A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando um poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico. Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apõem as instituições, a América Protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável. A besta de dois chifres "faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta ou o número do seu nome."Apocalipse 13: 16,17. A advertência do terceiro anjo é: "Se alguém adorar a besta e a sua Imagem e receber o sinal na sua testa ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus." "A besta" mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela besta de dois cornos, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do capítulo 13 do Apocalipse - o papado. A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para a imposição de seus dogmas. Resta definir ainda o "sinal da besta".
Depois da advertência contra o culto à besta é à sua imagem, declara a profecia: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Visto os que guardam os mandamentos de Deus serem assim colocados em contraste com os que adoram a besta e a sua imagem e recebem o seu sinal, é claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua violação, por outro, deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta
O característico especial da besta. e, portanto, de sua imagem, é a violação dos mandamentos de Deus. Diz Daniel a respeito da ponta pequena, o papado: "Cuidará em mudar os tempos e a lei." Daniel 7:25. E Paulo intitulou o mesmo poder "o homem do pecado", que deveria exaltar-se acima de Deus. Uma profecia é o complemento da outra. Unicamente mudando a lei de Deus poderia o papado exaltar-se acima de Deus; quem quer que, conscientemente, guarde a lei assim modificada, estará a prestar suprema honra ao poder pelo qual se efetuou a mudança. Tal ato de obediência às leis papais, seria um sinal de vassalagem ao Papa em lugar de Deus.
Enquanto os adoradores de Deus se distinguirão especialmente pelo respeito ao quarto mandamento - dado o fato de ser este o sinal de Seu poder criador, e testemunha de Seu direito á reverência e homenagem do homem os adoradores da besta salientar-se-ão por seus esforços para derribar o monumento do Criador e exaltar a instituição de Roma. Foi por sua atitude a favor do domingo que o papado começou a ostentar arrogantes pretensões; e seu primeiro recurso ao poder do Estado foi para impor a observância do domingo como "o dia do Senhor'. A Escritura Sagrada, porém, indica o sétimo dia e não o primeiro, como o dia do Senhor. Disse Cristo: "O Filho do Homem é Senhor até do Sábado." O quarto mandamento declara: "O sétimo dia é o Sábado do Senhor." E, pelo profeta Isaías, o Senhor lhe chama: "Meu santo dia" Marcos ~2:28; Isaías 58:13.
A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para a imposição de seus dogmas.
Os protestantes hoje insistem em que a ressurreição de Cristo no domingo fê-lo o sábado cristão. Não existe, porém, evidência escriturística para isto. Nenhuma honra semelhante foi conferida ao dia por Cristo ou Seus apóstolos. A observância do domingo como instituição cristã teve origem no "mistério da injustiça. II Tessalonicenses 2:7, que já no tempo de Paulo começara a obra. Onde e quando adotou o Senhor este filho do papado? Que razão se poderá dar para uma mudança que as Escrituras não sancionam?
A alegação tantas vezes feita, de que Cristo mudou o Sábado, é refutada por Suas próprias palavras. Em Seu sermão no monte, disse Ele:
"Não cuideis que vim destruir lei ou os profetas: Não vim destruir, mas cumprir. Porque, em verdade vos digo que, até que o céu e a Terra passem, nenhum jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Quaisquer pois que violar um destes mais pequenos mandamentos e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos Céus aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos Céus. " Mateus 5: l7-19.
É fato geralmente admitido por protestantes, que as Escrituras não autorizam em nenhuma parte a mudança do Sábado. Isto se acha plenamente declarado nas publicações editadas pela Sociedade Americana de Tratados e pela União Americana das Escolas Dominicais. Uma dessas obras reconhece "o completo silêncio do Novo Testamento no que respeita a um mandamento explícito para o domingo ou a regras definidas para a sua observância". Jorge Elliott, The Abiding Sabbath, pág. 184.
Outra diz: "Até ao tempo da morte de Cristo, nenhuma mudança havia sido feita no dia", e "pelo que se depreende do relato sagrado, eles (os apóstolos) não deram... nenhum mandamento explícito ordenando o abandono do repouso no sétimo dia e sua observância no primeiro dia da semana. A. E. Waffie, The Lord's Day, págs. 186-188.
Os católicos romanos reconhecem que a mudança do sábado foi feita pela sua igreja e declaram que os protestantes, observando o domingo, estão reconhecendo o poder desta. No "Catecismo Católico da Religião Cristã", em resposta a uma pergunta sobre o dia a ser observado em obediência ao quarto mandamento, faz-se esta declaração: "Enquanto vigorou a antiga lei, o sábado era dia santificado, mas a igreja, instruída por Jesus Cristo e dirigida pelo Espírito de Deus, substituiu o sábado pelo domingo; assim, santificamos agora o primeiro dia, e não o sétimo dia. Domingo quer dizer e agora é, dia do Senhor."
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