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domingo, 3 de maio de 2020

PECADO ORIGINAL



John Wesley

'E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra

e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente'. (Gênesis 6:5)


1. Quão maravilhosamente diferente é isto, dos formosos quadros da natureza humana que os homens têm esboçado em todas as épocas! Os escritos de muitos dos anciões abundam com descrições alegres da dignidade do homem; a quem alguns deles pintam, como tendo todas as virtudes e felicidade em sua composição, ou, pelo menos, estando inteiramente em seu poder, sem observar a qualquer outra existência, como auto-suficiente, capaz de viver por sua própria conta, e pouco inferior ao próprio Deus.

2. Não se trata apenas dos pagãos; homens que são guiados em suas buscas, por um pouco mais do que uma pálida luz de razão, mas muitos deles, igualmente, que testemunham o nome de Cristo, e para os quais foram confiados os oráculos de Deus, têm falado da natureza do homem, tão magnificamente, como se ela fosse toda inocência e perfeição. Relatos deste tipo têm particularmente abundado no presente século; e, talvez, em nenhuma outra parte do mundo mais do que em nossa própria região. Aqui, não poucas pessoas de forte entendimento, assim como de extenso aprendizado, têm empregado as mais extremas habilidades, para mostrarem o que eles denominam de 'o maravilhoso lado da natureza humana'. E deve-se reconhecer que, se seus relatos forem justos, o homem é 'um pouco inferior do que os anjos'; ou, como as palavras podem ser mais literalmente afirmadas, 'um pouco menos do que Deus'.

3. É de se admirar que esses relatos tenham sido tão prontamente recebidos, pela generalidade de homens? Quem não é facilmente persuadido a pensar favoravelmente de si mesmo? Assim sendo, os escritores deste tipo são mais universalmente lidos, admirados, aplaudidos. E inumeráveis são os convertidos que eles têm feito, não apenas no mundo leviano, mas no mundo ilustrado. De modo que agora é completamente fora de moda falar de outro modo; dizer qualquer coisa para a depreciação da natureza humana; a que geralmente se permite, não obstante algumas poucas enfermidades, ser muito inocente, sábia e virtuosa!

4. Mas, neste meio tempo, o que devemos fazer com nossas Bíblias? Porque esses relatos nunca irão concordar com isto. Como quer que eles agradem à carne e ao sangue, são extremamente irreconciliáveis com os relatos bíblicos. As Escrituras asseveram que 'através da desobediência de um homem, todos os homens foram constituídos pecadores'; que 'em Adão todos morreram' -- morreram espiritualmente, perderam a vida e a imagem de Deus; que aquele pecador e caído Adão, então, originou um filho à sua própria semelhança'; -- nem seria possível que ele pudesse originá-lo de outra forma, porque 'quem pode produzir uma coisa pura de uma impureza?'— que, conseqüentemente, nós estávamos, assim como outros homens, pela natureza, 'mortos nas transgressões e pecados'; 'sem esperança, e sem Deus no mundo', e, portanto, 'filhos da ira'; de modo que todo homem podia dizer, 'Eu fui moldado na iniqüidade; e, no pecado, minha mãe me concebeu'; que 'não existe diferença', em 'todos que pecaram e não alcançaram a glória de Deus'; daquela gloriosa imagem de Deus, na qual o homem foi originalmente criado. E, conseqüentemente, quando 'o Senhor olhou dos céus para os filhos dos homens, Ele viu que todos eles haviam saído do caminho; que eles haviam se tornado completamente abomináveis; que não havia um justo; não; nem um', ninguém que verdadeiramente buscasse a Deus. De acordo com isto, e o que é declarado pelo Espírito Santo, nas palavras acima citadas, 'Deus viu', quando ele olhou dos céus, antes, 'que a maldade do homem estava grande na terra'; tão grande, que 'cada imaginação dos pensamentos de seu coração era, tão somente, continuamente pecaminosa'.

            Este é o relato de Deus do homem: Do qual eu devo aproveitar a oportunidade:

I. Primeiro, para mostrar o que os homens eram antes do dilúvio:
II. Segundo, para inquirir, se eles não são da mesma maneira agora:
III. Terceiro, para acrescentar algumas inferências.

I

1. Em Primeiro Lugar, eu vou mostrar, esclarecendo as palavras do texto, o que os homens eram antes do dilúvio. E nós podemos nos basear completamente no relato fornecido aqui: Porque Deus o viu, e Ele não pode se enganar. Ele 'viu que a maldade do homem era grande': -- Não este ou aquele homem: não apenas alguns poucos homens; não meramente uma parte maior, mas o homem em geral; os homens universalmente. A Palavra inclui toda a raça humana; todos os que fazem parte da natureza humana. E não é fácil para nós computarmos o número deles, para dizer quantos milhares ou milhões eles eram. A Terra, então, retinha muito de sua beleza primitiva e fertilidade original. A face do globo não era rachada e dividida como ela é agora; e primavera e verão eram bem definidos. É, portanto, provável que ela proporcionasse sustento para muito mais habitantes do que é hoje capaz; e esses deviam ser imensamente multiplicados, enquanto os homens criavam filhos e filhas, por setecentos ou oitocentos anos juntos. Ainda assim, em meio a todo este número inconcebível, apenas 'Noé encontrou favor com Deus'. Ele somente (talvez, incluindo parte de sua família) foi uma exceção à iniqüidade universal, que, pelo justo julgamento de Deus, pouco tempo depois, foi levada à destruição. Todos os demais foram participantes da mesma culpa, assim como, da mesma punição. 

2. 'Deus viu todas as criações dos pensamentos de seu coração'; -- de sua alma, de seu homem interior, o espírito dentro dele, o princípio de todos os seus movimentos internos e externos. Ele 'viu todas as criações': Não é possível encontrar uma palavra de um significado mais extensivo. Ela inclui o que quer que seja formado, feito, e fabricado dentro; tudo que existe ou se passa na alma; toda inclinação, afeição, paixão, apetite; todo temperamento, desígnio, pensamento. Deve-se, em conseqüência, incluir toda palavra e ação, como fluindo naturalmente dessas fontes, e sendo tanto boa quanto má, de acordo com a fonte de onde ela severamente flui.

3. Deus viu, agora, que tudo isto, o todo disto, era mal; -- contrário à retidão moral; contrário à natureza de Deus, que necessariamente inclui todo bem; contrário à vontade divina, o padrão eterno de bem e mal; contrário à imagem pura e santa de Deus, onde o homem foi originalmente criado, e, onde ele permaneceu, quando Deus, inspecionando as obras que havia criado, viu, então, que tudo era muito bom; contrário à justiça, à misericórdia, e verdade, e às relações essenciais que cada homem tem com seu Criador e seu próximo.

4. Mas não havia bem misturado com o mal? Não havia luz misturada com a escuridão? Não; nenhuma afinal: 'Deus viu que o todo da imaginação do coração do homem era tão somente mau'. E de fato, não se pode negar que muitos deles, talvez, todos tivessem boas intenções, colocadas em seus corações; uma vez que o Espírito de Deus também 'empenhava-se com o homem', se, por acaso, ele pudesse arrepender-se, mais especialmente, durante aquele gracioso adiamento temporário, de cento e vinte anos, enquanto a arca estava sendo preparada. Mas, ainda assim, 'em sua carne não habitava coisa alguma boa'; toda sua natureza era puramente má. Ela era totalmente consistente consigo mesma, e não misturada com qualquer coisa de uma natureza oposta.

5. No entanto, ainda pode ser o caso de se perguntar: 'Não havia intermissão deste mal? Não havia intervalos lúcidos, em que alguma coisa boa pudesse ser encontrada no coração do homem?'. Nós não vamos considerar aqui o que a graça de Deus poderia ocasionalmente operar em sua alma; e, abstraídos disto, nós não temos motivos para acreditar que houvesse alguma intermissão daquele mal. Porque Deus, que 'viu que o todo da imaginação dos pensamentos de seu coração era tão somente mau', viu, igualmente, que ele sempre foi o mesmo; que ele 'era mau, continuamente'; cada ano; cada dia; cada hora; e cada momento. Ele nunca se desviou para o bem.

II

Tal é o relato autêntico de toda a raça humana, que Ele que conhece o que está no homem; que sonda o coração e testa as afeições, tem deixado registrado para nossa instrução. Tais eram todos os homens antes que Deus trouxesse o dilúvio sobre a terra.

Nós vamos, agora, em Segundo Lugar, inquirir se eles são o mesmo agora.

1. E isto é certo, as Escrituras não nos dão motivo para pensar de alguma forma diferente delas. Do contrário, todas as passagens das Escrituras citadas acima se referem àqueles que viveram depois do dilúvio. Acima de mil anos antes que Deus declarasse, através de Davi, com respeito aos filhos dos homens: 'Todos eles saíram do caminho da verdade e santidade; não existe alguém justo; nem um'.

E a isto, testemunham todos os profetas, em suas diversas gerações. Como Isaias, concernente ao povo peculiar de Deus, (e certamente os ateus não estavam em melhor condição): 'Toda a mente está doente; e todo o coração desfalece.  Dos pés à cabeça, não existe sanidade; mas machucaduras, e injúria, e feridas pútridas'.  O mesmo relato é dado por todos os Apóstolos; sim, através de todo o teor dos oráculos de Deus. De tudo isto, nós aprendemos, concernente ao homem em seu estado natural, não auxiliado pela graça de Deus, que 'cada imaginação dos pensamentos de seu coração é' ainda 'mau; tão somente mau', e 'continuamente mau'.

2. Este relato do presente estado do homem é confirmado por experiências, diariamente. É verdade que o homem natural não se preocupa com ele. E isto não é de se admirar. Por quanto tempo um homem nascido cego continuar assim, ele dificilmente estará consciente de sua necessidade: Muito menos poderíamos supor um lugar onde todos que foram nascidos sem luz, pudessem estar conscientes da necessidade dela. De igual maneira, por quanto tempo os homens permaneçam em sua cegueira natural de entendimento, eles não estão conscientes de suas necessidades espirituais, e, em particular, deste. Mas, tão logo Deus abra os olhos de seu entendimento, eles vêem o estado que eles estavam anteriormente; eles estão, completamente convencidos que 'cada homem vivente', especialmente eles mesmos, é, pela natureza, 'completamente vaidade'; ou seja, insensatez e ignorância; pecado e maldade.

3. Quando Deus abre nossos olhos, vemos que estávamos antes, sem Deus, ou melhor, éramos ateístas, no mundo. Tínhamos, pela natureza, nenhum conhecimento de Deus; nenhuma familiaridade com ele. É verdade, que tão logo começamos a usar a razão, tomamos conhecimento 'das coisas invisíveis de Deus, até mesmo seu poder eterno e Divindade, das coisas que estão feitas'. Das coisas que são vistas, inferimos a existência de um Ser poderoso e eterno, que não é visível. Mas ainda assim, embora reconheçamos sua existência, nós não temos familiaridade com Ele.

Assim como sabemos que existe um Imperador da China, a quem ainda não conhecemos; nós sabíamos que existia um Rei de toda a Terra, ainda assim, não o conhecemos. Na verdade, não poderíamos, através de qualquer uma de nossas faculdades naturais. Através de nenhuma dessas, poderíamos obter o conhecimento de Deus. Não poderíamos percebê-lo mais do que vê-lo com nossos olhos. Porque 'ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho, e ele a quem o Filho irá revelá-lo'.

4. Nós lemos de um rei antigo, que, estando desejoso de saber qual era a língua natural dos homens, com o objetivo de trazer o assunto para um certo debate, fez o seguinte experimento: Ele ordenou que duas crianças, tão logo elas tinham nascido, fossem transportadas para um lugar preparado para elas, onde elas foram levadas, sem qualquer instrução, afinal, e sem nunca ouvir uma voz humana. E o que aconteceu? Aconteceu que quando elas foram, por fim, trazidas para fora do seu confinamento, elas não falaram língua alguma, afinal; apenas articulavam apenas alguns sons estranhos, como aqueles de outros animais. Que essas duas crianças foram, da mesma maneira, trazidas do útero, sem serem instruídas em alguma religião, não havia motivo para dúvida, mas (a menos que a graça de Deus se interpusesse), o evento seria justamente o mesmo. Elas não teriam religião, afinal. Elas não teriam mais conhecimento de Deus do que as bestas do campo; do que o selvagem potro. Tal é a religião natural, abstraída da tradicional, e das influências do Espírito de Deus!

5. E não tendo conhecimento, não podemos ter o amor de Deus: Não podemos amar o que não conhecemos. A maioria dos homens fala, de fato, do Deus amoroso, e, talvez, imaginam que eles conheçam; pelo menos, alguns irão reconhecer que eles não O amam: Mas o fato é muito claro para ser negado.Nenhum homem ama a Deus, através da natureza, mais do que ele o faz a uma pedra, ou à terra que ele pisa. No que nós amamos, nós nos deleitamos: Mas nenhum homem tem naturalmente qualquer deleite em Deus. Em nosso estado natural, não podemos conceber como alguém poderia deleitar-se Nele. Nós não temos prazer nele, afinal; ele é extremamente insípido para nós. Amar a Deus! Está muito além de nossas vistas. Nós não podemos alcançar isto, naturalmente.

6. Pela natureza humana, tão somente, não temos amor, mas também, medo de Deus. Na verdade, é certo que a maioria dos homens tem, mais cedo ou mais tarde, uma forma de medo irracional e inconsciente, propriamente chamado de superstição; embora os descuidados epicuristas tenham dado a isto o nome de religião. Ainda assim, isto não é natural, mas adquirido; principalmente, através de conversa ou de exemplo. Pela natureza, 'Deus não está em todos os nossos pensamentos': Nós o deixamos manejar seus próprios assuntos, sentado-se quietamente, como imaginamos, no céu, e nos deixando na terra, para manejarmos os nossos; de modo que não temos mais temor de Deus, diante de nossos olhos, do que o amor de Deus, em nossos corações.

7. Assim, são todos os homens 'ateus no mundo'. Mas o próprio ateísmo não nos protege da idolatria. Em seu estado natural, cada homem nascido no mundo é um idólatra completo. Talvez, não deve ser de tal maneira no sentido comum da palavra. Nós não adoramos, como os idólatras ateus, ferro fundido ou imagens esculpidas. Nós não nos curvamos a um tronco de uma árvore; ao trabalho de nossas próprias mãos. Nós não oramos para os anjos ou santos nos céus, não mais do que os santos que estão sobre a Terra. Mas o que acontece, então? Nós temos fixado nossos ídolos em nossos corações; e a estes nós nos curvamos e adoramos. Nós adoramos a nós mesmos, quando concedemos que a honra, que é devida somente a Deus, seja dada a nós. E, embora o orgulho não fosse criado para o homem, ainda assim, onde está o homem que nasceu sem ele? Assim sendo, roubamos de Deus seu inalienável direito e idolatricamente usurpamos sua glória.

8. Mas o orgulho não é apenas uma espécie de idolatria, da qual somos todos culpados pela natureza. Satanás tem estampado sua própria imagem em nosso coração na vontade própria também. 'Eu irei', ele disse, antes de ser expulso do paraíso, 'Eu me assentarei aos lados do norte'; Eu farei minha vontade e prazer; independentemente daquela de meu Criador.

            'E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte'. (Isaías 14:13)

O mesmo cada homem nascido no mundo diz, e isto, em milhares de instâncias; mais ainda, e declara isto também, sem nunca corar diante do relato; sem temer ou envergonhar-se.

Pergunte ao homem: 'Por que você faria isto?'. Ele responderá: 'Porque eu estou inclinado a fazê-lo''.  O que é isto, senão, 'porque é da minha vontade'; ou seja, em efeito, porque o diabo e eu concordamos; porque Satanás e eu governamos nossas ações, através de um e do mesmo princípio. A vontade de Deus, neste meio tempo, não está em seus pensamentos; ela não é considerada no menor grau: embora seja a regra suprema de toda criatura inteligente; quer no céu, quer na terra, resultante da relação essencial e inalterada que toda criatura testemunhe seu Criador.

9. Desta mesma forma, levamos a imagem do diabo, e trilhamos seus passos, Mas, no próximo passo, deixamos satanás para trás; nós seguimos uma idolatria, em que ele não é o culpado: eu quero dizer o amor do mundo; que é agora tão natural a cada homem, quanto amar a sua vontade própria. O que é mais natural para nós, do que buscar felicidade na criatura, em vez do Criador? – buscar aquela satisfação nas obras de suas mãos, e que pode ser encontrada apenas em Deus? O que é mais natural, do que o 'desejo da carne?'. Ou seja, do prazer do sentido de todo tipo? Os homens, de fato, falam magnificamente de despirem-se desses prazeres inferiores, particularmente, os homens de aprendizado e educação. Eles simulam se libertarem da gratificação desses apetites, em que eles se situam no mesmo nível que as bestas que perecem. Mas é mero fingimento; porque cada homem é consciente de que, neste aspecto, ele é, pela natureza, a mesma besta. Apetites sexuais, até mesmo aqueles do tipo mais inferior, têm, mais ou menos, um domínio sobre ele. Eles o conduzem cativo; eles o arrastam para um lado e para o outro, a despeito de sua razão ostentada. O homem, com toda sua boa educação, e outros complementos, não tem primazia sobre uma cabra: mais ainda, é para se duvidar, se a besta não tem primazia sobre ele.  Certamente, ele tem, se nós podemos ouvir atentamente a algum dos seus oráculos modernos, quem muito decentemente nos diz: Numa determinada época, as bestas também provam do amor; apenas a besta da razão é sua escrava, e, nesta insensatez, ocupa-se o ano todo. 

            Uma diferença considerável, de fato, deve-se admitir, existe entre os homens (além daquela forjada pela graça preventiva), surgindo da diferença de constituição e educação. Mas, não obstante isto, quem, que não seja ignorante de si mesmo, pode aqui atirar a primeira pedra no outro? Quem pode suportar o teste da observação de nosso amado Senhor, no sétimo mandamento: 'aquele que olhar para uma mulher, para cobiçá-la, já em seu coração, cometeu adultério?'. De modo que não se sabe do que se admirar mais, se da ignorância, ou da insolência daqueles homens que falam com tal desdém daqueles que são dominados pelos desejos que todo homem tem sentido em seu próprio peito; o desejo de cada prazer do sentido, inocente ou não, sendo natural a todo filho do homem.

10. E assim é 'o desejo dos olhos'; o desejo dos prazeres da imaginação. Esses surgem tanto dos grandes, quando dos objetos bonitos e incomuns; -- se os dois primeiros não coincidem com o último, visto que, talvez, possa parecer, numa sindicância zelosa, que nem os objetos grandes, nem os bonitos agradam mais do que aqueles que são novos; quando a novidade deles acaba, a maior parte, pelo menos, do prazer que eles proporcionavam termina; e na mesma proporção que eles se tornam familiares, eles se tornam vazios e insípidos. Mas mesmo que experimentemos isto tão freqüentemente, o mesmo desejo irá ainda permanecer. A sede inata continua fixada na alma; mais do que isto: quanto mais temos indulgência, mais ela aumenta, e nos incita a seguir atrás de outro, e outro objeto mesmo assim; embora deixemos cada um com uma esperança fracassada, e uma expectativa iludida.

