Pesquisar este blog
terça-feira, 12 de novembro de 2013
A CIVILIZAÇÃO ROMANA
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E POVOAMENTO DA ITÁLIA
A Itália se localiza ao ocidente da Grécia, na península Apenina, que, avançando pelo mar Mediterrâneo, divide-o em dois: Mediterrâneo Ocidental e Oriental.
Geograficamente, a Itália divide-se em quatro regiões bem delimitadas: no extremo norte, uma região montanhosa, entrecortada de rios; a planície do Pó, ao longo do caudaloso rio Pó; a região Apenina; a costa litorânea dos mares Adriático e Tirreno.
O solo dessa península era mais fértil do que o solo grego, o que tornou possível o atendimento das necessidades alimentares dos romanos dentro da própria Itália.
O processo de povoamento da península Itálica foi bastante complexo, distinguindo-se vários povos que ali se estabeleceram em diferentes épocas. De acordo com pesquisas arqueológicas, pode-se estabelecer um povoamento anterior ao dos povos de origem indo-européia, cujos representantes, já nos tempos históricos, seriam os sicanos, da Sicília, os lígures, do noroeste e os messápios e iapígios, do sul.
Os grupos de origem indo-européia teriam chegado à Itália por volta de 2200 a.C., tendo os povos denominados itálicos ou italiotas ocupado o centro-sul da península, e os séculos, a Sicilía. Os dois principais subgrupos dos itálicos eram os samnitas e os latinos.
Os samnitas habitavam a parte sul da Itália, próximo às colônias fundadas pelos gregos a partir de sua expansão, entre os séculos VIII e VI a.C. Os samnitas, organizados em clãs pastoris , que se reuniam em tribos, viviam em constante luta contra os gregos, na disputa pela riquíssima região da Campânia. Essas disputas e, consequentemente, os contatos com o mundo grego, levaram ao desenvolvimento do seu poderio bélico, à fortificação de cidades, à conquista de colônias gregas e à expulsão dos etruscos.
Os latinos habitavam o curso inferior do rio tibre, região que jamais foi conquistada pelos etruscos ou pelos gregos. Seus maiores adversários eram os volscos, tribo montanhesa que habitava os contrafortes dos Apeninos, entre o Lácio e a Campânia, e que vivia essencialmente do pastoreio. Nas montanhas habitavam também os équos e sabinos, tribos que viviam do pastoreio e do saque, também subgrupos dos itálicos.
A expansão da colinização grega no sul da Itália, região conhecida como Magna Grécia, provocou atritos com os fenícios, que povoavam a Sicília, e seus aliados, os etruscos, no mar Tirreno.
Os etruscos, outro povo que colonizou a Itália, é de origem até hoje desconhecida. Seu território inicial estava localizado entre o mar Tirreno, a oeste, e os montes Apepinos, a leste, entre o rio Arno, ao norte, e o Timbre, ao sul. Há pesquisadores que os consideram autóctones e outros que os consideram oriundos da Ásia Menor. O que se sabe é que sua língua não é de origem indo-européia, apresentando apenas algumas afinidades com a língua falada pelos habitantes da ilha egéia de Lemnos, na fase anterior à conquista ateniense.
Já por volta do século VII a.C., os etruscos estavam organizados em um império que constituia, na prática, uma liga de várias cidades-estados. Ocupavam-se da agricultura, do pastoreio, do trabalho manufaturado e do comércio, que não podia ser separado da pirataria. Eram comerciantes ativos no mar Mediterrâneo, aliados à cidade fenícia de Cartago. Seus produtos metalúrgicos e têxteis chegavam a todo o Oriente e a todo o Mundo Grego por intermédio dos cartagineses e dos colonos gregos.
O povoamento da Itália se completou com a chegada dos gauleses, no início do século IV a.C., que se estabeleceram ao norte, no vale do rio Pó (Gália Cisalpina).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário