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Marcelo
Augusto de Carvalho
Gênesis 2.18
a 25
O sexto dia da criação foi
realmente agitado na Terra. Neste dia ele criou os animais terrestres ou
selváticos, criou o homem, fê-lo dar nomes a todas as espécies de animais
criados, bem como criou sua companheira, celebrou seu casamento e ainda
aguardou o pôr-do-sol daquela primeira sexta-feira da história do mundo.
O que nos
interessará agora será a magnífica união do casamento. Poderíamos
pensar: por que Deus criou o casamento? Não poderia ter Ele criado o
homem para viver só? Não poderia o homem encontrar prazer e satisfação em
outras fontes que não fosse o relacionamento conjugal? Deus poderia ter criado
o homem desta forma, porém não o fez. Decidiu criá-lo com a necessidade de ter
uma companheira, pois viu que este seria o ideal para o homem. Por isto o fez,
e ainda apreciou tal criação de sua parte, dizendo: “E viu Deus tudo quanto
tinha feito, e eis que era muito bom”. Gên. 1.31.
Todos
os seres humanos foram criados com a necessidade de se casarem e formarem uma
família, com esposa, esposo e filhos. Apenas dentro desta ideal sociedade pode
o homem realizar-se plenamente. Até mesmo os animais irracionais e as plantas
necessitam de tal relacionamento.
UNS PRECISAM DOS OUTROS.
Você já
pensou como seria este mundo se não houvesse insetos? Não haveria picadas de
mosquitos, de borrachudos ou de abelhas, nem moscas a serem enxotadas. Se esta
idéia parece ser atraente, considere também
que não haveriam borboletas coloridas para observar, mel para comer ou
grilos para ouvir à noite. Haveria menos flores e pouquíssimas frutas. Sem os
insetos morreriam muitas plantas e animais. Como por exemplo, sem os insetos
noturnos os morcegos morreriam, e pereceriam após ele certas espécies de
lagartos. Não haveria andorinhas, papa-moscas e pica-paus, para mencionar
apenas 3 aves que se alimentam de insetos; muitas plantas também morreriam,
pois eles trabalham na polinização das plantas.
Em conseqüência, sem plantas a maioria dos animais, até os carnívoros
morreriam, pois não haveria alimento para nenhuma espécie.
Nenhum
computador conseguiu e conseguirá reunir todos os fatores de tal maneira que a
vida na Terra se processasse assim como é. Se forem eliminados alguns poucos
elos da corrente da vida no Planeta, ele todo se desfará. Uma coisa está
relacionada com a outra, dependendo ambas uma da outra para funcionarem bem.
v O casamento foi criado por
Deus nesta base, a da necessidade um do outro, mas para que possa alcançar o
máximo de sua potencialidade, é necessário que os cônjuges sigam as leis
estabelecidas pelo Criador, que passaremos a estudar rapidamente a seguir.
1) Logo ao concluir a primeira das milhares de
cerimônias nupciais da história, Deus deu uma ordem ao casal; “E deixará o homem
o seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua
mulher”. Gênesis 2.24.
v É
extremamente importante que ao casarem os conjugês se desliguem da família a qual
pertenciam. Jamais devem permitir que os pais se envolvem em seus problemas
íntimos, como também não pedir que tentem persuadir o outro cônjuge a mudar
suas atitudes. Devem também procurar morar em sua própria casa, não dependendo
financeira nem emocionalmente dos pais ou sogros.
-
Interessante é notarmos que os animais seguem a lei da privacidade de seu lar.
As gaivotas se
estabelecem em colônias apinhadas, e cada par tem um pequeno território que é
defendido tenazmente. Quando um filhote se afasta de seu território e penetra
no de outra família, os donos da região invadida atacam o filhote e o enviam de
volta a seu lar ou chegam mesmo a matá-lo.
- Os filhotes de aranha,
logo que estão aptos a se sustentarem, aventuram-se a saírem por conta própria
de seu lar e fixam residência em outra parte da árvore onde sua mãe vive, ou
então lançam-se a uma viagem muito excitante. Neste último caso, eles sobem até
um galho, erguem seu abdomem e expelem um fio de seda; quando o vento lança o
fio ao ar, a pequena aranha continua produzindo até haver suficiente seda para
agir como pára-quedas ao vento que a eleva no ar, fazendo com que voe para bem
distante do lugar onde nasceu. Marinheiros em navios a 200 milhas mar a dentro
têm relatado que já viram as pequenas criaturas sendo assim levadas pelo vento.