11. Um terceiro sintoma dessa doença fatal, o amor do mundo, que está tão profundamente enraizado em nossa natureza, é o orgulho da vida'; o desejo do reconhecimento, da honra que vem dos homens. Os maiores admiradores da natureza humana admitem que isto seja estritamente natural; tão natural quanto ver, ouvir, ou qualquer outro dos sentidos externos. E será que eles estão envergonhados disto, mesmo os homens letrados; homens refinados e de grande entendimento? Muito longe disto, eles se gloriam neste sentido! Eles aplaudem a si mesmos, por causa do amor deles pelo aplauso! Sim; cristãos eminentes, assim chamados, não têm dificuldade em adotar o dizer do velho ateu vaidoso: 'Não considerar o que os homens pensam sobre nós, é a marca de uma mente enfraquecida e abandonada'. Assim, ir com calma e equilibrado, através da honra e desonra; através de um relato bom ou ruim, é, para eles, sinal de alguém que não está, na verdade, adequado para viver: 'Fora da terra com tal disposição'. Mas alguém imaginaria que esses homens ouviram de Jesus Cristo ou de seus Apóstolos; ou que eles soubessem quem foi que disse: 'Como você pode acreditar em alguém que recebe honra de outro, e não busca a honra que vem de Deus somente?'. Mas, se isto é realmente assim; se for impossível acreditar, e conseqüentemente agradar a Deus, por quanto tempo recebemos ou buscamos a honra de uns dos outros, e não a honra que vem de Deus apenas, então, em que condição está a humanidade! Os cristãos, assim como os pagãos; uma vez que todos buscam honra um do outro! Uma vez que seja natural para eles procederem desta forma; sendo eles mesmos os juízes; assim como é natural ver a luz que toca seus olhos, ou ouvir o som que entrar por seus ouvidos; sim, uma vez que eles consideram isto um sinal de uma mente vitoriosa, contentar-se com a honra que vem de Deus apenas!

III

1. Eu prossigo, esboçando algumas inferências do que foi dito. Primeiro, que disto podemos aprender uma grande e fundamental diferença entre o Cristianismo, considerado como um sistema de doutrinas, e a maioria do refinado Ateísmo. Muitos dos antigos ateus têm descrito largamente a tendência habitual condenável de homens específicos. Eles têm falado muito contra a avareza, crueldade, luxúria, e prodigalidade deles. Alguns se atreveram a dizer que 'nenhum homem nasce sem essa tendência condenável, de uma espécie ou de outra'. Mas como ainda nenhum deles foram avisados da queda do homem, então, nenhum deles sabe de sua total corrupção. Eles não souberam que todo homem foi esvaziado de todo bem, e preenchido com toda forma de mal. Eles eram totalmente ignorantes da completa depravação de toda natureza humana, de cada homem nascido no mundo, em toda faculdade de sua alma; não tanto devido àquelas tendências específicas, que reinam em pessoas específicas, como por meio da inundação geral de ateísmo e idolatria, do orgulho, da vontade própria, e amor do mundo. Isto, por conseguinte, é o primeiro grande ponto de distinção entre Ateísmo e Cristianismo. Um reconhece que muitos homens estão infectados com muitos vícios, e, até mesmo, nascem com uma propensão a eles; mas supõe, além disto, que em alguns o bem natural contrabalança em muito o mal: O outro declara que todos os homens são concebidos no pecado, 'e moldados na maldade', -- que, conseqüentemente, existe em cada homem 'uma mente carnal que é inimiga de Deus; que não é, nem pode ser, objeto de' sua 'lei'; e que assim infecta toda a alma; que 'habita' nele, 'em sua carne', em seu estado natural, 'nenhuma coisa boa', mas 'cada pensamento de seu coração é mau', e tão somente mau; e isto, 'continuamente'.

2. Conseqüentemente, podemos aprender, em Segundo Lugar, que todo aquele que nega isto; que o chama de pecado original; ou por algum outro título, são ainda considerados ateus, no ponto fundamental que diferencia o Ateísmo do Cristianismo. Eles podem, na verdade, admitir que os homens têm muitos vícios; que alguns desses vícios nasceram conosco; e que, conseqüentemente, não nascemos completamente tão sábios, ou tão virtuosos, como deveria ser; existindo poucos que irão afirmar redondamente: 'Nós nascemos com propensão, tanto para o bem, quanto para o mal; e todo homem, pela natureza, é virtuoso e sábio, tanto quanto Adão foi quando de sua criação'. Mas aqui está o lema: Será que, pela natureza, o homem está preenchido com toda forma de mal? Ele está vazio de todo bem? Ele está totalmente caído? Sua alma é totalmente corrupta? Ou, para voltarmos ao texto, 'toda imaginação dos pensamentos de seu coração são tão somente maus, e isto, continuamente?'. Se admitir isto, você estará longe de ser um cristão. Negar isto, você, ainda assim, será um ateu.   

3. Nós podemos aprender isto, em Terceiro Lugar, qual é a natureza própria da religião; da religião de Jesus Cristo. A terapia da alma é o método de Deus para curar uma alma que está assim doente. Por isto, o grande Médico das almas aplica medicamentos para curar esta enfermidade, para restaurar a natureza humana, totalmente corrupta, em todas as suas faculdades. Deus cura todo o nosso Ateísmo, através do conhecimento de Si Mesmo, e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou; nos fortalecendo na fé, uma evidência e convicção divina de Deus, e das coisas de Deus, -- em específico, desta importante verdade, 'Cristo me amou – e deu a Si mesmo por mim'. Pelo arrependimento e mansidão de coração, a doença mortal do orgulho é curada; através da resignação, humildade e submissão agradecida à vontade de Deus, a vontade própria é curada; o amor de Deus sendo o remédio soberano para o amor do mundo, em todas as suas ramificações. Agora, isto é propriamente religião; é a 'fé', assim, 'operando através do amor'; operando a mansidão humilde genuína, a morte completa para o mundo, com o amor, e a aquiescência grata nele, e conformidade para com toda a vontade e Palavra de Deus.

4. De fato, se o homem não tivesse, assim, caído, não haveria necessidade de tudo isto. Não haveria oportunidade para este operar no coração; este renovar no espírito de nossa mente. A superficialidade da religiosidade seria, então, uma mera expressão própria, assim como a 'superficialidade da perversidade'. Porque uma religião exterior, sem qualquer religiosidade, afinal, seria suficiente para todos os intentos e propósitos racionais. Assim sendo, seria suficiente, no julgamento daqueles que negam esta corrupção de nossa natureza. Eles fazem muito pouco mais da religião, do que o famoso Sr. Hobbes fez da razão. De acordo com ele, a razão é apenas 'uma bem organizada série de palavras': De acordo com eles, a religião é apenas uma bem organizada série de palavras e ações. E eles falam consistentemente consigo, mesmos, porque se o interior não for cheio de maldade; se isto já estiver limpo, o que permanece, a não ser 'a limpeza do exterior de uma xícara?'. A reforma exterior, se a suposição deles for justa, é de fato, alguma coisa necessária. 

5. Mas nós não temos aprendido assim dos oráculos de Deus. Nós sabemos que aquele que busca o que está no homem faz um relato diferente, tanto da natureza quanto da graça, de nossa queda e nossa recuperação.  Nós sabemos que a grande finalidade da religião é renovar nossos corações na imagem de Deus; reparar aquela perda total de retidão e santidade verdadeira, que nós mantivemos, por conta do pecado de nosso primeiro antepassado. Ainda assim, sabemos que toda religião que não responde a esta finalidade; toda sorte de interrupção disto, da renovação de nossa alma na imagem de Deus, em busca da similitude Dele que a criou, não é outra do que uma pobre farsa, e uma mera zombaria de Deus, para a destruição de nossa própria alma. Oh! Previna-se daqueles professores de mentiras, que impingiria isto sobre você, como Cristianismo! Não os leve em consideração, embora eles venham até você, com toda o engano da iniqüidade; com toda lisura da linguagem; toda decência; sim, beleza e elegância de expressão; todas as declarações de boa vontade sincera para com você, e reverência para com as Santas Escrituras. Mantenha o plano da velha fé, 'uma vez, entregue aos santos', e entregue pelo Espírito de Deus aos nossos corações. Conheça a sua enfermidade! Conheça a sua cura! Você nasceu no pecado: Por conseguinte, 'você deve nascer de novo'; nascer de Deus. Pela natureza, você é totalmente corrupto. Pela graça, você está totalmente renovado. Em Adão, todos morremos: No segundo Adão, em Cristo, todos fomos trazidos à vida. 'Você que estava morto nos pecados, Ele tem vivificado'. Ele já deu a você o princípio da vida; até mesmo a fé Nele, que o amou e deu a Si mesmo por você! Agora, 'vai de fé em fé', até que toda a doença será curada; e toda aquela 'mente que esteve em Jesus Cristo, esteja também em você'.

[Editado por George Lyons da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), para a Wesley Center for Applied Theology.]

