver eternamente todas as dúvidas quanto a Seu caráter e Sua lei, Deus não destruiu a Satanás, mas permitiu que ele provasse suas mentiras.
- Foi expulso do Céu, mas como ocorrera lá, pensou ele que poderia fazer nos outros mundos habitados.
- Pena que o mundo que aceitou suas mentiras foi o nosso.
- O erro de Adão e Eva foi:
1-   Dizer por sua ação que Deus havia sido arbitrário com a liberdade deles;
2-   Procurar essa liberdade maior comendo o fruto;
3-   Desejar conhecer o bem e o mal- capacidade apenas divina.
4-   Não confiar de que os planos divinos são os melhores planos para a vida.
- Deus permitiu que o pecado entrasse neste mundo. Assim todo o universo pôde estudar a Deus e a Satanás pela sua interferência nas ações e história humana.
- A maior prova de que Satanás estava errado foi a encarnação de Jesus:
1-   Ele se humilhou tornando-se humano;
2-   Ele provou a todos que é possível observar a lei divina, não só em estado de santidade, mas entre as piores situações pecaminosas que possam existir.
3-   Ele provou que merecia ser exaltado junto com o Pai por sua conduta filial durante Sua vida terrestre.
4-   Ele provou que é amor pois morreu por nós.
- Na cruz, todas as simpatias que o Universo ainda sentia por Lúcifer acabaram. A morte de Jesus decretou que Lúcifer estava derrotado, e uma data foi colocada para sua sentença final.
- Nada é mais claramente ensinado nas Escrituras do que o fato de não haver sido Deus de maneira alguma responsável pela manifestação e os resultados do pecado.
- Todas as desgraças e miséria que sofremos são planejadas e enviadas por Satanás.
- E todas as vezes que blasfemamos dizendo que Deus é o culpado por nossas tristezas, estamos nos unindo às mentiras diabólicas de Lúcifer.
- A História humana também provou o que seria do Universo se os outros seres aceitassem a Lúcifer como rei supremo: desgraça, miséria, doença, e morte.
- Após o milênio, todas as nações da Terra e os demais mundos exclamarão: Deus é o vencedor!
- Cuidado com as tentações de Lúcifer. Ele anda ao redor de todos buscando levar-nos a tomar seu lado.
- Cuidado: muitas vezes vemos pessoas que estão totalmente tomadas por ele. São os endemoninhados. Porém há muitos que nunca estiveram nessa situação, mas fazem tudo o que Satanás deseja, pois dão ouvidos às suas insinuações. Deixam que ele plante seu maldito caráter em seus corações. EX- os escribas, fariseus e sacerdotes do tempo de Cristo. Estavam cheios da lei, e serviam a Deus, mas davam total vazão aos piores sentimentos da natureza pecaminosa. Por isto, mataram o Messias.
- Ser Cristão é muito mais do que evitar o diabo: é seguir a Jesus Cristo!

Ilustração: Certa vez, um pai foi com seu filhinho a uma lanchonete tomar um suco, em uma tarde quente de verão. De repente, o filho saiu da guarda do pai, e atravessou a rua. Um carro o atropelou instantâneamente. No velório, o pai, inconsolável, pegou o pequeno caixão nos braços, foi até o pastor, e disse: Pastor, onde estava Deus quando meu filho foi atropelado? Onde estava Deus que não veio proteger esta inocente criança? Todos olharam comovidos esperando uma resposta consoladora do pastor, que disse: Deus estava no seu lugar, pai, quando deu Seu Filho inocente para morrer no meu, no seu, e no lugar de seu filhinho também.

Textos referentes: Ezeq.28, Isa. 14.12-14, Apoc. 12, Gên. 3, I Cor. 4.9, Jó 1 e 2.
Fonte: Patriarcas e Profetas, cap. Por que foi permitido o pecado.

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho SP 1998




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