Pessoas em aviões a 10 mil metros de altura também já presenciaram tal fato.
Cientistas têm descoberto essas aranhas sobre rochas e neve bem acima da linha
da vegetação em elevadas montanhas. Assim, após uma dramática viagem, as
pequenas aranhas encontram novos lugares onde viver e criar suas próprias
famílias.
2) É impressindível que na “mesa” de um
casamento seja servido o amor verdadeiro, aquele descrito em 1 Coríntios 13,
cheio de qualidades como: sofredor, descente, desinteressado, humilde, sério,
justo, crédulo, esperançoso e paciente.
- Triste é
reconhecermos que atualmente o homem está desenvolvendo um amor vazio, da mesma
forma como o faz as pessoas que colocam flores plásticas em seus jardins para
embelezarem sua casa. Tais flores parecem reais, porém não há a deliciosa fragrância
natural, nem a qualidade da profunda impressão e satisfação que as rosas
legítimas são capazes de nos trazer.
v É
por este motivo que há tantos divórcios, conjugês insatisfeitos e lares tão
vazios. Serve-se apenas sentimentos mesquinhos, atração sensual,
companheirismo, agrados, trocas de favores e qualquer coisa mais, nunca, porém
o amor verdadeiro, que emana de Deus e transforma a vida de quem o recebe.
3) O casamento é uma união inseparável,
indissolúvel. Decretou o Criador: “Portanto o que Deus ajuntou não o separe o
homem” Marcos 10.8.
v Ao
subirem no santo altar para pedirem que Deus os una, o casal deve ter em mente
que estão tomando uma decisão que jamais poderá ser revogada. Se isto
acontecer, tais pessoas jamais encontrarão apoio divino para tal atitude, como
também Suas bençãos para uma futura união com outra pessoa. Não importa quais
sejam as circunstâncias; se velhice, término do interesse ou defeitos
insuportáveis de um ou ambos elementos: os cônjuges não estão autorizados a uma
nova aliança.
- Os golfinhos expressam
tamanho companheirismo e apreciação por seus companheiros que quando um deles
pede o outro pela morte, muitos deles se recusam a comer. Alguns ficam rodeando
o corpo de seu morto querido, assobiando constantemente, vindo a falecer pela
dor da perda. Os tuins, parentes
chegados dos periquitos, vivem em bandos e sempre que pousam, os casais logo se
juntam, de modo que sempre ficam agrupados de dois em dois. São muito
apreciados no cativeiro- não porque aprendam a falar, mas sim por seu
interessantíssimo modo de vida conjugal e amor dedicado. Várias vezes tem-se
constatado que ao morrer um deles, fica o sobrevivente tão acabrunhado, que
pouco depois entristece, definha e morre também.
4) Evitar brigas tolas deve ser uma lembrança
constante no dia a dia do casal. Deve haver diálogo e discussões na base do respeito mútuo, mas em questões
importantes na vida de ambos e da família. Há inúmeros casais que se separam
porque há anos vêem fazendo conta de ninharias. Brigam por coisas infinitamente
absurdas, disto o ódio brota, criando terríveis ressentimentos e mágoas que em
muitos casos jamais são esquecidos.
Há formigas que
decidem, de uma hora para outra, sem qualquer razão aparente, mudar o ninho de
sua colônia para outro lugar. Geralmente este é um pequeno grupo de radicais.
Encontram outro lugar apropriado e decidem mudar toda a colônia. Assim,
simplesmente começam a apanhar seus móveis, ovos, larvas e casulos e se mudam
para sua nova casa. As formigas conservadoras- as que não querem mudar para a
nova casa- não aceitam tal imposição, porém quando percebem o que aconteceu,
verificam que as outras já levaram um ou dois carregamentos de suas coisas.
Assim, elas vão atrás e trazem de volta o que haviam perdido. Não querendo serem
vencidas facilmente, as que querem se mudar, voltam e apanham as coisas e
carregam de volta outra vez. Logo todo o ninho está envolvido nesta admirável
tolice. A colônia inteira está na trilha ou levando as coisas numa direção ou
em outra.
- Certa vez
um casal de recém
casados estavam na sala de sua casa para o culto de pôr-do-sol da
sexta-feira para o sábado. Estavam cantando, bem abraçadinhos, quando de
repente ambos soltaram um grito. A esposa correu para a cozinha gritando “É um
rato”. Porém o esposo a corrigiu e lhe disse: “Não é um rato. é uma barata”. A
esposa não aceitou tal interpretação e passou a insistir dizendo que era um
rato. Logo os dois passaram a discutir, os ânimos aumentaram, e por incrível
que possa parece, foram dormir de mau e separados por causa de tamanha bobagem.
Como eram muito orgulhosos, passaram toda a semana seguinte sem se conversarem.
Mas, chegando o pôr-do-sol da nova sexta-feira, decidiram pedir desculpas um ao
outro e esquecerem o ocorrido. Cantaram hinos juntos, oraram a Deus, e se
cumprimentaram com um largo e caloroso beijo. De repente a esposa vira-se para
o esposo e lhe diz com muita meiguisse: “Mas que era um rato era”. Pronto. De
novo mais uma semana de intriga por causa de algo tão casual.
v Ver
isto com formigas, tudo bem. Mas com seres inteligentes, é por demais
frustrante!
5) É
importante frisarmos aqui que com o passar do tempo e a aquisição de
experiências juntos, o casal vai a cada dia conhecendo cada vez mais um ao
outro. Isto os torna tão íntimos que um conhece o jeito, a maneira de ser e
pensar de seu companheiro de tal forma que já parece adivinhar suas reações em
face de muitas situações. Isto é muito bom para o crescimento de ambos no
relacionamento conjugal, e poderá ser ainda melhor se cada cônjuge respeitar
tal conhecimento adquirido, sem esquecer-se destes detalhes, bem como ordenar
sua vida conjugal baseado nisto. Com
freqüência os casais reclamam por terem que repetir à seu conjugê sua maneira
de agir e pensar. Isto, no decorrer de dias agitados e trabalhos, provoca
muitos atritos.
- É notável a
habilidade que os animais têem de entenderem gestos rápidos, tom de voz e atitudes das pessoas, principalmente de seus donos.
Houve um cachorro
poodle que latia ou deixava de latir diante de problemas de adição ou
subtração sem cometer enganos. Isto fazia, não por conhecer aritmética, mas
porque podia olhar atentamente na face de seu dono e aparentemente ler algum
sinal que até mesmo o dono não conhecia. Muitas vezes o animal age a um sinal
desconhecido. Certa cadela sabia quando uma visita estava perturbando os nervos
de seu dono. Quando ela se apercebia disto, punha-se atrás da pessoa ofensora e
gentilmente, mas com firmeza, a mordia. Não se entendia como a cadela sabia a
quem morder, pois ela determinava sua vítima, mesmo que estivesse sob a mesa ou
sem condições de ver semblantes ou gestos. Os cães parece saberem quando alguém
vai dar-lhes alimento ou fazer-lhes alguma coisa na qual não estão
interessados. Sabem quando seus donos vão pegar a correspondência ou a uma
caminhada longa tão esperada. Não temos idéia como tal comunicação acontece.
Porém, o que podemos deduzir é que podemos estabelecer laços entre nós mesmos e
os animais selvagens, bem como os domésticos, de tal modo que lhes permitamos
entender coisas a nosso respeito, as quais nós mesmos não sabemos, facilitando
uma comunicação mais plena com eles.
6) Evite fazer comparações de seu conjugê, ou sua vida conjugal, com
outras pessoas ou a vida de outros casais. Se há algo que machuca muito
é ser comparado a outros por quem amamos, principalmente se somos sensíveis.
Tal atitude leva o cônjuge em alvo a uma profunda mágoa sentindo-se
discriminado, incapaz, inferiorizado e amado condicionalmete. Ele jamais terá
certeza que é amado plenamente por seu companheiro. Devemos evitar tanto a
comparação de atitudes e comportamento, como a maneira de se encarar a vida. A
Bíblia é muito clara em nos mostrar que fomos feitos únicos no Universo. Nossas
digitais, bem como nosso DNA, como já vimos em capítulos anteriores, atestam a
isto. Assim sendo, cada pessoa têem uma forma original de se comportar diante
das situações, bem como de encarar a vida e vivê-la. Portanto toda e qualquer
comparação é inútil e dispensável pois jamais se aplicará a qualquer situação
que enfrentamos. É claro que não vamos deixar de observar bons e maus exemplos.