GATOS NÃO CAEM DE PÁRA-QUEDAS




Marcelo Augusto de Carvalho


O pai/ o filho matuto/ e a gança.
ü  Em uma fazenda muito distante havia um pai que não queria que seu filho, único filho casasse. Ele achava que o casamento só traria problemas. Criou o garoto sem nunca ver uma mulher com exceção da mãe. Quando jovem, 19 anos, levou o moço à cidade. Que felicidade. Novidades. O filho apontou para uma bela moça e perguntou: Pai, o que é aquilo?  Uma gança, filho. Não se preocupe com isto, viva sua vida e será feliz. Na volta, o filho triste na carroça. O que há querido? Pai, o senhor vai me desculpar mas sinceramente, eu quero uma gança.

Há muitos adultos que se apavoram quando percebem que os filhos estão na fase do namoro. Uns perdem o sono. Outros, devido a tantos problemas, pintam o namoro como se fosse o inferno na terra, desestimulando seus filhos e jovens  a assumirem esse relacionamento tão primordial em suas vidas.
E há jovens tão desacreditados que preferem nem pensar nisto para não sofrerem mais do que já sofreram na vida.
Quero lhes dizer que ainda há esperança. Há muita coisa positiva no namoro, que precisa ser explorada para que um casal possa ser feliz. Se seguir os princípios de Deus neste caso, serem felizes.

QUAL É O IDELA DIVINO PARA QUE COMECE UM NAMORO, PARA QUE ELE SEJA MANTIDO ATÉ O ALTAR, E PARA QUE ELE DURE PELOS PRÓXIMOS 50 ANOS, ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE?

1-   CONHECER-SE. FAZER AMIZADE.
LOGRO  92. 361
ü  Os animais têm métodos definidos de se identificarem e se agruparem em pares. Cor, tamanho, sinais especiais, e faro, separam as fêmeas dos machos, e os animais sabem instintivamente como formar uma família. Mas algumas vezes eles ficam confusos e ocorrem alguns resultados curiosos. Alguns cientistas fizeram experiências  com uma espécie de periquitos para ver como dependeriam da vista para se identificarem mutuamente. Os machos têm uma mancha azul sobre o bico, as fêmeas mancha marrom. Quando a mancha de certa fêmea foi pintada de azul, o macho a tratou como rival. Quando um macho teve sua mancha pintada de marrom  e foi posto numa gaiola com outro macho, foi cortejado como se fosse fêmea. Experimentos posteriores, porém, mostraram que se um casal dessa espécie vivesse junto por algum tempo, mesmo disfarçados se reconheceriam sem necessidade de qualquer sinal. A convivência eliminaria qualquer dúvida.
v O primeiro princípio de um namoro cristão é este começar e se basear em uma sólida amizade. Desta forma dúvidas ou problemas freqüentes costumam nem aparecer. Faça o maior número de amigos possíveis. Destes você poderá escolher alguém muito especial.
v Por isto não cremos no FICAR (ele é absurdamente superficial).

2-   BELA APARÊNCIA NÃO É TUDO. CUIDADO.
IJ 92 135
ü  As mais belas rãs do mundo são tão mortíferas que os nativos da América Central e do Sul utilizam o veneno de seu corpo para envenenar a ponta de suas flechas. A extraordinária beleza dessas rãs, com cores como amarelo, vermelho, verde esmeralda e preto, corresponde a sinais de advertência para todos os predadores. Se um animal faz como presa essa linda rã, o resultado é morte certa.
ü  A rã kokoi, que vive na Colômbia, contém o veneno mais poderoso do mundo. 31 gramas de seu veneno é suficiente para matar um homem instantâneamente.
ü  O pavão macho possui 200 penas longas e coloridas na cauda, tudo para cortejar a fêmea. Moça, cuidado com aqueles que só povoam sua imaginação mas que não povoam seus sonhos e anseios.
ü  O bicho-da-seda possui um olfato tão aguçado que pode sentir a presença de uma fêmea a 11 km de distância. Há muitos adolescentes desesperados, ou solteirões garanhões assim.
ü  Depois do acasalamento, a viúva-negra simplesmente devora o seu companheiro. Ela pode liquidar assim 25 pretendentes num só dia. Você já leu Provérbios 5 e 7?
v  A beleza é parte importante de um relacionamento amoroso. Até os animais sentem assim. Porque Deus fez assim. Mas só a beleza não pode ser parte fundamental dessa escolha. Namoramos não só com a pele de alguém, mas principalmente com sua personalidade, com suas virtudes mas também defeitos, manias e desejos.
v  Uma boa amizade evita surpresas desagradáveis no futuro.

3-   FEIURA É RELATIVA. ESTA PODE ESCONDER ALGUÉM INCRIVELMENTE CAPAZ.
GALINHOLA  92. 277
ü  A galinhola é uma ave tão feia que parece ser feita de pedaços e partes de outras aves. Mas, toda esta feiura e desproporção tem um propósito.
O longo bico, longo demais para seu corpo rechonchudo lhe serve muito bem para esquadrinhar a terra úmida e fofa à procura de minhocas, sendo muito prático por poder abrir só na ponta.
Localiza minhocas escutando-as, usando para isto seus esquisitos ouvidos que, apesar de ficarem abaixo dos olhos, são muito prático quando fixos ao chão.
Como os olhos estão acima dos ouvidos, ela pode olhar para cima, em todas as direções, inclusive para trás, prestando atenção aos inimigos enquanto escuta as minhocas com seu ouvido grudado ao chão.
Suas penas têm a mesma cor das folhas marrons, paus e sujeira do chão da floresta, dando-lhe o artifício da camuflagem.
v Alguém pode até ser feio aos nossos olhos, ficando longe do conceito de beleza de nossa sociedade. Mas há muitas pessoas que usam estes traços para tornarem tão agradáveis que deixam de serem feias para nós. Na verdade há muito mais pessoas bonitas em nosso conceito sendo feias do que os bonitos estéticamente, que geralmente se tornam insuportáveis nos relacionamentos por seu orgulho e cabeça vazia.

4-   ANALISE O CARÁTER. ELE TEM CUIDADO PELA FAMÍLIA?
IJ 92 154
ü  Há um pássaro na Austrália e Nova Guiné que constrói caramanchões simplesmente maravilhosos para cortejar sua fêmea. Ele não somente exibe penas brilhantemente coloridas para atraí-la, como fazem os demais pássaros, mas torna seu ambiente atrativo valendo da habilidade da arquitetura. Posteriormente a fêmea edifica um outro local para criar os filhotes.
Outro tipo erige mastros, fazendo uma pirâmide de gravetos  de até 1,80 m. Depois erige uma pirâmide menor na base de uma árvore próxima e forma um arco sobre o espaço entre ambas com ramos e gravetos. A seguir esparge flores sobre as paredes do caramachão e também no solo.
v  Seu escolhido não precisa ser rico, Ter posses ou lhe prometer o Céu e a Terra. Lembre-se: Você não é uma mercadoria. Ele não está lhe comprando. Mas é primordial que num estágio avançado de namoro que ele lhe mostre condições de um dia, se continuarem junto, manter a família bem. Isto não é uma exigência, mas uma necessidade da vida.

5-   ANALISE BEM O TEMPERAMENTO DO ESCOLHIDO.
IJ 92 372
ü  O urso cinzento é uma animal curioso. Embora possa facilmente matar um homem, ao encontrá-lo é mais provável que fuja dele. Enquanto caminha, movendo a imensa cabeça de um lado para outro, esse animal capaz de rachar o crânio de um alce com um golpe, fareja constantemente para sondar o perigo. Ele pode ouvir tanto quanto o homem, tem um olfato muito agudo, mas não enxerga bem. Sendo muito curioso, aproxima-se do homem em acampamento, geralmente atacando-o apenas com uma corrida em direção à pessoa para cheirá-la. Entretanto, o urso é imprevisível, havendo ocasiões em que ele mata mediante as reações da pessoa. Os motivos variam de sentir-se encurralado, por Ter filhotes, ou simplesmente sem nenhuma razão aparente. A única coisa a fazer nestes casos é subir numa árvore (em geral não gostam de subir em árvores) bem alta ou entrar num carro e esperá-lo ir embora.
v Conviver com alguém de difícil temperamento é uma tola opção quando você pode escolher não passar por ela. Escolha bem seus amigos e assim conhecerá o temperamento de cada um. Depois decida-se a amar alguém com quem seja possível relacionar-se bem e ser feliz. E lembre-se: escolha para namorar e casar-se não somente um bom marido, mas um ótimo pai para seus filhos. Além de terem de conviver com ele também herdarão o traços de caráter do pai. E como serão?

6-   AME QUEM VOCÊ TEM. NADA DE DESEJAR UMA ILUSÃO.  FIL. 4.11
IJ 92 304
ü  O bico de cada pássaro é perfeitamente adaptado à sua refeição especial.
ü  - Patos e gansos possuem bicos construídos como filtros que lhe permitem escolher o que desejam.
ü  - Pica-paus possuem o primeiro formão do mundo e este instrumento lhes é muito útil para alimentarem-se e fazer ninhos nos buracos das árvores.
ü  - O pelicano tem uma grande rede para peixe junto ao bico e ele a utiliza para pescar seu alimento.
ü  - O cardeal possui um bico muito forte, para partir sementes.
ü  - O beija-flor possui bico de canudinho próprio para sugar o néctar das flores.
v  Escolha alguém próprio para o seu bico. Nada de ilusões interplanetárias. Uma Sharon Stone ou um Tom Cruise fazem parte somente no imaginário. Não fique desejando pessoas que você nunca poderá Ter. Também não fique com alguém (sapo) pensando no (príncipe que virá de cavalo branco).