A pessoa sábia analisa a experiência de outros e a usa para não cometer os
mesmos erros, bem como para melhorar sua vida. Porém, no âmbito, isto deve ser
feito sem compararmos as pessoas, usando muito amor incondicional em nossa relação
amorosa. Lembre-se que Deus não o julga baseado na experiência de outras
pessoas, nem mesmo na de nosso Senhor Jesus Cristo, e sim em Sua santa e justa
Lei eterna.
- É natural de nossa parte
compararmos coisas entre si, para vermos qual delas se sobressai a
outras. Podemos fazê-lo, por exemplo, com os animais. Você sabe qual é a maior
criatura do mundo? É a baleia- mamífero que chega a pesar mais de 150 toneladas
e alcança o comprimento de 30
metros . Portanto, é 30 vezes maior que o elefante, o
maior animal de terra seca. O coração da baleia azul pesa cerca de 500 quilos,
e a língua tem o incrível peso de mais de 400 quilos.
A maior ave é
o avestruz. O maior peixe é o tubarão, que alcança 20 metros de comprimento.
O maior réptil de que se tem notícia é um crocodilo da Ásia, que tinha de
comprimento 9,90 metros ,
pesando mais de 3 toneladas. Já a maior criatura que não seja ave, nem
mamífero, nem peixe ou réptil, é o grande calamar. Este é semelhante a um polvo
e tem 2 braços que podem atingir l0 metros de comprimento. E é difícil
acreditar, mas existe uma espécie de caranguejo, nas águas do Japão, que tem
corpo de 30 cm
de diâmetro e pernas que têm a envergadura de 3,60 metros . O maior
inseto é o besouro africano Golias, de mais ou menos l5 centímetros de
comprimento.
v Apesar
destas comparações de tamanho e proporções, cada animal têm sua importância
pessoal, bem como no equilíbrio para a vida na Terra. Compará-los para
discriminá-los em melhores ou piores é tarefa apenas para aqueles que não
conhecem a sabedoria infinita de nosso Deus.
7) Aliado à não fazer comparações, temos a
ordem bíblica: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal apegando-vos ao
bem” Romanos 12.9.
v Não
há dúvidas que desde o começo do relacionamento amoroso, principalmente depois
do casamento, nós passamos a enxergar muitas falhas em nosso companheiro.
Muitas destas são tão terríveis para alguns que chega-se à um nível
insuportável de convivência, decorrendo
disto a separação. Mas o apóstolo Paulo é bem claro: ele reconhece que demos
ser realistas com as situações; há muitas coisas que não suportamos, isto é
natural, e não devemos esconder tal sentimento, muito menos de nosso cônjuge.
Porém, a única solução para resolvermos tais problemas é “apegar-nos ao bem”,
ou seja, enxergarmos nas pessoas suas virtudes, e valorizá-las. É claro que
devemos procurar ajudar nos defeitos, pois o mesmo apóstolo nos diz para
detestarmos o mal. Mas jamais esquecermos que uma pessoa possui não só defeito,
mas também muitas agradáveis virtudes, que se valorizadas e estimuladas ao
crescimento, tornarão a vida a dois de um beleza incrível, que até os anjos
invejarão.
- O peixe linguado
está bem adaptado à vida no fundo do oceano. Como outros peixes chatos, ele tem
o corpo achatado, branco dos lados, e sua parte inferior e superior
assemelha-se à areia e outros materiais do fundo do mar. Interessante é que
seus dois olhos estão localizados num só lado do corpo (no alto), depois que
mudaram de posição, dentro da água. Nem sempre foi assim. Ao nascer, os peixinhos
pareciam e agiam como quaisquer outros. Possuíam um olho de cada lado da cabeça
e nadavam de maneira normal. À medida que se desenvolviam, no entanto, seu
crânio girava mais e mais para o lado direito até ser forçado a achatar-se
sobre um de seus lados.
À medida que
o corpo do peixe chato muda de forma, seus olhos também mudam de posição. Um
dos olhos move-se em direção ao alto da cabeça, sobre o cavalete do nariz e
preenche o espaço vazio ali existente. Enquanto isso, o olho que originalmente
estivera naquela cavidade dirige-se para baixo, em direção ao nariz em busca de
outra depressão. É difícil imaginar como ele pode adaptar-se de tal maneira,
mas naturalmente é muito melhor para o peixe chato ter dois olhos no alto da
cabeça do que permanecer como antes, mantendo um olho no lado que ficou para
baixo. Se assim fosse, esse olho seria inútil.
v É
óbvio que os olhos não têm valor algum a menos que os utilizemos. Tal verdade
foi expressa por Jeremias ao pregar ao povo de Israel dizendo: “Ouvi agora
isto, ó povo louco e sem coração, que tendes olhos e não vedes, que tendes ouvidos
e não ouvis” Jeremias 5.21. Porém devemos usá-los de maneira correta: para
examinar tudo, retendo o bem. Israel possuía olhos, mas se faziam de cegos, não
querendo enxergar sua miséria espiritual, bem como a justiça e soberania de
Deus. Usemos bem os nossos, tirando o melhor da vida: assim teremos uma
existência bem mais feliz.
8) Abra-se.
- A lagosta está
coberta com uma armadura que a protege contra seus inimigos naturais. Porém tem
péssima disposição para abri-la, sendo considerada no mundo natural, um dos
animais mais mesquinhos que existe, chegando a nem mesmo se dar bem com outras
de sua espécie. A lagosta americana usa as pernas para respirar, a antena para
sentir o gosto, tem os dentes no estômago, não tem órgão algum de audição e seu
sangue é azul. Você poderia dizer que qualquer um com todos estes problemas tem
razão para ser mesquinho, mas é claro que tais condições são normais para ela
no ambiente e no tipo de vida em que vive.
v Há
muitos como a lagosta. São por natureza amuados, introvertidos em excesso e
detestam abrir-se a quem quer que seja. Quando isto ocorre no lar, todos os
membros sentem. E o pior é que muitas vezes esta pessoa usa a falta de
comunicação como castigo para os parentes, ou como forma de auto-flagelação.
Tal comportamento, aos poucos, destrói o romance, impede a continuação natural
da comunicação, aumentam as desconfianças, resultando na alienação e outros
sérios problemas no lar.
v Abra-se.
Conte para sua esposa suas tribulações do dia a dia: frustrações, decepções,
medos, bem como as alegrias. Deixe de
silêncio prolongado, cara feia por uma semana ou os conhecidos resmungos que
não comunicam nada. Abra-se. Fale. Diga. Expresse-se. Afinal de contas, o próprio
Deus viu que se o homem ficasse só em seu pequeno e medíocre mundo pessoal,
seria completamente infeliz.
9) O egocêntrismo nas relações
interpessoais também é algo que magoa, destrói e separa as pessoas. Já viu
aquele esposo que deseja que tudo seja feito à sua moda, bem como para seu
prazer no lar? Ele encara a esposa e os filhos como servidores de sua vontade,
meros objetos para satisfazerem seu desejo. Se não há TV em casa, compra-se
quando ele sente a necessidade, e o faz para que ele assista seus programas
prediletos. Todo o orçamento da casa deve girar em torno de suas ambições, não
importando muito a situação, nem os anseios e realizações dos demais membros do
lar.
- O centro de
nossa galáxia, a Via-Láctea,
é algo misterioso e ao mesmo tempo interessantíssimo de se observar. Quando as
ondas de rádio do centro da Via-Láctea são traduzidas em fotografias, o que é
visto é a imagem de uma imensa nuvem gasosa, talvez de centenas de anos-luz de
largura, mas contendo no âmago o que pode ser um “buraco negro”. Jorrando do centro em forma de espirar estão
jatos de gás super quente, os quais são com frequência característicos de um
buraco negro.
Na verdade
ele não é um buraco e sim uma estrela compacta que está de tal forma condensada
que sua gravidade é tão forte que nem mesmo deixa escapar os raios de luz no
espaço. Tudo o que passa “perto” dela é extraordináriamente puxado para
“dentro”. E o incrível é que parece que tal buraco num tem fim par ser
preenchido, pois constantemente continua a puxar tudo que está a seu alcance.
Impressionante também é que ao puxar qualquer objeto, o buraco negro o
comprime, a tal ponto que, por exemplo, se a Terra fosse comprimida num buraco
negro, ela teria menos de1,8 cm de diâmetro!
v O
egocentrismo esmaga quem está por perto, tentando adaptar as pessoas para
benefício próprio. Tal comportamento está arraigado no caráter, e só será
vencido única e exclusivamente pelo poder divino. Se você possui tal defeito,
vá hoje mesmo a Jesus, antes que você mesmo seja destruído por seu próprio
egoísmo, levando todos os seus queridos com você.