7-   UMA MAÇÃ OU O POMAR?
IJ 2000 46
ü  Não troque uma coisa maior e mais valiosa (sua felicidade futura) por algo menor (sua amizade com uma pessoa). Todos podiam ver que a namorada de Jake, Kelly, estava tomando todas as decisões por ele- quem poderia ser seu amigo, que roupas deveria usar, como deveria gastar seu dinheiro- e ele obedecia. Não demorou muito e a única amiga de Jake era Kelly. Ele estava a perigo de ser reprovado em várias matérias, e seus sonhos de fazer uma faculdade foram substituídos por sonhos de viajar pelo país de moto com Kelly. Os pais de Jake imploraram para que ele acordasse, mas ele insistia naquele namoro. Eles oraram. Um dia Jake percebeu como havia mudado e quão pouca felicidade sentia. Como podia reaver as amizades que deixara para trás? O que Kelly faria quando ele terminasse com ela? Ele tinha de tentar. E conseguiu. Retomou sua vida novamente, voltando a viver.

8-JAMAIS USE SEU CORPO PARA ALCANÇAR ALGUÉM, OU ALGUMA COISA QUE DESEJA. Léia
CLEÓPATRA, A RAINHA DOS REIS. 69-30 AC
ü  Ano 51 a.C. Cleópatra, aos 18 anos, torna-se rainha do Egito com a morte de seu pai Ptolomeu XII.
Parecia ter olhos grandes, boca pequena e bem desenhada. "Se o seu nariz tivesse sido mais curto, toda a face da Terra teria mudado", disse o matemático francês Blaise Pascal (1623-1662), pioneiro da Teoria da Probabilidade. O nariz era aquilino . O fato é que a beleza não constituía o seu maior atributo. Plutarco, o historiador romano que viveu um século depois, explicava de outro modo o fascínio que ela exercia: "A presença de Cleópatra era irresistível e havia tal encanto em sua pessoa e no seu modo de falar, misturado com uma força singular que permeava cada palavra e cada gesto, que a todos ela subjugava."
Cleópatra VII Thea Philopator gostava de vestir-se como Ísis, a deusa-mãe, de quem se dizia a reencarnação.
Nascida em 69 a.C., na rica Alexandria cujo porto era o mais importante da época, nada mais natural que Cleópatra se sentisse uma deusa. Dos jardins do seu palácio, ela podia ver algumas das maravilhas legadas ao mundo por seus antepassados: a mais famosa biblioteca da Antigüidade, com mais de 700 mil volumes, e um museu freqüentado por sábios do Mediterrâneo, a féerica agitação do porto, os monumentos e o magnífico farol, construído por Ptolomeu II, uma das Sete Maravilhas do Mundo.
Suas ambições: garantir a riqueza e a independência do Egito e restaurar a glória dos faraós.
Cercada de uma corte corrupta, Cleópatra não tinha escrúpulos. Mandou matar quatro dos cinco irmãos (dois homens e três mulheres) que podiam atrapalhar-lhe os planos. Era porém uma mulher culta. Nas negociações comerciais e nos encontros diplomáticos dispensava intérpretes, sendo a única rainha macedônica a falar o egípcio — além de nove outras línguas.
César se dirigiu ao Egito com suas legiões. A fim de entrar incógnita em Alexandria e conquistar as graças de César, Cleópatra arquitetou um plano ao seu estilo. Detalhe miúdo, ela se fez embrulhar num tapete, colocado nos ombros de um servo. Pode-se imaginar a expressão do ditador romano, ao ver o que continha o tapete desdobrado aos seus pés. Não espanta que a apresentação tenha terminado na cama. Seja como for, no dia seguinte César entregaria o controle do Egito para Cleópatra. Era um presente sujeito a condições. Em troca, a rainha, que mais tarde deu à luz a um filho apropriadamente chamado Cesário Ihe garantiu riquezas para sustentar seus exércitos.
César tinha então 54 anos. Cleópatra, 23. Os dias do conquistador, no entanto, estavam contados. Os inimigos acreditavam que ele pretendia tornar-se rei e instalar o governo do império em Alexandria para ficar junto da amante. Em 44 a.C., num dos episódios mais dramáticos da história de Roma, César foi assassinado por um grupo de republicanos. Sua morte pôs um fim à primeira campanha de Cleópatra pelo poder. Discretamente, retirou-se para o Egito à espera dos desdobramentos que não tardariam, na luta em Roma.
Marco Antônio sobe ao poder. Para consolidar-se, Antônio sonha com uma invasão da Pérsia e, para esse objetivo, convoca todos os aliados da República Romana a um encontro em Tarso, na Síria. É a oportunidade que Cleópatra esperava para voltar à História. Sua entrada é nada menos que triunfal. Baseado nos textos de Plutarco, o dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616) imortalizaria acenara peça Antônio e Cleópatra, em que a rainha, adornada como Vênus, aparece na popa dourada de um barco com velas de cor púrpura enfunadas ao vento. Cleópatra se faz abanar com plumas de avestruz por meninos vestidos de Cupido, enquanto, ao som de flautas, oboés e alaúdes, escravos movem ritmicamente os remos de prata. Dado a festas e ostentações, como poderia Marco Antônio resistir? No golpe de misericórdia, Cleópatra, aos 29 anos e no auge de seus encantos, convida o general quarentão para um banquete inigualável. Segundo Plutarco, dai em diante Cleópatra fez o que quis de Marco Antônio: Ela despertou e inflamou paixões até então adormecidas em sua natureza, abafou e finalmente corrompeu quaisquer resquícios de bondade e justiça que ainda subsistissem nele. Na realidade, o general era emotivo, bêbado e mulherengo.
Em 34 a.C., Antônio deu a Cleópatra, como prova de amor, a ilha de Chipre, mais a Líbia e a Síria, a Armênia, a Média (no noroeste do atual Irã) e a Cilícia (sudeste da atual Turquia) — e, é claro, o velho Egito.
Mas em Roma, tais doações foram usadas por Otávio para indispor o populacho contra seu rival. Não tardou que ambos se guerreassem. A batalha de Ácio, no leste da Grécia. em 31 a.C., foi definitiva. Embora seu exército fosse melhor preparado, Antônio não conseguiu furar o bloqueio marítimo montado por Otávio. Cleópatra, ao lado do amante, foi a primeira a reconhecer a derrota e fugir para o Egito. Para não perdê-la, Marco Antônio foi atrás, abandonando os que ainda lutavam — pecado imperdoável para um chefe militar. No Egito, o par formou a sociedade dos "inseparáveis na morte".
Como bom soldado, ele matou-se com a espada. Cleópatra, porém, tinha apego à vida. Prisioneira dos romanos, com 39 anos, apelou para a velha fórmula, tentando seduzir Otávio. Mas este recusou o jogo. Não restou mais nada à rainha senão suicidar-se, fazendo-se picar por uma áspide, pequena cobra venenosa.  
"Cleópatra é capaz de deixar qualquer homem a seus pés, mas homem algum pode ser feliz a seu lado.
Vivendo num ambiente de opulência e sensualidade — a corte dos faraós na faustosa Alexandria — Cleópatra é esculpida como a mulher irresistível que usa o corpo para conseguir o que quer dos homens e depois os descarta.

Aprendemos preciosas lições bíblicas na vida de Ceópatra:

1-   O poder de sedução da mulher é indiscutível. Leia para compreender melhor esta questão o capítulo “Apostasia no Jordão”, de Patriarcas e Profetas, de Ellen White. E ela vaticina: Satanás “emprega agora os mesmos fatores que empregou há três mil anos atrás. Por meio de amizades mundanas, pelos encantos da beleza, pela procura dos prazeres, folguedos, festins ou bebidas, tenta ele à violação do sétimo mandamento”. pág. 483.
2-   Sendo assim, cada mulher precisa saber controlar tal poder, sempre usando-o para o bem. A sedução foi autorizada por Deus para a conquista de um namorado, e para o convívio sexual dos cônjuges dentro do casamento. Fora disto é pecado. Jamais a mulher deve usar tal poder para seduzir os homens, e depois “descartá-los”,  ou mesmo para conseguir seus objetivos de vida. O caminho para o sucesso da vida- seja estudantil, profissional, amoroso ou social- passa pelos critérios divinos, que são a pureza de corações, vencer as dificuldades com persistência, nunca usar a “influência” de outros para conseguir algo, e muita ética. Uma vida que não segue tais requisitos, acabará tão trágica como a de Cleópatra: um desprazer pela vida, falta de sentido existencial, crise de consciência, suicídio.
3-   Jovem: cuidado com quem você escolhe para namorar. Melhor: qual é o seu critério de escolha ao procurar uma moça(o) para namorar? Apenas os atributos físicos, ou junto deles, busca a personalidade total de outra pessoa a complementar a sua? Convido-o a ler a história de Sansão, e também os capítulos 5 e 7 de Provérbios. Que Deus o abençoe.   SUPER, 03-90    

9-NENUM GATO CAI DE PÁRA-QUEDAS
IJ 2000. 30
ü  Dois gatos foram recrutados pela Força Aérea Real da Grã-Bretanha em 1954 e fizeram um salto-teste de pára-quedas, a partir de uma altitude de 350 pés. Por que? Na floresta de Malyan, um forte inglês estava infestado de ratos. Os líderes da guarnição pediram ajuda porque  estes roedores ameaçavam destruir todo o suprimento de alimentos que tinham. Então a força aérea enviou à “batalha” uma pequena equipe de felinos pára-quedistas para colocar um fim aquele problema. Imagine só vários gatos caindo de pára-quedas. Assim o problema foi resolvido.
v  Jovem, gatos não caem de pára-quedas. Todo relacionamento que vale a pena, significativo, especial precisa ser construído, com muita dedicação, esforço, e oração. Somente assim nossa vida pode ser profunda e feliz.
v  CONSTRUA SEUS RELACIONAMENTOS DE FORMA PERMANENTE.