9) Um dos mais seguros sinais de sabedoria é a
cautela com a qual a pessoa responde a uma pergunta que lhe é dirigida,
principalmente quando estamos cansados, irritados e tensos. Por qualquer razão,
elogiamos a pessoa de respostas rápidas. Costumamos até fazer brincadeiras para
ver quem responde mais rápido a uma bateria de perguntas. Os resultados talvez nos levem a responder
rapidamente em ocasiões quando deveríamos gastar um pouco mais de tempo ouvindo
ou pensando antes de dizer alguma coisa.
- Uma
criatura que sempre foi considerada como vagarosa é o caracol. Certamente não é muita honra
ser chamado de lesma, ou alguém lhe dizer que você é enfadonho como a
tartaruga. Mas vamos considerar o caracol por um momento. Os caracóis são muito
ponderados sobre o que fazem. Nunca estão com pressa. O que ganhariam se o
estivessem? Algumas vezes o molusco
permanece na concha por muito tempo. Ninguém sabe o porquê disso, mas
evidentemente se eles não precisam sair, não o fazem.
- Conta-se a
história de um caracol supostamente morto que foi encontrado no Egito. Foi
colocado num cartão e exposto no Museu Britânico. Vários anos mais tarde, o
molusco emergiu, para surpresa dos observados- e não estava com pressa!
- O caracol
deposita um carpete de substância viscosa por onde passa, o que o faz mover-se
em segurança, mesmo se o trilho for o fio de uma navalha. Leva muito tempo para
produzir tal substância, e o caracol demora tanto tempo quanto for necessário
para isto.
- Há poucas
criaturas no mundo tão fortes como o caracol. Pesando menos de 10 gramas, é
capaz de puxar quase 4 quilos- aproximadamente 400 vezes seu próprio peso. Isto
representa um bebê de 5 quilos puxando um automóvel! Leva tempo para produzir
tal força.
v Você
não gostaria de ser conhecido pela sua sabedoria muito mais do que por sua
língua apressada? Pense antes de falar. Procure vencer o mal com o bem. Pois o
conselho bíblico é: “Todo homem seja pois, pronto para ouvir, tardio para
falar, tardio para se irar” Tiago 1.19.
10) Neste
último tópico gostaria de destacar que nesta
vida tudo realmente é passageiro. Muitos valorizam excessivamente a beleza, o
dinheiro, o status ou posições de importância que a vida possa lhes oferecer.
Mas lembre-se: tudo isto passa. A única coisa que realmente levamos
desta vida é a atenção e o carinho que recebemos de nossa família como
resultado do que demos a ela. Se você der um carro zero a seu filho, daqui a 10
anos ele já estará velho, indo talvez para o ferro velho. Alguns separam-se de
sua esposa por valorizarem a beleza de uma outra jovem. Mas um dia ela também
estará como ficou a esposa. Mas o amor que você dá a seu filho, os bons
momentos junto com a esposa, os natais à beira da farta mesa nunca passam. Eles
ficam em nossa memória para sempre, e trazem um resultado eterno: nos levam
para bem mais perto de Deus.
- A palavra efêmero significa
“algo que dura por pouco tempo”. Um exemplo disso são as belíssimas flores;
muitas florescem numa manhã e se fecham na mesma noite, não abrindo mais. Há
também o grupo de insetos alados que vivem somente por um dia- efemerópteros.
Na realidade, este grupo vive por vários anos, mas como larvas, ou criaturas
semelhantes a vermes, dentro da água, mas no dia em que crescem e se tornam
adultos, tornam-se efêmeros, pois saem de seus velhos corpos, abrem suas asas
subindo em vôo rápido, acasalam, poem seus ovos e depois morrem. Todo este
processo ocorre em menos de 24 horas.
v Comparados
aos efemerópteros outros tipos de animais viveram bastante. O animal que mais
viveu foi uma tartaruga que atingiu a idade de 152 anos ou mais. Naturalmente
isso não é nada em comparação com a idade de Matusalém que viveu 969 anos.
Mesmo assim, passaram. Por isto, caro amigo, aproveite cada momento de sua vida
para curtir o que realmente vale a pena ser experimentado. Valorize sua
família. Dê o máximo de si para ela. E você verá então como valeu à pena ter
vivido.
Pr.
MARCELO AUGUSTO DE CARVALHO ABRIL 1997 SP
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