Pr. Marcelo Carvalho 09 fevereiro 2001 Campo Limpo SP.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Concha solitaria(Solitary Shell) #Autismo #Asperger

Recado :

O Caminho Bíblico da Salvação



John Wesley

'Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus'. (Efésios 2:8)

            1. Nada pode ser mais intrincado, complexo e difícil de entender, do que a religião, como ela tem sido freqüentemente descrita. E isto não é apenas verdade, concernente a religião dos pagãos, mesmo dos mais sábios deles, mas concernente à religião daqueles que também foram, em algum sentido, cristãos; sim, de homens de grande nome no mundo cristão; homens que pareciam ser os pilares dela. Ainda assim, quão facilmente é entendida; que coisa clara e simples, é a religião genuína de Jesus Cristo; proporcionada apenas para que a tomemos em sua forma nativa, justamente como ela é descrita nos oráculos de Deus! Ela é exatamente adequada, pelo sábio Criador e Governador do mundo, para o entendimento fraco e a capacidade estreita dos homens, no seu presente estado. Quão observável é isto, tanto com respeito à finalidade que ela se propõe, quanto aos meios para se alcançar esta finalidade. A finalidade é, em uma palavra, salvação; os meios de obtê-la, fé.

            2. É facilmente discernido que essas duas pequenas palavras -  quero dizer fé e salvação - incluem a substância de toda a Bíblia; a medula, como se diz, de todas as Escrituras. Tanto mais devemos tomar todo cuidado possível para evitar todo engano, concernente a elas, e formar um julgamento verdadeiro e correto, concernente a uma, tanto quanto a outra.

3. Permita-nos inquirir seriamente:

I. O que é salvação?

 II. Qual é está  fé, por meio da qual, somos salvos? E...

III. E como podemos ser salvos por ela?

I

1. Primeiro, nós vamos inquirir, o que é salvação? A salvação, de que aqui se fala, não é o que é freqüentemente entendido por esta palavra, o ir para o céu, e para a felicidade eterna. Não é o ir da alma para o paraíso, denominado por nosso Senhor, 'Seio de Abraão'. Não é uma bênção que se estende do outro lado da morte; ou, como nós usualmente falamos, do outro lado do mundo. As mesmas palavras do texto colocam isto além de toda questão: 'Vocês estão salvos'. Não é alguma coisa distante: é uma coisa presente; uma bênção que, através da livre misericórdia de Deus, vocês agora têm posse dela. Mais ainda, as palavras podem ser interpretadas, e isto com igual propriedade, 'Vocês têm sido salvos': de modo que a salvação de que falamos aqui, pode ser estendida para a inteira obra de Deus; desde o primeiro amanhecer da graça na alma, até que seja consumada na glória.

2. Se nós tomamos isto em sua extensão extrema, ela irá incluir tudo o que é forjado na alma, pelo que é freqüentemente denominado 'consciência natural', mas, mais propriamente, 'graça preventiva'; -- todas as delineações do Pai; os desejos, em busca de Deus, que, se nós nos rendermos a eles, aumentam mais e mais; -- toda aquela luz, por meio da qual, o Filho de Deus 'iluminou todo aquele que veio ao mundo'; demonstrando para cada homem como 'fazer corretamente; amar a misericórdia, e caminhar humildemente com seu Deus'; -- todas as convicções que Seu Espírito, de tempos em tempos, opera em todo filho do homem – embora, seja verdade que a generalidade deles as reprime, tão logo quanto possível, e, depois de algum tempo, esqueça, ou, pelo menos, negue que as teve, afinal.

3. Mas, no momento, nós estamos apenas preocupados com aquela salvação, do qual o Apóstolo está falando diretamente a respeito. E esta consiste em duas partes gerais, justificação e santificação.

            Justificação é uma outra palavra para perdão. É o perdão de todos nossos pecados; e, o que necessariamente implica nisto, nossa aceitação com Deus. O preço, por meio do qual, isto tem sido buscado para nós (comumente denominado 'a causa meritória de nossa justificação'). É o sangue e retidão de Cristo; ou, para expressá-la, mais claramente,  tudo o que Cristo tem feito e sofrido por nós, até que Ele despejou Sua alma pelos transgressores'. Os efeitos imediatos da justificação são, a paz de Deus; 'a paz que ultrapassa todo entendimento', e um 'regozijar-se na esperança da glória de Deus', 'com alegria inexprimível e glória completa'.

4. E, ao mesmo tempo em que somos justificados, sim, naquele mesmo momento, a santificação começa. Naquele instante, somos nascidos novamente; nascido alto; nascido do Espírito: Existe uma mudança real, assim como relativa. Nós somos interiormente renovados pelo poder de Deus. Nós sentimos 'o amor de Deus, espalhando-se pelo nosso coração, através do Espírito Santo, que é dado junto a nós'; produzindo amor a toda humanidade, e mais especialmente, aos filhos de Deus;  expelindo o amor ao mundo; o amor ao prazer, à comodidade; à honra; ao dinheiro; juntos, com o orgulho, a ira, a obstinação, e todos os outros temperamentos pecaminosos; em uma palavra, mudando da mente terrena, sensual, perversa, para a 'mente que estava em Jesus Cristo'.

5. Quão naturalmente, estes que experimentam tal mudança, imaginam que todos os pecados se foram,; que eles estão inteiramente arrancados de seus corações, e que têm não mais lugar nele! Quão facilmente, eles esboçam esta conclusão: 'Eu não sinto pecado; portanto, eu não tenho pecado algum: ele não mais perturba; por conseguinte, não existe: ele não tem movimento; assim sendo, não tem vida!'

6. Mas, raramente, é muito tempo antes que eles não sejam enganados, certificando-se que o pecado estava tão somente suspenso e não destruídos. As tentações retornam, e o pecado revive; mostrando que estavam apenas adormecidos anteriormente, e não mortos. Eles agora sentem dois princípios, em si mesmos, claramente contrários, um ao outro: 'a carne cobiçando contra o Espírito'; a natureza opondo-se à graça de Deus. Eles não podem negar que, apesar de ainda sentirem poder para crer em Cristo, e amar a Deus; e, embora Seu 'Espírito' ainda 'testemunhe com seus espíritos que eles são filhos de Deus'; ainda assim, eles sentem, em si mesmos, algumas vezes, orgulho, ou obstinação; algumas vezes, ira ou descrença. Eles encontram um ou mais desses, freqüentemente agitando seus corações, embora que não conquistando; sim, talvez, 'causando ferida neles para que possam cair'; mas o Senhor é o socorro deles.  

7. Quão exatamente Macário, cento e quatorze anos atrás, descreve a presente experiência dos filhos de Deus: 'O inábil', ou inexperiente, 'quando a graça opera, presentemente imagina que ele não tem mais pecado. Enquanto que aqueles que têm prudência não podem negar que, mesmo nós que temos a graça de Deus, podemos ser molestados novamente. Porque nós temos freqüentemente tido exemplos de alguns, entre os irmãos, que têm experimentado tal graça, como a confirmar que eles não têm mais pecados neles; e, ainda assim, depois de tudo, quando eles se acreditaram inteiramente livres dele, a corrupção que espreitava interiormente, levantou-se renovada, e eles quase foram destruídos'.

8. Do momento de nosso nascer de novo, o trabalho gradual da santificação toma lugar. Nós somos habilitados 'através do Espírito, a mortificar as ações do corpo'; de nossa natureza pecaminosa; e, quanto mais estamos mortos para o pecado, mais e mais, estamos vivos para Deus. Nós seguimos, de graça em graça, enquanto cuidamos de 'nos abstermos de toda a aparência do mal', e somos 'zelosos das boas obras', quando temos oportunidade, fazendo o bem a todos os homens; enquanto caminhamos, em todas as Suas ordenanças, sem culpa; neste sentido, adorando a Ele, em espírito e em verdade, enquanto tomamos nossa cruz, e negamos, a nós mesmos, todo o prazer que não nos conduz a Deus.

9. É assim que nós esperamos pela santificação inteira; porque uma salvação completa de todos os nossos pecados, -- do orgulho, obstinação, ira, descrença; ou, como o Apóstolo expressa isto, 'buscar a perfeição'. Mas o que é perfeição? A palavra tem vários sentidos: aqui ela significa amor perfeito. É o amor eu exclui o pecado; amor preenchendo o coração, dedicando-se a toda capacidade da alma. É o amor 'regozijando-se, sempre mais; orando, sem cessar; e em todas as coisas dando graças'. 

II

Mas o que é a fé, por meio da qual somos salvos? Este é o segundo ponto que deverá ser considerado. 

1. A fé, em geral, é definida pelo Apóstolo como uma evidência; a evidência e convicção divina (a palavra significa ambas) das coisas que não são vistas; não visíveis; não perceptíveis, tanto pelas vistas, quanto por qualquer outro sentido externo. Isto implica ambas em uma evidência de Deus, e das coisas de Deus; uma espécie de luz espiritual, exibida para a alma, e um panorama ou percepção supernatural disto. De acordo com o que as Escrituras falam de Deus, fornecendo, algumas vezes, luz; algumas vezes, poder de discerni-la. Assim, Paulo diz: 'Deus que ordenou que a luz brilhasse na escuridão, tem brilhado em nossos corações, para nos dar a luz do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo'. E, em outra parte, o mesmo Apóstolo fala a respeito dos 'olhos' de nosso 'entendimento sendo abertos'. Através da dupla operação do Espírito Santo, tendo os olhos de nossa alma, ambos abertos e iluminados, nós vemos as coisas que 'os olhos'  naturais 'não vêem, nem os ouvidos ouvem'. Nós temos um prospecto das coisas invisíveis de Deus; nós vemos o mundo espiritual, que está em volta de nós, e ainda assim, não mais discernido, através de nossas faculdades naturais, do que se ele não tivesse existido. E nós vemos o mundo eterno; penetrando, através do véu que se estende entre o tempo e a eternidade. Nuvens e trevas, então, não mais repousam sobre ele, porque agora já podemos ver a glória que deverá ser revelada. 

2. Tomando a palavra, em um sentido mais particular, a fé é uma evidência e convicção divina, não apenas de que 'Deus está em Cristo, reconciliando o mundo para Si Mesmo', mas também, que Cristo me amou, e deu a Si Mesmo por mim. É através da fé (quer nós a denominemos essência, ou antes, uma propriedade desta) que nós recebemos Cristo; que recebemos a Ele, em todos os Seus ofícios; como nosso Profeta, Sacerdote e Rei. É, através disto, que 'Deus O faz sabedoria, retidão, santificação e redenção, junto a nós'.

3. 'Mas esta é a fé da convicção, ou fé da lealdade?'.

As Escrituras não mencionam tal distinção. O Apóstolo diz, 'Existe uma fé, e uma esperança de nosso chamado'; um cristão, uma fé salvadora; 'assim como existe um Senhor', em quem acreditamos, e 'um Deus e Pai de todos nós'. E é certo que essa fé implica necessariamente uma convicção (que aqui é apenas uma outra palavra para evidência, ficando difícil dizer a diferença entre elas) de que Cristo me amou, e deu a Si Mesmo por mim. Porque 'aquele que crê', com a verdadeira fé viva, 'tem testemunho em si mesmo': 'O Espírito Santo testemunha com seu espírito que ele é filho de Deus'.  'Porque ele é um filho, Deus enviou o Espírito de Seu Filho, ao seu coração, clamando, Aba, Pai';  dando a ele uma convicção de que ele é assim, e uma confiança inocente Nele. Mas que seja observado que, pela mesma natureza da coisa, a convicção vem antes da confiança. Porque um  homem não pode ter uma confiança pueril em Deus, até que ele saiba que ele é filho de Deus. Portanto, convicção, confiança, esperança, lealdade, ou o que mais possa ser chamado, não é a primeira, como alguns supõem, mas a segunda ramificação ou ato da fé.

4. Através da fé, somos salvos, justificados, e santificados; tomando a palavra em seu sentido mais sublime. Mas como nós somos justificados e salvos por ela? Esta é nossa terceira indagação. Sendo o ponto principal na questão, e um ponto de extraordinária importância; e não será impróprio dar a ela a mais distinta e particular consideração.

III

1. E, primeiro, como nós somos justificados pela fé? Em que sentido isto deve ser entendido? Eu respondo, a Fé é a condição; a única condição da justificação. É a condição: ninguém é justificado, a não ser aquele que crê: sem a fé, nenhum homem é justificado. E é a única condição: esta, tão somente, é suficiente para a justificação. Todos os que crêem são justificados, o que quer que tenham ou não tenham. Em outras palavras: nenhum homem é justificado, até que creia; todos os homens, quando crêem, são justificados.

2. 'Mas Deus não nos ordena que nos arrependamos também? Sim, que  produzamos os frutos do arrependimento – cessando, por exemplo, de fazermos o mal, e aprendendo a fazermos o bem? E, tanto um quanto o outro, da mais extrema necessidade; considerando que, se nós negligenciamos, prontamente um, nós não podemos razoavelmente esperar sermos justificados, afinal? E, se for assim, como podemos dizer que a fé é a única condição de justificação?'.

Deus, indubitavelmente, nos ordena a tanto nos arrependermos, quanto a produzirmos os frutos do arrependimento; o que se prontamente negligenciamos, nós não poderemos razoavelmente esperar sermos justificados, afinal: Conseqüentemente, o arrependimento e os frutos produzidos por ele são, em algum sentido, necessários para a justificação. Mas eles não são necessários, no mesmo sentido, para a fé; não no mesmo grau; porque esses frutos são apenas necessários, condicionalmente; se existe tempo e oportunidade para eles. Por outro lado, um homem pode ser justificado, sem eles, como foi o caso do ladrão na cruz (se nós podemos chamá-lo assim; porque um recente escritor descobriu que ele não era um ladrão, mas uma pessoa muito honesta e respeitável!), mas ele não poderia ser justificado, sem fé; isto é impossível; já que a fé é imediatamente necessária para a justificação. Permanece que a fé é a única condição, imediatamente e proximamente necessária para a justificação.

3. 'Mas você acredita que nós somos santificados pela fé? Nós sabemos que você acredita que somos justificados pela fé; mas você não acredita, e, portanto, ensina que nós somos santificados pelas nossas obras?'.

E assim tem sido redondamente e veementemente afirmado, durante esses vinte e cinco anos: mas eu tenho constantemente declarado justamente o contrário, e isto, de todas as maneiras possíveis. Eu tenho continuamente testificado, em público ou privado, que nós somos santificados, assim como justificados, através da fé. E, de fato, uma dessas grandes verdades, ilustra grandemente a outra. Exatamente como nós somos justificados pela fé, nós somos santificados pela fé. A fé é a condição; e a única condição da santificação, exatamente como é da justificação. É a condição: ninguém, é santificado, a não ser aquele que crê; sem a fé, nenhum homem é santificado. E esta é a única condição: apenas esta é suficiente para a santificação. Todos que crêem são santificados, o que quer que tenham ou não. Em outras palavras, nenhum homem é santificado, até que ele creia: todo homem que crê é santificado.

4. "Mas não existe um conseqüente arrependimento sobre isto, tanto quanto um arrependimento prévio para a justificação?  E não é incumbência de todos que são justificados, serem 'zelosos das boas obras?'. Sim, e essas não são assim necessários, de modo que se um homem prontamente negligenciá-las, ele não poderá razoavelmente esperar que possa ser, alguma vez, santificado, em seu sentido completo; ou seja, perfeito no amor? Mais do que isto, ele pode crescer, afinal, na graça, no conhecimento amoroso de nosso Senhor Jesus Cristo? Sim, pode reter a graça que Deus já deu a ele? Pode continuar na fé, que recebeu, ou no favor de Deus? Você mesmo não admite e continuamente afirma tudo isto? Mas, se assim for, como se pode dizer que esta é a única condição de santificação?".

5. Eu admito tudo isto, e mantenho continuamente, como a verdade de Deus. Eu admito que exista um arrependimento, como conseqüência, tanto quanto o arrependimento prévio para a justificação. É incumbência de todo aquele que é justificado ser zeloso das boas obras. E existe tal necessidade, porque, se um homem prontamente as negligencia, ele não poderá razoavelmente esperar que seja, alguma vez, santificado; ele não poderá crescer na graça, na imagem de Deus; na mente que estava em Jesus Cristo; mais ainda, ele não poderá reter a graça que recebeu; ele não poderá continuar na fé; no favor de Deus. Qual é a inferência que devemos traçar, daqui a diante? Uma vez que tanto o arrependimento, corretamente entendido, quanto a prática de todas as boas obras, -- obra de devoção, assim como obras de misericórdia  (agora, propriamente assim chamada, já que elas brotaram da fé) são, em algum sentido, necessários à santificação.

6. O arrependimento conseqüente à justificação, é largamente diferente daquele que a antecede. Isto implica, em nenhuma culpa, no sentido de condenação; nenhuma consciência da ira de Deus. Ele não admite qualquer dúvida do favor de Deus, ou algum 'temor de ter tormento'. É uma convicção razoável, forjada pelo Espírito Santo, do pecado que ainda permanece em nossos corações; da mente carnal, que 'ainda perdura' (como nosso igreja fala) 'mesmo naqueles que são regenerados'; embora ela não reine por muito tempo; ela não tenha agora domínio sobre eles. É uma convicção de nossa predisposição ao mal; de um coração inclinado à apostasia; da tendência ainda contínua da carne de cobiçar contra o espírito. A menos que vigiemos e oremos continuamente, ela se entrega ao orgulho; algumas vezes, à ira; algumas vezes, ao amor do mundo, ao amor às facilidades; ao amor à honra; ao amor ao prazer, mais do que amor a Deus. Trata-se de uma convicção ou tendência de nosso coração à obstinação, ao ateísmo, ou à idolatria; e, acima de tudo, à descrença; por meio da qual, por milhares de caminhos, e debaixo de milhares de pretextos, nós estamos sempre partindo, mais ou menos, do Deus vivo. 
           
7. Com esta convicção do pecado, permanecendo em nossos corações, existe uma clara convicção do pecado remanescendo em nossas vidas; ainda aderindo-se a todas as nossas palavras e ações. No melhor desses, nós agora discernimos uma mistura do mal no espírito, tanto no conteúdo, quanto na maneira deles; alguma coisa que não poderia resistir ao julgamento reto de Deus, fosse ele extremado para marcar o que é feito erroneamente. Onde menos suspeitamos, nós encontramos uma faísca de orgulho ou obstinação; de descrença ou idolatria; de maneira que estamos agora mais envergonhados das nossas melhores obrigações, do que anteriormente de nossos piores pecados: e conseqüentemente, nós não podemos deixar de sentir que esses estão longe de terem alguma coisa meritória neles; sim, tão longe de serem capazes de permanecer na vista da justiça divina, que, por causa desses também seríamos culpados diante de Deus, não fosse pelo sangue do redentor.

8. A experiência mostra que, junto com esta convicção do pecado, permanecendo em nossos corações, e aderindo-se a todas as nossas palavras e ações; tanto quanto a culpa que, por causa disto, nós poderíamos incorrer, não fôssemos constantemente borrifados com o sangue redentor; uma coisa mais é subtendida neste arrependimento; ou seja, a convicção de nosso desamparo; de nossa extrema incapacidade de termos um bom pensamento; ou formamos um bom desejo; e muito menos, falarmos uma palavra correta; ou executarmos alguma boa ação, a não ser, através da Sua graça Onipotente; primeiro nos prevenindo, e, então, nos acompanhando todo momento.

9. 'Mas que boas obras são essas, cuja prática você afirma ser necessária para a santificação:'.

Primeiro, todas as obras de devoção; tais como oração pública; oração familiar; e orando em seus aposentos; recebendo a Ceia do Senhor; buscando as Escrituras; ouvindo, lendo, meditando, e usando tal medida de jejum ou abstinência, como nossa saúde corpórea permite.  

10. Em Segundo Lugar, todas as obras de misericórdia, quer se refiram aos corpos ou às almas dos homens; tais como alimentar o faminto; vestir o despido; entreter o estranho; visitar aqueles que estão na prisão, ou doentes, ou afligidos de maneira variada; tais como se esforçar para instruir o ignorante; acordar o pecador estúpido; estimular o desinteressado; confirmar o oscilante; confortar o fraco de espírito; socorrer o tentado; ou contribuir, de alguma maneira, para salvar as almas da morte. Este é o arrependimento, e esses são 'os frutos encontrados nele', e que são necessários para a completa santificação. Este é o caminho que Deus tem indicado aos Seus filhos, em sua busca pela salvação completa.

11. Conseqüentemente, pode aparecer o extremo absurdo daquela opinião, aparentemente inocente, de que não existe pecado em um crente; que todo pecado está destruído, raiz e ramificação, no momento em que o homem é justificado. Não existe lugar para o arrependimento naquele que crê que não existe pecado, quer em sua vida, ou em seu coração: assim sendo, não existe lugar, para que ele seja perfeito no amor, para o qual aquele arrependimento, é indispensavelmente necessário.

12. Por esta razão, pode igualmente aparecer, que não existe possivelmente perigo nesse esperar pela salvação completa. Porque, supondo-se que estejamos enganados; supondo-se que tal bênção nunca foi, ou nunca poderá ser obtida, ainda assim, nós não perdemos coisa alguma; mais do que isto, esta mesma expectativa nos estimula a usar todos os talentos que Deus nos tem dado; sim, a aperfeiçoá-los; de modo que, quando nosso Senhor vier, Ele receberá o que é seu com crescimento. 

13. Mas para retornar: Embora seja permitido que ambos esse arrependimento e seus frutos sejam necessários para a completa salvação; ainda assim, eles não são necessários, tanto no mesmo sentido, quanto no mesmo grau, para a fé:

-- Não, no mesmo grau; porque esses frutos são apenas necessários, condicionalmente, se houver tempo e oportunidade para eles; se, por um lado um homem pode ser santificado, sem eles; por outro, ele não poderá ser santificado, sem a fé. Ou seja, um homem tenha muito desse arrependimento, ou muito das boas obras, ainda assim, isto tudo não será de proveito algum, afinal: porque ele não será santificado até que creia. Mas, no momento em que crer, com ou sem esses frutos; sim, com, mais ou menos, desse arrependimento, ele será santificado.

-- Não, no mesmo sentido; porque esse arrependimento e esses frutos são apenas remotamente necessários, -- necessários, com o objetivo da continuidade de sua fé, assim como, do crescimento dela; considerando que a fé é imediatamente e diretamente necessária para a santificação. Assim sendo, a fé é a única condição que é imediatamente e proximamente necessária para a santificação.

14. 'Mas que fé esta, por meio da qual somos santificados, --salvos do pecado, e perfeitos no amor?'.

É a evidência e convicção, divinas; primeiro, do que Deus tem prometido nas santas Escrituras. Até que estejamos totalmente satisfeitos com isto, não teremos movido um passo adiante sequer. E alguém poderia imaginar que não seria necessária uma única palavra mais, para convencer um homem razoável disto, do que a promessa antiga: (Deuteronômio 30:6) "E o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao Senhor teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas". Quão claramente, isto expressa o ser perfeito no amor! – quão fortemente, implica o ser salvo de todo pecado! Porque, por quanto tempo o amor tomar todo o nosso coração, que espaço existirá para o pecado, nele?

15. Em Segundo Lugar, é a evidência e convicção, divinas, de que o que Deus tem prometido, Ele é capaz de realizar. Admitindo, portanto, que 'com os homens é impossível extrair coisa limpa da sujeira'; purificar o coração de todo o pecado, e  cultivá-lo com toda santidade; ainda assim, isto não cria dificuldade no caso, vendo que 'com Deus, todas as coisas são possíveis'. E, certamente, ninguém imaginou que isto fosse possível a qualquer outro poder menor do que aquele do Altíssimo! De maneira que, se Deus fala, isto deverá ser feito. Deus diz: 'Haja luz; e houve luz!'

16. Em Terceiro Lugar, é uma evidência e convicção de que Ele é capaz e está disposto a fazer isto já. E por que não? Um momento para Deus, não é o mesmo que mil anos? Ele não pode querer mais tempo, para executar qualquer que seja a vontade Dele. E não pode necessitar ou esperar por mais merecimento ou aptidão nas pessoas, as quais Ele se agradou de honrar. Nós podemos dizer, por conseguinte, a qualquer tempo, 'Agora é o dia da salvação!'. 'Hoje, se você ouvir a voz Dele, não endureça seu coração!'. 'Observe que todas as coisas já estão prontas; venha para o casamento!'.

17. Para esta confiança de que Deus é tanto capaz, quanto de boa vontade nos santifica agora, é necessário que acrescentemos uma coisa mais, -- a evidência e a convicção, divinas, de que Ele faz isto. De que naquela hora é feita: Deus diz, no mais profundo da alma: 'De acordo com tua fé, que ela seja junto a ti!'. Então, a alma é purificada de toda mancha do pecado; é limpa 'de toda iniqüidade'. O crente, então, experimenta o profundo significado daquelas palavras solenes: 'Se caminharmos na luz, como Ele está na luz, nós teremos camaradagem, um com o outro, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos limpará de todos os pecados'.

18. 'Mas Deus opera está grande obra em nossa alma, gradualmente ou instantaneamente?'. Talvez, em alguns, ela possa ser forjada gradualmente; eu quero dizer, neste sentido, -- eles não atentam para o momento particular, em que o pecado cessa de existir. Mas seria infinitamente desejável, fosse da vontade de Deus, que isto pudesse ser feito instantaneamente; que o Senhor pudesse destruir o pecado, 'através do respirar de Sua boca'; de repente, num piscar de olho. E assim, Ele geralmente faz; um fato claro de que existe evidência suficiente para satisfazer qualquer pessoa sem preconceito. Portanto, busque por ela, todo momento! Busque por ela, no caminho acima descrito; em todas essas boas obras, para o que você 'foi renovado em Jesus Cristo'. Não existe nisto, então, perigo: você não poderá ser pior, se você não for melhor, para esta espera. Porque mesmo que você fosse desapontado em sua esperança, ainda assim, não teria perdido coisa alguma. Mas você não será desapontado em sua esperança: ela virá, e não tardará. Busque por ela, então, todos os dias, todas as horas, todos os momentos! Por que não nesta hora, neste momento? Certamente você pode buscá-la agora, se você acredita que é, através da fé. E, através desse sinal, você pode certamente saber, se você a está buscando pela fé, ou pelas obras. Se pelas obras, você necessita que alguma coisa seja feita, primeiro, antes que você seja santificado. Você pensa: eu devo primeiro ser ou fazer assim e assim. Então, você a está buscando, através das obras, até o momento. Se você a busca pela fé, você pode esperar por ela, como você está; e esperá-la agora. É importante observar que existe uma conexão inseparável entre esses três pontos, -- esperá-la pela fé; esperá-la, como você está; e esperá-la agora! Negar um deles, é negar a todos eles; permitir um deles, é permitir a todos. Você crê que nós somos santificados pela fé? Então, seja verdadeiro para com seus princípios; e busque por essa bênção, exatamente como você é, nem melhor, nem pior; como um pobre pecador, que, ainda assim, não tem coisa alguma a pagar; nada a pleitear, a não ser a 'Cristo morto'. E se você buscar por isto, como você é, então, aguarde por ela agora. Por nada mais; por que você deveria? Cristo está pronto, e Ele é tudo que você necessita. Ele está esperando por você: Ele está à porta! Consinta que o mais profundo de sua alma clame:

Entra, entra, convidado celestial!
Não se remova daqui novamente;
Mas ceia comigo, e que o banquete
Seja o amor eterno.

[Editado por Anne-Elizabeth Powell, Bibliotecária na  Point Loma Nazarene College, com correções por George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]